terça-feira, 25 de março de 2014

Biblioteca tem o museu privado mais antigo


Além de milhares de obras impressas, a Biblioteca Pública contém o museu privado mais antigo no Rio Grande do Sul, criado em 1904. Algumas das peças que despertam maior interesse são a faixa de Miss Universo de Iolanda Pereira (1910-2001), alguns símbolos originais da Revolução Farroupilha, a arma usada por Bento Gonçalves (1788-1847) e um nu masculino do pintor Luís Carlos Melo da Costa (1947-1993). 1500 peças formam diversas coleções do Museu Histórico da Biblioteca Pública Pelotense.

Apesar do nome, a entidade cultural foi fundada por particulares, com o objetivo de contribuir à educação permanente de todos os cidadãos. Em 1875, sob o regime imperial, a palavra "pública" não era sinônimo de "governamental" mas de "aberta". Se a biblioteca fosse, na época, denominada como "privada" ou "particular", o entendimento seria de uma instituição seletiva, fechada ao público geral.

Nome original com o lema
"Trabalho Instrucção Progresso"
A grafia original "Bibliotheca Publica" (dir.) foi modificada pela reforma de 1943, que aboliu o "th" (originado de étimos gregos) e determinou que todas as proparoxítonas fossem acentuadas (antes não eram). Lembremos que as reformas ortográficas causam modificações nos costumes (e incomodações), mas têm força de lei. O Acordo assinado pelo Presidente Lula em 2009 vinha sendo formulado entre os países lusófonos desde 1990, e no Brasil deverá ter plena vigência em 2017.

Setenta anos depois da antiga reforma, muitos pelotenses conservam o "th" deste nome próprio, como se ele fosse parte do patrimônio histórico, mas acentuam a proparoxítona, seguindo a norma atual, que se impôs plenamente no costume popular. Neste blogue preferimos sempre a forma vigente (nem a arcaica nem a híbrida, ambas fora da realidade e da lei), também usada nos carimbos da Biblioteca Pública Pelotense.

Grafia correta é usada nos carimbos.

Fotos: F. A. Vidal (1), Rádio Pelotense (2)

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