Existe ou não um mundo espiritual invisível aos olhos? A vida é algo mágico ou só uma condenação à morte? Em "Magia ao Luar", Woody Allen retorna a suas eternas dúvidas, e a resposta parece estar no amor. A locação no espaço é o Mediterrâneo francês, e no tempo é o ano de 1928.
Esta fábula audiovisual pode ser lida como a história de uma improvável paixão entre dois solitários, unidos pela mágica da ilusão. Observando o céu estrelado, eles percebem a magia no luar, acima deles, mas na verdade a magia se encontra entre eles, ao luar. Também homenageia o cinema ingênuo dos anos 20, com personagens pouco complexos e uma trilha sonora cheia de sucessos musicais da época (v. Wikipedia).
Leia a seguir a resenha poética escrita pelo jornalista Carlos Cogoy, editor de cultura do Diário da Manhã, enquanto ouve o som norte-americano de Bix Beiderbecke e sua turma tocando "At the Jazz Band Ball" (dir.), um dos trechos originais do filme.
Ouça também Sweet Georgia Brown, com os franceses Django Reinhardt (violão) e Stéphane Grapelli (violino).
A leveza do abismo na Magia ao Luar
Entretenimento ou reflexão? Distração ou questionamento? Lazer ou análise cerebral? Em “Magia ao Luar”, Woody Allen beira o abismo, espia o fundo sem fim, volta-se ao público nas poltronas e sorri com leveza.
Morte ou eternidade? Amor ou pieguice? Racionalidade ou espiritualidade? Em “Magia ao Luar”, ciranda que alterna respostas. No giro das perguntas que sacodem a humanidade, mágico apega-se à ciência como amparo na tempestade das incertezas. Já a vidente apega-se ao pragmatismo como salvação no vendaval dos gastos financeiros.
Verdade ou mentira? Ataque ou defesa? Presunção ou inveja? Em “Magia ao luar”, o abismo demasiadamente humano. Nietzsche está morto, Deus também. Mas a fúria miúda, movida pela estreiteza das ambições, revigora-se nas perdas e danos emocionais.
A magia do abismo, e a leveza ao luar. Woody Allen espia algumas das questões sem fim, volta-se ao público, sorri sarcástico e despede-se com final mágico.
Morte ou eternidade? Amor ou pieguice? Racionalidade ou espiritualidade? Em “Magia ao Luar”, ciranda que alterna respostas. No giro das perguntas que sacodem a humanidade, mágico apega-se à ciência como amparo na tempestade das incertezas. Já a vidente apega-se ao pragmatismo como salvação no vendaval dos gastos financeiros.
Verdade ou mentira? Ataque ou defesa? Presunção ou inveja? Em “Magia ao luar”, o abismo demasiadamente humano. Nietzsche está morto, Deus também. Mas a fúria miúda, movida pela estreiteza das ambições, revigora-se nas perdas e danos emocionais.
A magia do abismo, e a leveza ao luar. Woody Allen espia algumas das questões sem fim, volta-se ao público, sorri sarcástico e despede-se com final mágico.
Carlos Cogoy
O improvável casal [Emma Stone e Colin Firth] observa o luar acima, sem perceber que a magia está aqui mesmo, entre eles. |
POST DATA
12-09-14
Leia o artigo de Márcio Ezequiel Magia ao Luar.
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