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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Nauro leva Pelotas ao Rio


Nauro Júnior autografa hoje (29-1) no Rio de Janeiro seu livro "Pelotas em Imagens", lançado em novembro passado na Feira do Livro pelotense. Um ano atrás, ele já havia levado uma história situada em nossa região através de seu livro "Náufrago de um mar doce".

Agora o fotógrafo gaúcho, também escritor e editor, mostra ao centro do país as belezas de nossa cidade, de um modo que nenhum pelotense até agora fez: num livro com cerca de 300 fotos coloridas, organizadas em capítulos que falam de diferentes aspectos culturais de Pelotas (esporte, religião, nacionalidades, artes, doces, arquitetura).

Além de ser uma coleção de fotografias dos últimos 20 anos, o livro tem um texto em português e em inglês (título, apresentação e identificação das imagens), o que facilita a divulgação internacional. A obra tem a aparência de uma grande reportagem e contém, ao mesmo tempo, uma apaixonada declaração de amor por Pelotas.

Um autógrafo de Nauro costuma ser um presente especial, pensado pelo coração do autor para a pessoa que quer receber a mensagem do poeta das imagens. A página da dedicatória fica totalmente ocupada com palavras e com algum desenho, tudo feito na hora. No meu exemplar ele escreveu:
Amigo Vidal
A luz do sonho ilumina nossas loucuras,
a luz da vida ilumina nosso futuro,
a luz do sol ilumina nossos dias,
a luz das fotos ilumina este devaneio chamado Pelotas em Imagens.
Obrigado por acreditar nesta utopia chamada Cultura. Nauro Júnior, 2-11-13
Empresas e entidades locais contribuíram para pagar parte dos custos, de modo que esta pequena enciclopédia visual ficasse ao custo de 70 reais.  A sessão de autógrafos no Rio de Janeiro começa às 19h, na Livraria da Travessa, rua Visconde de Pirajá 572, Ipanema.

Confira abaixo o vídeo de promoção do livro, preparado por Gustavo Vara para o lançamento em Pelotas.

Imagens: Facebook

POST DATA
29-1-14, 23:45
Com o autógrafo, cada leitor ganhou um bem-casado (v. foto de Daniel Marenco).
27-02-14, 21h
O livro ficou em boas mãos.

O que é um flashmob musical?


Inspirados nesta ação filmada na cidade espanhola de Sabadell (vídeo acima), músicos do Festival SESC apresentam hoje, às 17h30, este trecho de Beethoven no Calçadão de Pelotas, defronte ao Café Aquários. Trata-se de um flashmob, forma de manifestação grupal repentina e breve, geralmente com fins de entretenimento, não comerciais nem publicitários (v. definição e histórico do termo na Wikipedia em espanhol).

Por ocasião de seus 130 anos, em maio de 2012, o Banco Sabadell homenageou a cidade numa campanha de uma semana que envolveu toda a população (v. o BS Blog) e culminou com um espetáculo ao modo flashmob, defronte ao Banco. Participaram 40 músicos da Sinfônica de Vallès e 60 cantores de três corais da cidade catalã. O vídeo tem, até hoje, 31 milhões de acessos e 13 mil comentários.

Um flashmob é uma ação coletiva inesperada, em que os participantes surgem do meio do espaço público (rua, praça, shopping) como que de improviso. Na verdade, todos foram convocados por redes sociais, geralmente não se conhecem entre si, e seguem normas precisas para atuar. A tradução mais correta do termo seria "mobilização relâmpago": apesar de que mob significa "turba", o conceito de flashmob não se concentra na presença do grupo mas no modo de organização: autônomo, sigiloso e fugaz (leia sobre os smartmobs na Wikipedia em espanhol).

Dança, teatro e música se valem deste procedimento para surpreender o público fora dos cenários habituais. Nesses casos, não se trata de verdadeiros flashmobs, mas de uma simulação bem preparada, a cargo de profissionais da arte. No vídeo acima, a presença de um maestro desmancha a imagem inicial de improvisação, justamente para que o resultado seja o melhor possível; no final, os aplausos confirmam que se trata de um recital. Uma ação relâmpago é rápida e anônima.

Para prestar-se a um flashmob, a composição musical deve permitir algum modo de encenação que facilite um início sugestivo e um final surpreendente ou teatral, como é o caso do último movimento da Nona (veja a nota Flash Mobs de Beethoven) e do Bolero de Ravel (veja apresentações: na estação de Copenhagen, Dinamarca em 2011, na praça do Mercado de Algemesí, Espanha, 2013, e na Pinacoteca de São Paulo em 2013). Os dois trechos começam suave e gradualmente e terminam com ruidosa grandiosidade. Ao final, os grupos se dissolvem, sem esperar mais aplausos, como num flashmob.


Em 2012, diversas ações seguiram surpreendendo cidadãos europeus no dia-a-dia: uma Carmina Burana num shopping center de Viena, segmentos da Aida de Verdi em Zurique, um trecho de Peer Gynt no metrô de Copenhagen (vídeo acima). Em Londres a rádio Classic FM celebrou seus 20 anos fazendo um Flash mob de Haendel no supermercado (abaixo).

Uma exceção ao predomínio europeu de gosto pela música erudita ocorreu em 2013 no Rio de Janeiro, quando alunos da UFRJ tocaram o Maracatu de Chico Rei, de Francisco Mignone, na Estação Central do Brasil, sem que o público entendesse o que acontecia.


