Os rabiscos urbanos, em mãos de certos artistas, derivaram na pintura mural de rua, sem perder os traços de rebeldia e crítica. Exposta à intempérie e sem uma autorização formal, o graffiti artístico pode deixar sua mensagem por horas, dias ou anos. Esta pintura, que se encontra ante um terreno abandonado na rua Doutor Cassiano próximo à Quinze de Novembro, já tem uns meses.
Sua grandiosidade e seu cromatismo em preto e branco pretende sintonizar com a paisagem urbana, tapetada de cimento, antenas, grades e cercas elétricas, que neste caso protegem um terreno vazio. De fato, ela mesma foi feita sobre a parede de cimento que fecharia um portão de uma suposta casa.
No entanto, essa grandeza contrasta duramente com a pequenez dos rabiscos não artísticos ao seu redor e com a humanidade das pessoas que circulam diante dela, fantasmas que ficaram ausentes na pintura e na fotografia.
Foto de F. A. Vidal
POST DATA: 30-05-12
Veja na ZH de hoje como o fotógrafo Nauro Júnior focou esta pintura com seu olho jornalístico.
Um comentário:
Arte.
Muito bonito.
Há trabalhos que se deveria pensar em como preservar.
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