
Dois anos atrás, Cleusa Maria Rosenhen de Carvalho fraturou o braço e, após o tratamento, o médico indicou-lhe, a modo de recuperação emocional, fazer algum tipo de terapia.
Desde então, ela vem frequentando a aulas de pintura no SENAT. Uma de suas obras (esq.) mostra um cuidado formal dirigido pelo pensamento, um conteúdo temático claro e definido, e uma inspiração na antropologia brasileira.
Cleusa diz que encontrou na arte "uma forma de aprender, de se ocupar e de encontrar os amigos".
— Não sabia que iria gostar tanto. A turma é muito boa, fiz amigos lá e não penso em deixar o grupo.

— Acho que perderia a minha essência, minha alma. Todos estes quadros são exatamente o que eu sinto, são eu mesma, sem nenhuma objeção dos outros.
Assim como a colega de exposição, esta artista autodidata começou a pintar e nunca mais parou. Para Lisabete, a arte é uma verdadeira “válvula de escape”, no sentido de uma ajuda necessária e saudável.
Uma de suas pinturas (dir.) revela que sua mente está menos concentrada nas análises formais e mais ocupada de refletir sobre suas próprias sensações, o que não deixa de ser uma boa técnica terapêutica para enfrentar a dor de modo produtivo.
Imagens: F. A. Vidal
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