"Zadok, the Priest", escrito por G. F. Haendel em 1727,
hino de coroação real para solistas líricos e orquestra de câmara 

POST DATA
29-1-14, 21h
A atividade surpresa de hoje ficou para amanhã (30-1) devido ao mau tempo. A chuva nos tomou de surpresa, como costuma ocorrer com nossos planos.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Carla faz mágica em dois festivais (na mesma semana)

Na semana passada (de 21 a 25 de janeiro de 2014) realizou-se na cidade chilena de San Pedro de la Paz o 2º Concurso Internacional de Ópera Laguna Mágica. A localidade tem uns 120 mil habitantes, é vizinha a Concepción e vem apostando no turismo cultural, junto a sua geografia lacustre, que brilha especialmente no verão.

Carla Domingues sábado (25-1), 2º lugar
no 2º Concurso de Ópera Laguna Mágica
Segundo o sítio do evento, 5 dos 29 concorrentes passaram à final: Rodrigo Quinteros (1º Prêmio), Yaritza Véliz (3º Prêmio), Leonardo Navarro (Prêmio do Público) e Luis Loaiza, chilenos, e a brasileira Carla Domingues Batista (2º Prêmio). Também houve bons participantes peruanos e argentinos.

Na final do concurso, sábado (25), atuou a orquestra "Laguna Mágica", dirigida pelo chileno Victor Hugo Toro, que é maestro titular da Sinfônica Municipal de Campinas (SP). O público chegou a umas 8 mil pessoas. Cada verão, o Chile se enche de eventos artísticos, a maioria ao sul de Santiago, e alguns deles oferecem música erudita.

Em Pelotas, transcorria no mesmo período (19-31 de janeiro) o 4º Festival Internacional SESC de Música, que não é um concurso mas uma escola de verão para aperfeiçoamento técnico em diversas áreas vocais e instrumentais. A mesma Carla Domingues representou o papel da Rainha da Noite, terça (21), quando da apresentação de versão breve de "A Flauta Mágica", de Mozart, no Teatro Guarani. Veja a agenda da cantora gaúcha no sítio Carla Domingues.

Poderíamos dizer que Carla fez também alguma mágica, pois, 24 horas depois da "Flauta", estava participando do recital preliminar do concurso chileno; dia 23 passou à semifinal e dia 25 à final. No concurso, Carla também apresentou "Qui la voce sua soave... Vien diletto...", da ópera I Puritani, de Bellini (vídeo aqui).

A gravação abaixo, postada esta noite (27), é o único registro disponível sobre esta pequena façanha de nossa soprano. Veja notícia que destacou Carla em dezembro passado em Campinas.


Foto: Flickr Sinfomano

POST DATA
7-2-14
Foi publicado ontem (6) o vídeo da outra atuação de Carla no festival chileno, e atualizado o post hoje.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Bridget Kibbey estreia no Brasil: no Festival de Pelotas

Esta postagem deveria ter o título "Bridget Kibbey estreia no Festival de Pelotas". A jovem norte-americana veio ao Brasil por primeira vez em 2013, para tocar com a OSPA. Em Porto Alegre, o contato permitiu que ela viesse ao Festival de Pelotas, que é organizado pelo SESC gaúcho. Por isso a segunda visita da harpista ao Brasil foi a este evento, para tocar no Teatro Guarani.


A senhorita Bridget Kibbey é uma harpista que, com toda sua juventude, já tem destaque internacional no mundo da música, por seu talento, versatilidade, rendimento técnico e graciosa presença. Interpreta autores de todas as épocas, atua como solista e como acompanhante, toca em diversas orquestras norte-americanas e dá aulas na Juilliard School.

Bridget Kibbey na Americas Society (Nova Iorque, 9-5-12)
O seu sítio virtual informa as próximas apresentações da harpista. Quinta passada (16-1) ela tocou com outros solistas em Chatanooga, Tennessee (EUA), na sala do Museu Hunter de Arte Americana. Em fevereiro ela estará na Espanha, gravando com Plácido Domingo para o selo Sony Classical

Ainda em janeiro, a agenda anuncia sua vinda ao Brasil para estrear no "Festival Musical de Pelotas". Há alguns dias, o sítio fez o anúncio abaixo, que incluía atuação em março no Estado da Geórgia e o nosso Festival Internacional:
Bridget is pleased to be returning to the Savannah Music Festival [Georgia] and will make her debut at the Poletas Music Festival in Brazil.
De acordo à programação do Festival SESC, a harpista norte-americana apresenta-se esta segunda (27-1) com a Orquestra Residente, dirigida pelo argentino Jorge Lehz. Não foi fornecido o programa do concerto, onde atuará também o alemão Christoph Hartmann, oboé da Filarmônica de Berlim. Quem não tiver entradas antecipadas poderá perguntar no Teatro Guarani pela possibilidade de espaço sobrante, também gratuito, a partir das 20h30.

No vídeo acima, Bridget interpreta Bandoneón, do cubano Paquito D'Rivera, em apresentação solista no concerto de 15-11-12 da Camerata Pacifica em Los Angeles (na sala da Colburn School of Performing Arts). Abaixo, ouça Mountain Road/Templehouse, com arranjo de B. Kibbey. Veja artigo da Americas Society com crítica de Kris Simmons, áudio de um trecho do recital (com os aplausos) e fotos de Roey Yohai.

Foto: R. Yohai

POST DATA
27-1-14
Esta postagem foi reproduzida hoje, incluindo o título (mas sem citar o link), pelo Pelotas Treze Horas.
27-1-14
Em reportagem para o Diário Popular, Bridget Kibbey mencionou ter estado no Brasil antes de vir a Pelotas, e isso ocorreu há menos de um ano: Porto Alegre, em 28 de maio de 2013 (v. notícia RBS e mais referências no sítio da OSPA). Ela e Ransom Wilson tocaram o "Concerto para Flauta e Harpa" de Mozart e "Introdução e Allegro" para flauta, harpa e clarinete, de Ravel.
Portanto, não é exata a manchete usada neste post (foi atualizado o 3º parágrafo). A verdade é que a harpista teve sua estreia brasileira em 2013 no Rio Grande do Sul, e gostou tanto que voltou em 2014... a Pelotas.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Menino em busca do mundo do pai

"Aos olhos de uma criança", rap de Emicida, especial para o filme

Desde amanhã (24) até quinta (30-1), será exibido em Pelotas "O Menino e o Mundo", longa nacional de animação dirigido por Alê Abreu. Há uma semana o filme começou a estrear no circuito comercial brasileiro, mas em 2013 já havia sido visto e aprovado em festivais de cinema; em Ottawa foi chamado The Boy and the World (v. no blogue O Menino e o Mundo).

