Na sexta (8) às 10h30min, o público poderá participar na conversa com a artista no Auditório do Centro de Artes. Leia abaixo parte do comentário de Fábio Gonçalves para esta exposição.
Os desenhos de Lilian Maus começam pela água através dos caminhos que o líquido cria em contato com o papel.
A memória da água é diferente da memória do gesto, e isso faz com que em seu trabalho a artista cultive os dois por fortuna e por leveza.
Um desenho talvez não precise esperar para secar, imediato que é. Mas é preciso esperar que ele brote, cresça e lentamente se revele. Um tempo para que a ideia se aceite como nova, para que a aceitemos como nossa.
As metáforas de semeadura, crescimento e disseminação fazem com que pensemos a inscrição gráfica ainda mais como um espaço para o cultivo das ideias, para a revelação de memórias.
O sulco de onde uma imagem nasce nos reposiciona em relação a nossa origem. Do mesmo modo que os encontros nos fazem pensar de onde partimos.
Fábio Gonçalves
Foto: Raul KrebsPOST DATA: Leia reportagem no Diário Popular.
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