
Como em Pelotas é comum realizarem-se conferências no início do ano acadêmico, é interessante diferenciá-las nestes dois tipos: uma Aula Inaugural abre o ano letivo de um curso universitário, e uma Aula Magna abre, mais solenemente, o ano de uma faculdade ou instituto que contém vários cursos.

Como escapando do título, a professora expôs muito menos sobre a metodologia do que sobre um conceito que ela tem investigado com entusiasmo: as mestiçagens artísticas. Trata-se de cruzamentos ou mesclas formais nas obras, em qualquer gênero ou tipo de expressão (cinema, literatura, pintura, música), onde o autor faz citações explícitas ou coloca em contraposição elementos de épocas ou pensamentos diferentes.

O hibridismo é um fenômeno diferente, que também aparece na pesquisa em arte. A hibridação busca a fusão dos elementos antigos num conjunto novo, diferente dos originais. A diferença entre mestiço e híbrido ocorre também na biologia; o primeiro é proliferante, com seus detalhes diferenciados, enquanto o último é estéril, sem a contradição que gera a criação.

Logo após a conferência, que lotou com alunos e professores o auditório do IAD, o livro foi vendido e houve sessão de autógrafos no saguão de entrada. Outra Aula Magna, somente no ano que vem.
Imagens da web (1 e 3), fotos de F. A. Vidal (2 e 4).
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