Segundo a página do filme no Facebook, algumas pessoas se reuniram em Pelotas (como em outras cidades) e pediram a exibição para uma empresa local. O apelo foi atendido e muitos outros espectadores poderão assistir ao "Menino".

Sete primeiros dias no Cineflix de Pelotas, na sala 5
A história foi feita sem roteiro prévio: um homem vai buscar trabalho na cidade grande e o pequeno filho vai atrás dele, descobrindo um mundo injusto, desordenado, opressor. O triste conteúdo é digerível graças a belas imagens, feitas com desenhos e pinturas (veja artigo no jornal O Globo e uma resenha deste trabalho no Cineplayers). Conheça a história de Alê Abreu e veja reportagem da TV Cultura sobre o filme.

Este é o segundo filme em Pelotas que ganha exibições pelo método coletivo, sem uma empresa produtora. Em dezembro passado, "O Renascimento do Parto" teve duas sessões no Cine Art Pelotas, obtidas por acordo com o exibidor (veja post neste blogue). Confira a programação para os próximos dias no Cineflix Shopping Pelotas (preços promocionais somente terça-feira, v. Tabela no fim da página oficial do cinema).

POST DATA
31-1-14
Filme em segunda semana no Cineflix Pelotas: 13h50 e 15h50: até quinta 6-2.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Camisa canarinho faz 60 anos

Crônica de esportes de Gian Amato conta, mais uma vez, a história do jovem gaúcho que, em 1953, em concurso nacional, desenhou uma proposta de camiseta para a Seleção, e ganhou. Deu no jornal O Globo de hoje (20). Artigo recomendado por professor Minduim no Livro das Caras.  FACEBOOK O GLOBO

Segundo a Wikipedia em inglês, Schlee é um desenhista brasileiro de camisetas esportivas, nascido em 1935. Na verdade, nasceu em 22 de novembro de 1934. Desde os 14 anos de idade até pouco antes de aposentar-se pela UFPel morou em Pelotas. Na Wikipedia em espanhol também é apresentado como escritor bilingue. Leia sobre o Maracanaço de 1950, quando o Brasil sediou a primeira copa depois da Segunda Guerra Mundial e sofreu inesperada derrota ante o Uruguai.

Camisa canarinho da seleção completa 60 anos nesta segunda. Criador do uniforme, o brasileiro Aldyr Schlee torce pelo Uruguai e lembra da final de 1950

RIO - A paixão pelo futebol desconhece fronteiras. Ao cruzar, ainda criança, a ponte entre as cidades de Jaguarão, no Rio Grande do Sul, e Rio Branco, no Uruguai, o brasileiro Aldyr Schlee encerrou qualquer dúvida existente em seu coração dividido e passou a torcer pela Celeste Olímpica. Até aí, tudo bem, é um fato normal naquela região. A não ser por um detalhe: Aldyr é o criador da legendária camisa Canarinho, uniforme número 1 da seleção brasileira, apresentado ao mundo pela primeira vez há 60 anos, em 20 de janeiro de 1954.

Antes de Carlyle ser o primeiro jogador a vestir, na apresentação do uniforme, a camisa com a qual a seleção viraria lenda (até então, o Brasil jogava de branco), Aldyr era um jovem de 18 anos entusiasmado com o desenho e o futebol. Fazia ilustrações dos gols que ouvia no rádio. Ao saber do concurso promovido em 1953 pelo jornal carioca “Correio da Manhã”, ele criou três modelos, que farão parte de uma exposição em Porto Alegre, em junho, no Museu dos Direitos Humanos do Mercosul. O Canarinho venceu mais de 200 concorrentes.

— Hoje, reconheço que a camisa Canarinho tem um significado maior do que eu poderia ter imaginado. Apesar de algumas modificações ao longo do tempo, 60 anos se passaram e a essência está intacta. Não é comum, ainda mais quando se conhece o autor do “crime” — disse brincando Schlee, por telefone, da cidade gaúcha Capão do Leão, onde vive atualmente.

O autor do tal “crime” nasceu em 1935 na isolada Jaguarão. Por estar a 200 metros do Uruguai, e a 389km de Porto Alegre, Jaguarão propiciava a Aldyr o contato com um canal de comunicação inédito dentro e fora dos campos. A transmissão da Rádio Nacional só era viável à noite, enquanto as emissoras uruguaias eram onipresentes. As revistas e os jornais brasileiros, chegavam três ou quatro dias após a rodada do fim de semana. Em uma época sem internet, era impossível para os veículos brasileiros concorrerem com o “El País”, disponível na segunda-feira em uma banca perto da casa de Aldyr.

— Eu sou meio uruguaio. Dependíamos do Uruguai para tudo, do atendimento odontológico às informações sobre futebol, que eram fundamentais para mim. Então, eu me tornei torcedor do Nacional, no Uruguai, e do San Lorenzo, o time do Papa Francisco, na Argentina. E torço para o Uruguai até hoje — declarou Schlee, sem se importar com o fato de preferir a Celeste:

— Isto é muito particular. Ninguém fica cobrando se alguém é América no Rio, não é?

