Nos dias quentes que tivemos em junho, os pardais puderam fazer festa no pequeno lago da Praça Osório, mesmo lugar em que, no verão passado, havia peixes morrendo, devido à sujeira. Foto de F. A. Vidal
Nos dias quentes que tivemos em junho, os pardais puderam fazer festa no pequeno lago da Praça Osório, mesmo lugar em que, no verão passado, havia peixes morrendo, devido à sujeira.
SEIO BOM – SEIO MAU foi o título escolhido por Eduardo Devens para uma série de fotografias de conchas e caramujos, tomadas na praia do Cassino nos últimos dois anos.
Ivana Nicola Lopes, Doutora em História da Arte, escreveu a seguinte análise deste trabalho de Eduardo Devens.
Algumas fotografias de Eduardo Devens com as conchas recortando o céu delicadamente azul, parecem mamilos pétreos apontando para o infinito. Mamilos duros e inchados, prontos para receber aquele que saiu de suas entranhas. Amor e dor se mesclam neste gesto. Será uma dor de concha?...
O primeiro curta - o de nome longo - conta o que acontece quando um jovem atira pela janela do seu apartamento um pedaço de carne, numa cidade em que há muitos cachorros sem dono. O relato apresenta os três personagens homens, as ações de cada um, e os três desfechos pessoais. O primeiro joga a carne, com a boa intenção de alimentar um cachorro que passa; o segundo é o dono, que mora no mesmo edifício, e o terceiro é quem mora na casa defronte, um neurótico obsessivo que se irrita com a desordem feita pelo animal nos sacos de lixo. Em somente 8 minutos, o diretor apresenta, com recursos simples, o inesperado conflito e sua tripla resolução. A história desnuda erros, angústias e carências dos humanos, deixando em segundo plano o tema do maltrato animal.
Os colegas de turma Eduardo e Leonora já haviam produzido juntos a websérie satírica "O Recheio Varia" (esq.), publicitada em 2009 como uma novela de internet em 4 episódios. Veja estes filmes de Eleonora no seu blogue-portfólio.
Sob o título "Fotografando ausências", o estudante Vinícius Kusma expôs uma dezena de imagens sugerindo vazios espaciais ou subjetivos (leia nota).
O fotógrafo deve ter visto a roda ainda em funcionamento, em 2009, ou já estragada. Não é incomum os brinquedos públicos ficarem deteriorados, pois não são usados somente por crianças pequenas, mas também por adolescentes e até por adultos. Parece legítimo recuperar a criança interna, mas é preciso achar formas adequadas ao corpo adulto.
As crianças não entendem o porquê da demora. Quando passam correndo, ocupam o lugar que a roda deixou, até mesmo correndo risco de se ferirem. Os adultos falam de uma roda que existiu ali, um dia.| Victor autografa participação no livro "Blog Amigos de Pelotas" (7-11-09) |
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| Glória Menezes visita Charqueada São João |
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| Soprano Luísa Kurtz e sua mãe, Sílvia |
A artista plástica Norma Alves tomou estas fotos no Laranjal, há duas semanas, com a luz enviesada do entardecer. Como as medusas — aqui mais conhecidas como mães-d'água — são de ambiente marinho, elas somente chegam a nossa praia, distante uns quarenta km do Oceano Atlântico, quando as correntes salgadas e o vento avançam pela Lagoa dos Patos.
Água, areia, oceano, medusa, mãe-d'água são elementos ligados à simbologia feminina. Outros nomes populares das medusas no Brasil são: água-viva, chora-vinagre, mãe-joana, urtiga-do-mar, vinagreira.
Diz Henrique criar suas obras a partir de uma visão crítica da sociedade, "procurando transpor angústias e reflexões frente ao cotidiano, transformando-as em um reflexo da complexa forma de vida que levamos”. Ele espera instigar o público da Galeria, segundo disse à reportagem da UCPel.
Vinícius Silveira Kusma, estudante da UFPel, expôs uma dezena de fotos em preto e branco na Sala Frederico Trebbi, entre maio e junho deste ano.
Vendo a nave central do saguão, não pude deixar de relacionar a mensagem do artista com o contexto da mostra. O espaço continha um grande vazio no meio, e a falta de pessoas sugeria que as ausências estivessem ali mesmo, na assim chamada casa do povo. Um grupo de visitantes, em vez de passar pela nave central, já vazia, circundou a exposição e se dirigia à escada (esq.).
Esta noite apresentou-se, por primeira vez em Pelotas, a CamerAcre Uirapuru, agrupação de música de câmara formada por alunos e professores da Universidade Federal do Acre (UFAC). O grupo nasceu em 2009, da mão do professor Marcelo Brum, pianista graduado no Conservatório de Música da UFPel.Após concluir um mestrado no Rio de Janeiro, Marcelo foi trabalhar em Rio Branco e, por convite de uma universidade peruana, montou uma orquestra de câmara, com os músicos que encontrou na Universidade.
Como o curso de Licenciatura em Música era muito novo (nasceu em 2007), ainda não tinha alunos formados, e muitos músicos eram autodidatas e não contavam com professores para seus instrumentos (atualmente, a UFAC somente tem aulas formais de piano e de violão). Assim, a camerata ficou de início com um violonista, um flautista, um violoncelista, um percussionista, cantores e pianista. E o que começou de improviso hoje é um projeto que segue ampliando-se em alcance, exigência e qualidade (leia descrição da turnê).
