José Luiz Röhnelt |
Teatro de Ouro Preto |
Teatro Sete de Abril |
Fotos da web.
José Luiz Röhnelt |
Teatro de Ouro Preto |
Teatro Sete de Abril |
Em 2008, ele obteve uma das cinco menções honrosas, entre 73 inscritos, na primeira edição do Prêmio João Simões Lopes Neto de Artes Visuais, com o trabalho "Jogo do Osso", inspirado no texto do escritor pelotense [leia o conto aqui] .
Diz o presidente do IJSLN, Henrique Pires, que este é atualmente - considerando a valorização do artista - o maior prêmio de artes visuais vigente no Rio Grande do Sul (leia a nota).
A mesma xilogravura de Adrian, em 3 cores, foi escolhida como capa do nº 17 da revista da AJURIS Caderno de Literatura, onde os juízes gaúchos colocam sua criatividade artística. Neste número, correspondente a 2009, homenageia-se o escritor em textos e imagens. A edição teve 10 mil exemplares, com distribuição por todo o país e em várias embaixadas brasileiras.
A gravura "Jogo do Osso" apresenta variados elementos, muitos em contraposição - tentando transpor do texto escrito o máximo de detalhes visuais, sem sugerir o final.
À esquerda, o artista situa o bar, espaço de encontro e harmonia, num contexto rural. No lado oposto, edifícios em atitudes humanas - alusão à modernidade - se contrapõem à simplicidade do jogo, mas em consonância com a violência competitiva. No relato, o jogador aposta a própria companheira - ambos no centro - e termina arrependendo-se.
Imagens: F. A. Vidal (1) e A.Nörnberg (2).
Expostas por poucos dias nas salas do Centro Adail Bento Costa, os vinte trabalhos ganharam divulgação e, com sua diversidade e originalidade, abrilhantaram o encontro de magistrados.
Os artistas - não somente pelotenses - pesquisaram nos textos de Simões e encontraram inspiração dentro de seus gêneros plásticos (pintura, criação de objetos e uma performance). Não se limitaram a reproduzir imagens, mas fizeram elaborações sobre o conteúdo literário e simbólico, algumas mais sérias, outras com alguma dose de bom humor.
A tela "Tantíssimos rumos" (esq.), de Giane Casaretto, cheia de vertentes, camadas, direções e volumes, sugere a existência de riquezas visíveis e invisíveis, conscientes e inacessíveis à análise.
Por sua verdade simples e trágica, a lenda do Negrinho do Pastoreio (leia o conto) é a que mais desperta associações, em imagens, emoções ou ideias de tipo social, histórico, religioso. Com inspiração nesse texto, Junior Asnoum enfatizou a sensação vertiginosa e angustiada da "Eterna procura" (dir.).
Paulo da Silva Correa destacou mais a relação espiritual do Negrinho com os animais, os insetos e a natureza. Felipe da Silva usou nanquim e duas cores para expressar um sentido menos doloroso e solene. Os dois artistas usaram o mesmo título - O Negrinho do Pastoreio - para denominar seus quadros (ausentes neste post).
Em arte digital, Leonardo Azevedo imprimiu movimentos à relação quase coreográfica entre o Negrinho, sua Madrinha e os cavalos (esq.).
Com sentido da síntese e da geometria, Alice Bender atualizou a busca idealista de uma pessoa e de uma nação, em "Luz à liberdade" (dir.).
A riqueza literária, que já parecia inesgotável, se associa às técnicas plásticas e multiplica seus sentidos e interpretações.
Fotos de F. A. Vidal.
No blogue português Bibliotequices achei estas ideias para promover o interesse pelo livro e pela leitura, em diversos níveis de ação (veja o post); adaptei a linguagem para ser mais simples e compreensível.