Quando o Brasil foi eliminado pela Hungria de Puskás , em Berna, na Copa de 1954, na Suíça, Aldyr não ficou apreensivo pela possibilidade de associarem a derrota ao novo uniforme:

— A consagração da camisa canarinho se deve à qualidade do futebol apresentado pela geração pós-1954. Pude ver de perto, em 1953, que o ambiente entre os jogadores não era muto profissional — disse Aldyr.

Às vésperas da Copa, Aldyr evita fazer previsões. Em vez de torcer por um novo Maracanazzo, prefere a isenção, porque já teve sua partida dos sonhos. A final de 1950 está viva na memória:

— No dia do jogo, da final entre Brasil e Uruguai, eu estava em um cinema em Rio Branco. Como eu soube que tínhamos vencido a Copa? Era sessão tripla e, no meio da segunda sessão, com o cinema lotado, a projeção foi interrompida. Escutamos o barulho do lado de fora, e o locutor da sala anunciou que o Uruguai era campeão. Tocaram o hino e todos choraram.

No Brasil, também.
Fonte: O Globo Esportes

domingo, 19 de janeiro de 2014

Orquestra juvenil paulista abre o Festival

Este domingo (19), o IV Festival SESC de Música abre formalmente com a Orquestra de Metais Lyra, da cidade de Tatuí (SP). Como o nome evidencia, sua sonoridade é a de uma banda militar (trompetes, trompas, trombones, eufônios, tubas), mas não está dito no nome que o grupo também contém uma orquestra de percussão, e que todo o conjunto interpreta cada compasso com movimentos corporais. O regente é o trompista da OSESP Adalto Soares, que fundou a orquestra em 2002 (v. reportagem da Veja São Paulo).

Soares é fundador e líder da criativa orquestra juvenil.
A agrupação formada por crianças e adolescentes entre 8 e 18 anos impressiona pela coesão, entusiasmo e ousadas coreografias, sem presença de um maestro em cena. Além de dançar, os músicos cantam e utilizam sapateado, percussão corporal e o som de caramujos (em "Uatapu", de Adalto Soares), como destacado pela Veja Rio em 2011.

No vídeo abaixo, aprecie o som e os movimentos do solista Bruno Soares (15 anos de idade) e a orquestra de metais e percussão tocando o Concerto Para Trompete, de Harry James, em apresentação na Sala São Paulo (17/02/2013) gravada pela TV Cultura para o Programa Clássicos (v. comentário com o programa do show). O espetáculo completo pode ser visto no YouTube, em 4 partes ou vídeo por vídeo no canal OrqLyraTatui.

Há uma semana, o grupo postou o seguinte em sua página do Facebook:
Próximo dia 19 de jan Orquestra de Metais Lyra Tatuí em Pelotas RS, onde faremos a abertura do IV Festival SESC de Música.


Foto: F. Moraes (VejaSP)

POST DATA
19-1-14, 22h40
Duas fotos de Cyntia Yurgel no Facebook mostram que o Guarani teve bom público mas não teve a lotação totalmente esgotada.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Concerto contemporâneo no festival

James Correa, Raul d'Àvila, Rogério Constante, Joana Holanda, Carlos Soares:
intérpretes e compositores de música atual (séculos XX e XXI)
Na próxima terça (21) às 19h, o NuMC (Núcleo de Música Contemporânea da UFPel) se apresenta no IV Festival Internacional SESC, no Salão Nobre da Biblioteca Pública Pelotense.

No programa, obras de autores brasileiros para sons eletrônicos e instrumentais. Cinco músicos apresentam peças de Flávio Oliveira, Carlos Walter Soares, James Correa, João Pedro Oliveira e Rogério Constante.

A entrada é gratuita e não se requer a retirada de senhas. Confira toda a programação do Festival.
Fonte: Facebook

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Ingressos para IV Festival SESC: difícil mas não impossível

Como de costume no Festival Internacional SESC de Música, é exigido retirar senhas (ingressos gratuitos, dois por pessoa) para os concertos noturnos no Teatro Guarani. Todos os outros recitais têm portas abertas. Veja a programação completa.
Por exemplo, às 17h30 da quarta 29 o concerto-surpresa será ao ar livre, na esquina da Quinze de Novembro com a Sete de Setembro. A surpresa será com o movimento final da Nona de Beethoven sendo tocado no estilo de um flashmob (os artistas saindo do meio do público).
Nesta 4ª edição do Festival, as entradas antecipadas (para o Guarani) estarão disponíveis no Teatro (Rua Lobo da Costa, 849), e não mais na sede do SESC Pelotas. Outra pequena mudança é que esses concertos noturnos serão às 20h30 (20h no domingo 19), não mais às 21h.

De 7 a 13 de janeiro, as senhas foram distribuídas aos comerciários já inscritos no SESC. O resto do público poderá solicitá-las de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h30min às 18h30min, conforme o seguinte cronograma.

De 14 a 19/01: ingressos para os espetáculos dos dias 19, 20 e 21 de janeiro;
De 19 a 22/01: ingressos para os espetáculos dos dias 22 e 23 de janeiro;
De 22 a 26/01: ingressos para os espetáculos dos dias 26, 27 e 28 de janeiro;
De 26 a 29/01: ingressos para os espetáculos dos dias 29 e 30 de janeiro.

O esgotamento das senhas não significa que outros interessados não possam entrar em determinado concerto. Essas entradas gratuitas têm validade até a hora de início (20h30). Quem não chegar antes disso, perderá o direito de ingresso, mesmo tendo a senha, pois nessa hora poderão entrar as pessoas que fizerem fila de espera. Nessa fila entrarão os atrasados com senha e os não atrasados sem senha, dependendo do espaço existente no teatro. Portanto, os espetáculos começarão perto das 20h40, para dar tempo a esse ingresso extra.
Esta política foi tomada pelo SESC, mesmo não estando escrita, para disciplinar o ingresso gratuito, fazendo que as pessoas com senhas cheguem antes do início e para que a lotação do teatro seja ocupada por todos os verdadeiros interessados no espetáculo. 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Oficinas de circo no shopping


O Grupo Tholl ministra em janeiro oficinas circenses para crianças, todos os dias desde hoje (16) até fim do mês. O programa também inclui exposição de figurinos usados nos espetáculos e, nos fins de semana, apresentações especiais dos integrantes do grupo (v. notícia do Grupo Tholl).