O jornal rio-grandino Agora registra hoje a apresentação feita ontem (20) na Escola de Belas Artes (leia artigo), onde o grupo deu a partida de sua turnê pelo sul do Brasil. O próximo espetáculo em Pelotas será neste sábado (24) no I.A.D.
Eles viajaram mais de 4 mil km para chegar aqui (não 40 mil, como saiu no Diário Popular de hoje). O professor Marcelo Brum (esq.) falou sobre este projeto na TV acreana (veja entrevista).
O recital desta fria noite preencheu metade do auditório Milton de Lemos, com um público que ficou impressionado com a dedicação, criatividade e amor dos músicos pelo seu ofício.
Na primeira parte (dir.), quatro integrantes da agrupação (que conformam o Subtilior Ensemble, fundado em 2008) apresentaram música renascentista europeia: um trecho para alaúde e seis canções antigas (séculos XIV-XVII, de Tromboncino, do Cancioneiro de Elvas e do Llibre Vermell), com acompanhamento de percussão histórica.
Na segunda parte, apresentou-se o conjunto completo (a CamerAcre Uirapuru, que se constituiu em 2009). Seu repertório concentra-se em música brasileira erudita (inspirada na Amazônia, especialmente) e popular. Eles mesmos fazem os arranjos, considerando quem são os atuais componentes e suas capacidades: Ciro Quintanna no violão, Máximo Lopes no violoncelo, João Gabriel Brito na percussão, Douglas Marques (cantor e alaudista, que fundou o Subtilior Ensemble), Marcelo Brum no piano, e as vozes de Luthiene Bittencourt e Afonso Portela. O flautista do grupo não pôde vir na turnê ao sul, e sua parte foi interpretada, nesta ocasião, por Gabriela Roehrs.![]() |
| Campello homenageou a bela princesa da Fenakiwi, de Farroupilha (RS) |
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| Einstein, por Campello |
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| Autocaricatura de Campello |
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| Painel de Campello para a Pousada Brisa, em Gramado |
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| Caricatura para um convite de casamento |
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| A Última Ceia, do ângulo especial de Francisco Campello |

Fred faleceu por uma complicação de saúde, em julho de 2009. Deixou fotos e textos no blogue Farofino.
O artista plástico Alexandre Lettnin, comentando uma denúncia sobre o descaso à cultura (leia a nota no Amigos de Pelotas), escreveu um desabafo, que transcrevo a seguir (com uma frase minha entre colchetes). Aquela nota teve uma repercussão (leia).
O Ateliê Giane Casaretto expõe, durante o mês de julho, diversas obras de alunas e da professora Giane, em torno ao tema da cidade de Pelotas, que comemora mais um aniversário da fundação da Freguesia São Francisco de Paula.
Nesta ocasião, algumas das artistas souberam sair do típico, como Maria Helena Braga, que pintou a Colônia Z3 (acima) e Edy Bezerra, que se inspirou em bares noturnos como o Depósito Gomes Carneiro e imprimiu à pintura uma interessante atmosfera, delirante e apaixonada (dir.), bem longe dos estereótipos que se têm da cidade.
Duas alunas do curso de Tecnologia em Gestão do Turismo da UCPel criaram, há uma semana, um meio efetivo de divulgação para as pousadas rurais de Pelotas: uma página na internet (veja o sítio).
As estudantes constataram a falta de informação sobre restaurantes e pousadas rurais de Pelotas e a necessidade de promover o turismo neste nicho pouco explorado. Elas visitaram e fotografaram as pousadas, organizaram a informação e executaram o projeto do sítio virtual. Segundo o portal da UCPel, as acadêmicas sentiram a falta de patrocinadores para a iniciativa.Fotos: Pousadas Rurais
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| Túlio obtém efeitos de luz e sombra até mesmo no bordado (antiga Igreja da Luz). |
O artista plástico pelotense Túlio Oliver apresentou na Galeria de Arte da UCPel a série "Telas de Tapeçaria Pintadas para Bordar", em homenagem às tradições e a locais históricos de Pelotas, recordados em mais um aniversário da cidade (leia notícia).
“Pintando e bordando” - como diz Túlio com bom humor - ele destacou belezas nossas como a torre do Grande Hotel, a Fonte das Nereidas (acima à esq.) e medalhões inspirados nas antigas pinturas do Teatro Guarani. Até os pêssegos de Pelotas fizeram parte da temática.
Na última quarta-feira de junho (30), o padre Adelar José Rosa (dir.) falou sobre as origens e significados das festas juninas, ante psicólogos da Sociedade Sigmund Freud, em sua maioria colegas da especialização em terapia psicanalítica.
O apóstolo Pedro era pescador, discípulo de Jesus (nosso Estado leva seu nome, desde que era a Província de São Pedro). No Rio Grande do Sul, os brigadianos - por policiar a cidade em duplas - ficaram com o apelido popular de "pedripaulo".
O Casamento na Roça é uma encenação em que um par de namorados é forçado a casar-se, por uma gravidez inesperada. Na palestra, tal costume foi relacionado com o sentido pró-familiar do famoso Santo Antônio, que também patrocina o dia dos namorados no Brasil. No entanto, como qualquer católico sabe, a Igreja não valida casamentos por força.
Tânia tem uma sensibilidade perceptiva que nunca se havia expressado em atividades artísticas, até 2009. Ela começou produzindo imagens de modo arrojado e sem preocupação maior com a técnica. A exposição foi na Galeria de Arte da UCPel (veja nota).
“A liberdade de criação, numa perspectiva de reinventar e inovar a linguagem fotográfica, tornou-se para mim uma atividade prazerosa”, diz a artista, cuja formação é na área do Direito. 