Three Mile Island, ilha fluvial no Estado da Pensilvânia (EUA) |
Crônica de Rubens Amador, especialmente para este blogue
Não bastou Chernobyl em 1986 nem Three Mile Island em 1979 (acima)... com tanta fonte de energia que Deus dotou o mundo, como as águas, o ar, o petróleo, a energia solar. O homem, depois de Hiroshima e Nagasaki, tristes exemplos para a humanidade, sem contar os que já matou, ainda hoje trata de vítimas daquela hecatombe. Sim, aquela energia formidável causou outro holocausto, que, como o judaico, também jamais deveria se repetir. Mas não, antes de que tal energia pudesse ser útil ao homem, os governantes pensaram na força bélica, tanto assim que a primeira coisa a ser feita, tanto pelos EUA como pela antiga União Soviética, foi aprisionar a energia atômica para criarem arsenais incríveis – que ainda sabemos que existem entre os dois ex-figadais inimigos – e que depois estendeu-se para outros pontos, quando dirigentes possuidores da bomba ameaçam provocar um cataclisma geral, de acordo com suas idiossincrasias.
A energia atômica tornou-se objeto de troca política, e até países como a Índia – em cujo rio principal boiam corpos insepultos junto às piores imundices imagináveis – possuem usinas nucleares. Agora, o caso do Japão ameaça tornar-se uma tragédia quase universal, dado que se desconhece ainda o potencial de energia mortal liberada, por causas outras que toda a tecnologia nuclear e instrumentos de “segurança” usados não previram, como o Tsunami!
Chernobyl em 2006, cidade fantasma na Ucrânia |
Eu, na idade provecta, temo pelas pessoas minhas, que estão começando suas vidas. Acho que a humanidade deixou passar toda a energia notável que Deus nos deu, ao trocar a Paz do mundo por esta insegurança proveniente de uma energia que envolve mais riscos que benefícios. Até os nossos mares estão ameaçados permanentemente, com os submarinos nucleares. A liberação da energia nuclear jamais será lembrada como amiga do homem.
Progresso desse tipo não é progresso, já pensava desde 1945 o povo japonês. Tendo sofrido na própria pele cicatrizes inesquecíveis, agora treme, ao lembrar-se de que todos os efeitos desse brinquedo mortífero são imprevisíveis. Tenho certeza de que dirão, como testemunhas incomparáveis:
— Não insistam: se puderem, fujam dessa destruição tão dolorosa! Enquanto é tempo!
Rubens Amador
O parque de diversões de Prypiat (foto 2) ia ser inaugurado dia 1 de maio; o acidente em Chernobyl foi 26 de abril. A roda nunca andou e até hoje concentra grande radioatividade. Veja aqui mais fotos da cidade abandonada, vinte anos depois.
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