A atividade pertence à Escola de Circo Tholl e se realiza gratuitamente, no Shopping Pelotas por primeira vez, defronte às Lojas Americanas (estacionamento pelo dia: R$3). Atenção à futura mudança de preços para carros, com cobrança eletrônica, ainda sem data precisa (R$3 por 4 horas, mais 1 real por hora adicional), segundo notícia do Diário Popular.

Tholl vai aonde está seu público e capta futuros integrantes.
Foto: P. Rossi 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

FLIA, a feira do livro livre


A partir dos anos 60, as feiras de livros se fizeram uma tradição em muitas capitais e se estenderam a cidades menores. Nos países de raiz hispânica, onde as tradições literárias também são antigas, essas feiras comerciais se agigantaram, e se tornaram eventos sociais, artísticos e midiáticos. No final do século XX, elas se viram rodeadas por feiras paralelas de artesãos, artistas de rua, poetas jovens, escritores autoeditados e outros excluídos dos sucessos de vendas.

Com o tempo, tais criadores alternativos ousaram superar o parasitismo (em relação aos eventos oficiais) e organizaram-se num movimento, que foi sendo alimentado indiretamente por certos grupos ideológicos (populistas, pacifistas, socialistas ou anarquistas).

O movimento internacionalizou-se com o nome de FLIA (Feira do Livro Independente e Autônoma). Sobre a letra A existe uma diversificação no uso, podendo significar: Autônoma, Alternativa, Autogestada (v. definição da FLIA em espanhol). Tampouco há acordo se o "A" se refere a "feira" ou a "livro" (em Barcelona é do Livro Independente e Autoeditado).

A FLIA (v. Facebook) chegou a Pelotas em 2011. As duas primeiras edições foram no Quadrado, em dias da Feira oficial mas longe da Praça Coronel Pedro Osório (15-11-11 e 2-11-12, v. nota do E-Cult).

A terceira teve luzes próprias, ocorrendo em dois dias de janeiro de 2014, afastada agora do lugar e do período oficial (leia notícia do Diário Popular). Domingo (12) o recital ao ar livre chamado "Sofá na Rua" (v. página no Facebook) começou com música gravada às 16h, mas o público se formou muito lentamente, prolongando a apresentação musical até o anoitecer. O clima, sem chuva nem sol forte, ajudou bastante.

A FLIA como evento cultural nasceu sendo contrário ou "alternativo" ao sistema, grudado nele. Rapidamente desenvolveu autonomia, ganhando seu próprio lugar, sua data, seu público e seu financiamento. Seu fundo ideológico tende a caracterizá-la, no entanto, mais como um evento popular e menos como uma feira do livro ou literária. O pretexto inicial do "livro livre" evoca a época em que, especialmente na América Latina, se sonhava com a libertação das forças capitalistas, e a liberdade era um direito existencial a ser buscado. Em nossa cidade, o público preferencial é adulto jovem, congregando roqueiros, independentes, ecologistas, hippies, grunge, artistas de rua e muitos outros.

14º Sofá na Rua transcorreu domingo (12-1) defronte à Casa Fora do Eixo.
Imagens: Facebook e blogue FLIA Pelotas

domingo, 12 de janeiro de 2014

Satolapp Cultural busca crescimento


A agenda virtual Satolapp Cultural, criada em Pelotas em 2012, obteve sucesso na proposta de financiamento, iniciada há dois meses (v. proposta do crowdfunding no portal IdeaMe e no vídeo acima), a fim de construir uma segunda versão desse aplicativo de celulares (pronuncia-se satolép).

A meta de 29 mil reais foi alcançada em 45 dias, com a contribuição de 85 pessoas e 30 empresas, listadas no vídeo abaixo (v. Satolapp no Facebook e o sítio virtual do Satolapp).

Atualmente, os 2 mil aparelhos que já baixaram o Satolapp têm acesso a informação em 6 áreas culturais de Pelotas (v. post de julho passado, em que descrevemos o Satolapp Cultural):
  • Arte: exposições, galerias e museus (cobre alguns dos espaços existentes).
  • Cinema: filmes em cartaz nas salas comerciais (não inclui cineclubes).
  • Teatro: espetáculos diversos (eventos como peças teatrais e shows musicais).
  • Gastronomia: restaurantes, lancherias, cafés, doçarias (locais).
  • Noite: casas noturnas e bares que funcionam regularmente (incluindo lugares com shows).
  • Eventos: festas especiais, megaeventos, feiras artesanais, festivais e eventos itinerantes.
Este desenho com a marca Satolapp está sendo usado
em porta-copos e outros meios de divulgação.
A segunda versão do aplicativo, que trará mais duas áreas do agendamento cultural: Música (somente recitais e concertos) e Turismo (lugares como hotéis e pontos turísticos).

O lançamento desta versão mais ampla está planejado para abril de 2014 (v. cronograma), em data ainda sem confirmação.

O Satolapp não é nem será acessível pela internet. Para quem somente tem computadores a melhor forma de informar-se sobre os eventos culturais diários é pela Agenda Cultural deste blogue.

