Capa traz foto do músico. |
Raul Santos Seixas nasceu em 28 de junho de 1945, em Salvador da Bahia (v. biografia). Como hoje completaria 69 anos, uma forma de recordá-lo é com a mensagem de "Por quem os sinos dobram" (vídeo abaixo). A música pertence ao álbum do mesmo nome, de 1979 (v. análise do disco com link para o áudio completo).
Em 2013 foi divulgado que originalmente a canção se chamava "A loucura de Eva" e tinha um sentido feminista e antidarwinista. A segunda versão é a que conhecíamos até então (v. reportagem do Correio Braziliense).
O título da música de Raul é tomado de um filme de 1943, que por sua vez se baseia num livro de Ernest Hemingway (1940), o qual também provém de um poema de 1764, do inglês John Donne. Um interessante artigo de Élder Dias relaciona os três autores (v. Revista Bula).
A expressão original ("não procures saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti") alude à morte e ao sentido da vida. Os sinos que tocam na igreja por um funeral são os sinais cotidianos que anunciam nosso próprio fim. Percebemos os erros dos outros e os avisos de seu réquiem, mas não nos damos conta de que esses sinos tocam por nós mesmos, advertindo-nos de nossas dores e falhas.
O sentido otimista e animador desta canção pode servir tanto a um idealista saudável (nossos sonhos precisam ser falados e compartilhados para ganhar repercussão) quanto a um paranoico isolado (quem desconfia de todos, perde aliados e se apoia nas paredes).
A todos estes, a letra encoraja: se você for coerente e amistoso, chegará longe, e, se estiver mentalmente transtornado, ainda poderá pôr os pés no chão e fazer de seu delírio uma coisa real. O sentido é tão amplo que pode servir a grupos humanos, movimentos, cidades e nações (por exemplo, uma cidade deprimida ou precisando curar suas feridas históricas).
Confira vídeos com a entusiasmada versão roqueira dos Detonautas, o cover mais fiel da banda formiguense (MG) Capim Santo, e o violão caseiro da sexy paranaense Any Bacchi. Mais informações sobre o Maluco Beleza nos posts deste blogue 1ª Passeata do Raul (2013) e Raul anima Pelotas (2009).
Em 2013 foi divulgado que originalmente a canção se chamava "A loucura de Eva" e tinha um sentido feminista e antidarwinista. A segunda versão é a que conhecíamos até então (v. reportagem do Correio Braziliense).
O título da música de Raul é tomado de um filme de 1943, que por sua vez se baseia num livro de Ernest Hemingway (1940), o qual também provém de um poema de 1764, do inglês John Donne. Um interessante artigo de Élder Dias relaciona os três autores (v. Revista Bula).
Contracapa do CD evoca a marca da Universal Pictures. |
O sentido otimista e animador desta canção pode servir tanto a um idealista saudável (nossos sonhos precisam ser falados e compartilhados para ganhar repercussão) quanto a um paranoico isolado (quem desconfia de todos, perde aliados e se apoia nas paredes).
A todos estes, a letra encoraja: se você for coerente e amistoso, chegará longe, e, se estiver mentalmente transtornado, ainda poderá pôr os pés no chão e fazer de seu delírio uma coisa real. O sentido é tão amplo que pode servir a grupos humanos, movimentos, cidades e nações (por exemplo, uma cidade deprimida ou precisando curar suas feridas históricas).
Confira vídeos com a entusiasmada versão roqueira dos Detonautas, o cover mais fiel da banda formiguense (MG) Capim Santo, e o violão caseiro da sexy paranaense Any Bacchi. Mais informações sobre o Maluco Beleza nos posts deste blogue 1ª Passeata do Raul (2013) e Raul anima Pelotas (2009).
Nunca se vence uma guerra lutando sozinho:
'cê sabe que a gente precisa entrar em contato
com toda essa força contida que vive guardada.
O eco de suas palavras não repercute em nada.
É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro:
evita o aperto de mão dum possível aliado,
convence as paredes do quarto e dorme tranquilo,
sabendo, no fundo do peito, que não era nada daquilo.
Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz.
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais.
Autoria: Raul Seixas e Oscar Rasmussen
Imagens: Mercado Livre
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