O fotógrafo Vilmar da Silva Tavares morreu esta tarde fria de sábado (30), na UTI da Santa Casa. A notícia foi dada na internet, primeiramente pelo Amigos de Pelotas (leia a nota) e pelo Diário Popular (leia). Paradoxalmente, o Diário da Manhã, em que Vilmar trabalhava desde sua fundação em 1979, dará a notícia por último, na segunda-feira, pois a edição de domingo já havia saído e o jornal não tem sítio web.Também no sábado, Manoel Magalhães escreveu no portal CultiveLer (novo sítio de notícias e crônicas): Morre o Poeta da Fotografia. O escritor recorda o humor negro do fotógrafo, e destaca o talento dele para transmitir conteúdos poéticos sem palavras. Aqui no blogue, vimos sua irônica Dama da Praça.
As imagens construídas por Vilmar mostravam ângulos essenciais do cotidiano de Pelotas, como as que ilustram esta nota: a neblina na Praça Vinte de Setembro (acima) e o vapor saindo do mais escuro líquido, na Rua Sete de Setembro (abaixo). Ele batizava suas fotos com pensamentos seus, como estes epigramas encontrados em sua página do Flickr:
A sombra é o reflexo da alma; assim como o espírito, você não toca; durante toda a vida é sua eterna companheira. - Na Colônia parece que as pessoas não se preocupam com os avanços tecnológicos... só pensam em viver.
- A escada representa bem o nosso cotidiano: quem subiu tem que descer. Esta é a nossa situação, com o poder negativo do homem.
- Lixeira feita em campanha politica... é como a mente do político: fica sem fundo, e o nosso voto vira lixo.
Na sua Galeria de Fotos pode-se apreciar a qualidade e a variedade de seus registros, seja em preto-e-branco ou em vivas cores, mostrando a vida das pessoas ou fragmentos de casarões, paisagens ou insetos, tanto pelo lado luminoso como pelo sombrio. Um olhar múltiplo para uma realidade múltipla.
Imagens: V. Tavares (Flickr)




Neste sábado (30) excepcionalmente, o Cineclube Zero3 muda o horário de sua sessão para as 11h da manhã. O local será o mesmo (auditório do Centro de Artes, Alberto Rosa 62).
