Diário Popular destacou o avanço desta iniciativa tecnológica, que está em mãos de profissionais recém formados que apostam no ponto forte de Pelotas: a produção artística e intelectual. Veja como eles apresentam o seu trabalho:
O Satolapp é um aplicativo criado para levar a charmosa cultura de Pelotas a um novo espaço: o Mobile.
É o encanto da clássica Satolep adaptando-se aos novos tempos. Mas que tal? E ainda dizem por aí que a cidade parou no tempo.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Pedalada Cultural: doação pessoal de livros

Durante a Feira do Livro de Pelotas 2013, um grupo de ciclistas circulou por praças da cidade doando livros, numa forma de unir a leitura ao exercício, o material ao humano, a saúde física à mental. A imaginativa e amorosa ideia do Método DeRose Pelotas, batizada como Pedalada Cultural, reuniu Rotary Club, Pedal Curticeira, Pulp Mídias Sociais e Tissot Academia de Remo. A ação "Leve este Livro" realiza-se em outras cidades do Brasil, com ou sem bicicletas, e em Pelotas é realizada pelo grupo Pedal Curticeira (v. álbum de fotos).

Segundo a matéria assinada por Cássia Medronha, o grupo desafiou a ameaça de chuva naquela manhã de 9 de novembro e, saindo da Praça Coronel Pedro Osório, em frente ao Teatro Sete de Abril, percorreu uns 15 quilômetros, passando pela Praça Vinte de Setembro, o Parque Dom Antônio Zatera, o Bairro Areal e a Avenida Dom Joaquim.

 (Foto: Marcel Ávila - Especial DP)
Ciclistas doaram seus livros, como quem doa sangue, afeto e vida.
Os cerca de vinte participantes levaram exemplares deles e os distribuíram, conversando com as pessoas.

"A ideia é transmitir para o próximo o sentimento que aquele livro te proporcionou", disse Rafael Kroeff, gastrônomo e surfista. Ele levou "O Segredo", de Rhonda Byrne, e "O Poder do Agora", de Eckhart Tolle.

Em cada livro, um bilhete explicava a ação e indicava alguns benefícios da leitura: estímulo à criatividade, produção de sentimentos e desenvolvimento pessoal. Confira o artigo Como fazer uma criança pequena gostar de ler.
Texto e foto: Diário Popular

POST DATA
8-2-14
Amanhã domingo realiza-se a 2ª Pedalada de Verão, da Baronesa ao Laranjal (v. notícia). Trata-se de um exercício recreativo do sentido comunitário ao ar livre, aproveitando o verão e a topografia favorável da cidade. As parcerias são do Pedal Domingueira, Diário Popular e ECOSUL.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Nobre Plebeu, um rock para o poeta lírico

Rafael Bennett
O pelotense Rafael Bennett compôs "Nobre Plebeu" com inspiração na vida do poeta conterrâneo Lobo da Costa. Incluída em seu primeiro registro discográfico (o EP "Retalhos Negros", de 2004), a canção foi classificada em 4º lugar no Festival de Inverno de São João del-Rei (MG) em 2009, segundo conta o próprio músico (v. entrevista para o canal Cultive Ler). Confira abaixo letra e música (pontuação revisada pelo editor).

Assim como o Lobo homenageado, Rafael morou alguns anos fora de Pelotas e voltou à terra natal; também usa barba e completa em 2014 a idade do escritor falecido em 1888. Confira neste blogue uma nota sobre Francisco Lobo da Costa.

Formado em Filosofia, Bennett pode ser descrito como um poeta roqueiro, inserido em seu tempo e influído por diversas correntes musicais (sem negar a origem britânica nem as raízes regionais). Atualmente mora no bairro do Porto e apresenta-se nos bares Diabluras, Gaudí, Nova York e Vitória de Samotrácia (v. Facebook).

from Bennett.

Vai, Nobre Plebeu,
Na embriaguez,
Soluçar dos homens.
Vai, que a gente nasceu,
Estrela brilhou
No Planeta Fome...

Vai, Anjo Ateu,
Brinca de Deus,
Vira super-homem.
Vai, Nobre Plebeu,
Na embriaguez
De amores monstros.

Vai enlouquecer
À espera do amor
Que nunca volveu.
Vai, Anjo Ateu,
Brinca de Deus,
Vira super-homem...

Fly high... fly high... fly high

Dizem que ele enlouqueceu
À espera de um amor que nunca volveu
Zim, nem todo fim é final feliz.
Levanta as calças,
Ajusta a gravata
E pinta o nariz.

O maior de todos os poetas não morreu do mal de amor,
encantou-se com uma flor e caiu da bicicleta, caiu, caiu.

Mas quem te sorriu
Nunca chorou diante dos teus...
Vai, Anjo Ateu,
Brinca de Deus
Vira super-homem.

Vai, Pobre Burguês,
Morre feliz,
Sorriso de ouro.
Vai, que a gente nasceu,
Estrela brilhou...

Fontes: Rádio UOL e MySpace

POST DATA 
10-1-14
Hoje Rafael postou no Facebook:
Grato pelas palavras de Francisco Antônio Vidal, e principalmente pelo 'resgate' desta (púbere) canção composta há exatos dez anos! Algum dia Volko retomará a pena. Vai, anjo ateu...

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Flores, vilarejos e meninas no Corredor

As meninas de Alice Bender saíram da geometria para a descontração.

Em dezembro de 2013, Elenise Cassal de Lamare, Graça Antunes e Alice Bender apresentaram seus mais novos trabalhos no Hospital Escola UFFel. As artistas do MAPP – Movimento dos Artistas Plásticos de Pelotas – trouxeram respectivamente “Colorido em flores”, “Vilarejos” e “As meninas de Alice”, mostras produzidas especialmente para esta ocasião no Corredor Arte.

Detalhe de flores de Elenise
Elenise se declara apaixonada por arte desde criança, quando trocou as bonecas por argila, tinta e lápis. Em sua produção, ela costuma variar em temas, materiais, dimensões e técnicas, escolhendo desta vez as flores, expressamente para alegrar o ambiente hospitalar.

