Em cada estação, as chuvas nos pregam peças quando estamos desprevenidos.
No verão, nos dão um banho repentino no meio de um dia de sol. No inverno, saímos de casa com guarda-chuva e chegamos totalmente molhados. Mas em zona úmida não existem simplesmente dois tipos de precipitações.
Como em Pelotas chove normalmente ao longo do ano, temos aguaceiros diferenciados segundo a estação. A cada tempo, uma surpresa molhada.
No outono, por exemplo, temos aquelas garoas finas, de várias horas, que não chovem mas molham como se chovesse. E não faltam as chuvaradas enganosas, como a de ontem (24), uma segunda-feira totalmente nublada, com altíssima umidade do ar.
Após o anoitecer, uma miúda precipitação fazia papel de mosquinha morta, dissimulando suas ambíguas intenções pluviais. Era uma garoa progressiva, evoluindo para toró. Bem lentamente ela foi pegando força (acima), dando tempo de proteger-se a quem não tivesse guarda-chuva (maioria de quem saiu de casa de manhã). Não pude fotografar o momento mais intenso, pois com o vento a máquina já estava molhando-se. Parecia uma chuva de verão, mas a temperatura se manteve outonal, nem quente nem fria.
A maior travessura dos anjinhos ficou armada no Edifício Everest, pela Gonçalves Chaves. Uma série de canos lança desde o primeiro piso pequenas cascatas direto na sarjeta. Num dos carros estacionados, o jorro caía justo na porta do motorista (dir.), que enquanto durou o fenômeno com certeza não pôde abri-la.
Fotos de F. A. Vidal
Nenhum comentário:
Postar um comentário