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domingo, 20 de setembro de 2009

Barracão que canta

Edu DaMatta é um músico daqui mesmo, mas parece universal, por seu estilo alternativo underground, uma espécie de jazz-fusão atualizado. Ele fez a música "Carnaval na Babilônia", que deu nome a um CD virtual gravado em 2002, em Pelotas (veja a notícia). Uma das outras 10 músicas do disco é "Barracão", dedicada à zona das Doquinhas do São Gonçalo.

O velho samba de seresta "Barracão de zinco", de Luiz Antônio e Oldemar Magalhães, recebeu roupagem nova (veja abaixo a letra na ordem original). "Tu és" foi adaptado ao uso popular nosso: "tu é". Parece agora feita para este lugar e esta gente, igualmente pendurada na vida e pedindo socorro, aos pés da cidade das tradições.

A mensagem que fica nesta versão é a do sorriso, da alegria e do carinho que ainda brotam da alma de quem tem seu barracão. O contraste entre ser pobretão e viver como rico sugere a possibilidade oposta de ter dinheiro no banco e viver infeliz.
Foto de F. A. Vidal
Ai barracão, pendurado no morro
e pedindo socorro,
a cidade a teus pés.


Ai barracão, tua voz eu escuto,
não te esqueço um minuto
porque sei que tu és

Barracão de zinco, tradição do meu país,
Barracão de zinco, pobretão infeliz.



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