Graça Antunes se jogou na emoção de dar vida à produção dos Vilarejos, um conjunto de imagens que falam de pessoas, de seus lares, sua vida em comum e em comunidade, de maneira lúdica, simples e despretensiosa na técnica e conteúdo.

Alice Bender, de uma fase geometrizada, quase cubista, partiu para o gestual, a descontração, o momento, sentimento. Do rígido, para o maleável, de uma forma breve, sem muito pensar. Nessas obras a artista sentiu a necessidade da expressão mais simples e genuína, em busca da própria essência.

Aqui no blogue as três já foram citadas e seguiremos vendo parte de sua produção. Clique para ver os posts que se referem a Graça Antunes, os que citam Elenise de Lamare e os que mencionam Alice Bender. Muitos outros virão.

Sabe-se que no espaço de tratamento médico é comum os pacientes e familiares sentirem emoções como o medo e a ansiedade, e a arte pode ter o papel de amenizá-las. O Projeto Corredor Arte busca humanizar o ambiente hospitalar e popularizar as artes plásticas. O espaço promove uma interação entre a arte e o público, formando novos interessados e multiplicadores.

Detalhe de um gracioso vilarejo de Graça Antunes
Fotos e texto: Corredor Arte

domingo, 5 de janeiro de 2014

Jennifer Scheffer

Jennifer como Paula
A gaúcha Jennifer Scheffer de Oliveira, atualmente estudante de Química de Alimentos na UFPel, foi convidada pelo Domingão do Faustão para participar no quadro "Os Imitadores". O convite surgiu após a produção ter visto (vídeo abaixo) a jovem imitando Paula Fernandes.

Em setembro de 2013, Jennifer fez uma audição no Rio de Janeiro e foi aprovada, especialmente por sua semelhança com a cantora mineira. O programa foi ao ar no dia 24 de novembro (veja o trecho no portal da Rede Globo). Essa foi sua estreia na televisão, aos 20 anos de idade. O Diário Popular destacou o sucesso dela na edição de 30 de dezembro.

Como ela estuda  em Pelotas, sua carreira musical se limita aos finais de semana, quando canta ao lado de Jonas Demeneghi (teclado) e Murilo Mendes (violão) em sua cidade natal, Santo Ângelo, em espetáculos, casamentos e formaturas (v. notícia do Jornal das Missões).

Jennifer no Faustão
Jennifer assegura que nunca se inscreveu para o Faustão, mas foram os produtores que encontraram primeiro sua imitação de Paula Fernandes. “Eu coloquei o vídeo por brincadeira, nunca imaginei que fosse escolhida para um quadro desses". Hoje o vídeo já está com 35 mil visualizações. A jovem diz que já fez outros vídeos mais recentes imitando a cantora, mas estes não têm tantas visualizações como o primeiro (v. nota no jornal santo-angelense A Tribuna).

Como outros cantores de sucesso popular, como Wando e Adriana Calcanhoto, Jennifer começou apresentando-se em barezinhos e sem ter aulas de canto. Esse desempenho semiprofissional começou há somente um ano e meio.

Jennifer na praia do Laranjal
Seu talento brotou espontâneo, pois seus pais não são músicos, e a imitação de Paula Fernandes foi somente uma casualidade, pois ela tem várias outras facetas musicais (escreve suas canções e canta em inglês).

À reportagem da Globo ela confessou:
Uma vez fui procurar um professor renomado em Santo Angelo e ele disse que eu não precisava de aula nenhuma. Eu quero fazer aulas para aprender a técnica, por que aprendi tudo sozinha. Tenho um bom ouvido, vou pelo instinto. Entrei no teclado aos cinco anos. Mas senti necessidade de um instrumento que trabalhasse mais com a voz. Fiz poucas aulas de violão e segui aprendendo pela internet. 
A mesma reportagem também comentou que, apesar de esbanjar beleza, a moça não tem namorado. Confira mais canções no canal de Jennifer Scheffer.


Fotos: TV Globo e Facebook

sábado, 4 de janeiro de 2014

Romãs e a fecundidade

Para dar sorte em 2014, o artista plástico Roberto Moura Bonini dedica a todos sua pintura "Romãs". Sombras e reflexos sugerem o realismo da vida, cores e texturas mostram paixão e sensualidade, enquanto a forma do corte e a distribuição das sementes revelam o movimento que desenhou esta natureza morta, momentos antes, neste cenário.

Por conter muitas sementes, a romã era tida, na Antiguidade, como símbolo de fecundidade. Segundo a mitologia grega, a primeira romãzeira foi plantada por Afrodite, deusa do amor e da beleza, e o infernal Hades seduziu Perséfone oferecendo-lhe um dos frutos. Na ilha de Java, a romã está associada a ritos da gravidez, e na China entrega-se aos noivos uma fruta, como desejo de uma descendência numerosa. Em Shakespeare, foi sob uma romãzeira que Romeu se ocultou para cantar uma serenata a Julieta. O Islam a considera uma das árvores do Paraíso e a Bíblia judaica menciona as romãs, as uvas e os figos como os sinais da fertilidade da Terra Prometida (Números 13, 23).
Fotos: Facebook
Texto: Wikipédia
Outro comentário: Cultive Ler

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Laranjeiras e o Laranjal

Nathanael, nosso colunista viajante, encontra-se no Rio de Janeiro neste verão, e nos convida a relacionar a riqueza cultural e natural da Cidade Maravilhosa com a da Princesa do Sul. A primeira conexão que ele nos propõe é entre o bairro carioca de Laranjeiras e o bairro pelotense do Laranjal, ambos com praia e muito acolhedores durante o ano todo.

