Ele pensa, e a menina aguarda, se no resto da xícara vai café ou água.
Quer afastar o cheiro do bolor e o peso dos móveis herdados: madeira pura, amanhecer e rua.
Precisa de algo que o desperte e agrade. Assim, enquanto não corre com os fantasmas dos armários, busca apoio na luz do dia ou na juventude destas moças, mesmo frias, como distração à parte.
— Hoje quero "carioquinha", por favor, complete com água!
Quer afastar o cheiro do bolor e o peso dos móveis herdados: madeira pura, amanhecer e rua.
Precisa de algo que o desperte e agrade. Assim, enquanto não corre com os fantasmas dos armários, busca apoio na luz do dia ou na juventude destas moças, mesmo frias, como distração à parte.
— Hoje quero "carioquinha", por favor, complete com água!
Imagem e conto para cafetômanos celebram Dia do Café (veja post de 2009). |
Pela vitrine, a cerração esconde o lado oposto da calçada, a fluorescente sombreia o guardanapo, dando mistério aos rabiscos que substituem os ponteiros do relógio. Não há hora para nada!
A conversa alheia trouxe todas as novidades: placar, morte e atentado. Permanecem as lembranças noturnas e o clima que não devia estar fechado. Sono, sonho ou cansaço?
Cuida no espelho se a veste está adequada, pelo reflexo o apelo vem da silhueta do engraxate.
Esfria o líquido sem libertação ou companhia, mais, então, um "quem sabe?"
— Mocinha... outro café!
Ele pensa, e a menina aguarda, se no resto da xícara vai café ou água.
A conversa alheia trouxe todas as novidades: placar, morte e atentado. Permanecem as lembranças noturnas e o clima que não devia estar fechado. Sono, sonho ou cansaço?
Cuida no espelho se a veste está adequada, pelo reflexo o apelo vem da silhueta do engraxate.
Esfria o líquido sem libertação ou companhia, mais, então, um "quem sabe?"
— Mocinha... outro café!
Ele pensa, e a menina aguarda, se no resto da xícara vai café ou água.
Marcelo Freda Soares
Foto: M. F. Soares
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