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terça-feira, 20 de julho de 2010

Campello, um talento expandido

Campello homenageou a bela princesa da Fenakiwi, de Farroupilha (RS)
Volnei Francisco Campello Rodrigues é um desenhista que vive de sua arte, daqueles autodidatas cujo talento sai por vários poros. Especializado em retratos e caricaturas, também faz painéis e telas em diversas técnicas, em geral sob encomenda e sempre com rapidez.

Einstein, por Campello
Um retrato sem cores, por exemplo, pode sair em 15 minutos; uma caricatura, em 5. Os personagens podem ser cidadãos comuns, uma princesa da Fenakiwi (abaixo) ou celebridades como Einstein (esq.) ou Jesus Cristo com os Apóstolos (última imagem).

Campello cresceu no bairro Nossa Senhora de Fátima, saiu de Pelotas aos quinze anos, rodou por diversos países e hoje, aos 54 anos, está radicado em Porto Alegre.

Em busca do passado e da cidade natal, chegou por acaso a este blogue e comentou a nota sobre Os Velascos (leia), grupo musical que ele conheceu em suas origens, nos anos 60.

Autocaricatura de Campello
Seu talento plástico foi descoberto já aos seis anos de idade, no grupo escolar Carlos André Laquintinie, como ele mesmo me contou num email:
  • Foi justo em Pelotas que comecei a acreditar que tinha talento. Em minha primeira aula de artes com dona Maria, lembro que desenhei a figura de um índio de perfil e o mesmo foi muito elogiado. Fui pego pela mão por dona Maria e junto com o desenho fui levado de sala em sala e sendo anunciado como um aluno supertalentoso.
    A partir daí os pedidos de trabalhos nunca mais pararam, pelos colegas e pelas professoras. Trabalhos no quadro-negro e desenhos para mimeógrafo eram muito solicitados.
Suas palavras inspiram uma reflexão sobre nós mesmos. Os caminhos do reconhecimento nos levam, às vezes, a girar por cidades e países, como se buscássemos o que o lugar natal não nos dá. Outras vezes, seguimos ligados às raízes geográficas e podemos crescer com a mesma seiva que nos alimentou na origem. Qual o melhor caminho?

Painel de Campello para a Pousada Brisa, em Gramado
Caricatura para um convite de casamento

A resposta está dentro da pessoa:

— se temos asas no coração, produzimos muito mais na conexão segura com o cordão umbilical, na rede de apoio mais conhecida, que pode ampliar-se como uma copa de árvore;

— se temos asas nos pés, preferimos respirar ares diferentes, evitando a asfixia e a fixação, para não ficarmos como "as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar" (medrosas, segundo Raul Seixas).

Francisco Campello parece que tem asas no coração e nos pés.

Os do primeiro grupo se alimentam da chuva; os outros a ignoram, em busca de sóis e ventos. Todos têm talentos, mas as suas vocações se separam. A cidade natal, onde chove muito e há muitas pedras, sairia ganhando se uns e outros se conectassem e se unissem.
Imagens do orkut


A Última Ceia, do ângulo especial de Francisco Campello

4 comentários:

  1. Ola gostei de encontrar seu blog....já estou seguindo ...sou de pelotas e tenho um atelier e um blog ana fran atelier, de uma olhadinha lá...sou formada pelo IAD e quero estar por dentro das atividades de nossa cidade. Uma ótima semana!!!

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  2. OI, adorei a matéria, pois o Campello é um grande amigo de muitos anos. Perdi o contato com ele, pois sempre está viajando, se popr acaso tens o celular ou outro contato dele, por favor envi-eme (andreafjardim@oi.com.br). Obrigada! Andrea

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  3. Oi!! é o Campello que está escrevendo.Resido atualmente em Gramado RS e meu telefone para contato é (54) 81231641 meu e:mail é: campelloart@gmail.com - Faça contato!!Um abraço!!

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  4. Obrigado pela resposta, na próxima vez que eu for a Gramado farei o contato!

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