Leme, Zona Sul do Rio de Janeiro / o leme nos dá a direção

Faz um ano que deixei Pelotas. Neste período foram três Estados visitados e 10 posts como correspondente cultural.

Primeiro falo sobre mim, e meu percurso. Há exatamente um ano abandonei a faculdade de cinema no sétimo semestre e fui pôr em prática meu olhar sobre esse mundo que se revela/descortina diariamente. Comecei minha coleção de correspondências em Florianópolis, produzi outros posts/percepções durante meus nove meses em São Paulo e agora chego ao Rio de Janeiro. Viajante, produzindo observações ao longo do andar. Porém, mantendo laços com o ponto de origem. Nossa Pelotas e sua cultura.

Chafariz da praça São Salvador, no Rio
(v. mais fotos do bairro Laranjeiras)
Ao chegar ao Rio passamos alguns dias em Laranjeiras, bairro tradicional da Zona Sul carioca. Notei similaridades latentes entre minhas lembranças de veraneios nas praias do Laranjal e as novas sensações expostas ao sol.

É, as palavras/adjetivações me excitam e atiçam. E as memórias dão o tom.

Existe uma diferença entre praia de mar e de lagoa. Mas não existe diferença entre passar um verão na praia/veraneando.

Pois bem; dito isso, ao trocar e-mails com Francisco Vidal, amigo e mentor/fundador deste blogue, pedi diretrizes, como sempre faço, para lincar os assuntos pertinentes entre Pelotas e Rio. A lista veio longa e notei que, ao entrar no seu sexto ano, o blogue vai exigir mais de mim. Aceito/fomento isso devido à necessidade de expansão e aposto no sucesso do nosso portal cultural pelotense.

Calçadão do balneário do Laranjal, em Pelotas
Singularmente, Pelotas é cidade/campo/praia em relações distintas. Aqui do Rio explorarei as ligações culturais de ambas as cidades, especialmente do lado lúdico/verão/praiano.

Alguém se pronuncia sobre o nome Laranjal? Entendo/conheço a história de/das Laranjeiras.

Neste post, especificamente, apenas anuncio um 2014 cheio de novos ares/inspirações/ devaneios/erros/acertos. Tal qual nossa cultura cíclica/mutante/fixa/paradoxal, nós nos movemos atrás/através de sonhos/amores/ideais.

Se analisarmos 2013 com olhos de retrospectiva, então teremos muitos motivos para comemorar: A festa dos cinco anos do blogue ... os patronos escolhidos ... a fomentação da cultura local e o registro dessa teia que nos perpassa e nutre de cultura. Seja esta “produzida em Pelotas”, ou “de Pelotas para o mundo” via internet/blogue.

Agradeço ao visionário criador deste espaço a oportunidade de unir minhas paixões, design e escrita. E pelo sexto ano consecutivo ter me convidado a assinar a arte do blogue Pelotas Capital Cultural.

Que venha um ano novo ... novinho ... de novo.
ANASTTACIO N.
correspondente

Orla do Laranjal rende imagens impressionantes, dia e noite, inverno e verão.
Imagens: N. Anasttacio (1), Wikimedia (2), J. Barreto(3), R. Marin (4)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Eduardo e Paula, um ano

Há um ano, assumiu a Prefeitura Municipal um projeto de continuidade política com avanço em qualidade administrativa. Além de sua talentosa juventude, o novo prefeito trouxe como característica a presença constante do inseparável casal de governo (Eduardo e Paula), marca que atraiu os eleitores em 2012 e segue servindo como amenizador das tensões naturais do cargo.

O lema de campanha "a cidade em boas mãos" não aludia à continuação mas à requalificação do governo. Esta administração deveria ser "do nosso jeito", sem se popularizar demais. No primeiro ano, houve um ajuste das novas equipes, com algumas inaugurações e maior fiscalização de normas, mas no geral se percebe uma caída na qualidade dos serviços. Na Cultura, pode-se dizer que melhorou muito a relação do Executivo com o CONCULT; por outro lado, espera-se uma solução para os crescentes atritos com os carnavalescos e com os livreiros.

Leia outras duas opiniões: a paciente e diplomática crítica O primeiro ano de Leite e a mais radical Um ano só de pompa e circunstância. Recorde a sonhadora letra do jingle de campanha da coligação de Eduardo e Paula (abaixo). Em 2016 teremos a avaliação final.


Eu quero uma cidade diferente, um lugar pra morar que tenha a minha cara
Eu quero um prefeito coerente, que seja da nossa gente, uma cidade que não para
Eu quero um porto seguro, um descanso verdadeiro, eu quero a renovação
Eu quero acordar pra mais um dia, confiante que a cidade está em boas mãos

Eu quero ver acontecer, menos perguntas, mais respostas
Eu quero poder dizer que eu sou feliz por viver em Pelotas

Eduardo, nosso prefeito,
Eduardo e Paula, do nosso jeito
Eduardo 45 com você,
Eduardo e Paula juntos vamos vencer

Eduardo é a voz que destoa da mesmice, tem ideias e está pronto pra transformar
É a renovação pra mudar nossa cidade, a vida vai melhorar
Eduardo é um cara simples, ele pensa diferente, com coragem vai cuidar da nossa gente
Com Eduardo ganho em tudo, eu não perco nada

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Para reiniciar o caminho

E se Cristo não tivesse ousado saber-se o Messias Prometido?
E se Galileu Galilei tivesse se acovardado, diante das evidências que hoje aceitamos naturalmente?
E se Freud tivesse se acovardado diante das profundezas do inconsciente?
E se Picasso não tivesse se atrevido a distorcer as formas e a olhar como quem tivesse mil olhos?

"À mente apavora o que não é mesmo velho", canta o poeta, expressando o choque do novo, o estranhamento do desconhecido.

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
Fernando Teixeira de Andrade
(Confira texto completo)
Foto: Pelotas Memória