Esta terça-feira (14), o jornalista Assis Brasil Silveira lançou o livro "Balaio de Causos", uma coletânea de centenas de anedotas reais, recolhidas ao longo de sua vida profissional, em Pelotas e outras cidades do Rio Grande do Sul.
Os "homenageados" são vereadores, intelectuais, religiosos, empresários, artistas e várias figuras conhecidas, em episódios engraçados, inocentes ou até mesmo vergonhosos, que a imprensa nunca se atreveu nem se atreveria a noticiar (exceto o A. B. Silveira). Alguns deles vão sair aqui no blogue.
Quando os protagonistas já são falecidos, os relatos ganham aquele valor histórico que nos faz ver o presente com outros olhos. Perpassando todo o livro, aquele sabor de Brasil, onde não só os corruptos e bandidos ficam impunes, mas também aqueles que os denunciam sem papas na língua. Em nosso país, ninguém é castigado; o que importa é aparecer, mesmo que seja na página policial.
Como se sabe pelo periódico Poucas e Boas, o A. B. é implacável para denunciar e não mede palavras para elogiar quem merece. No entanto, quando ele acha que a dignidade de alguma figura deve ser preservada, prefere omitir ou trocar os nomes. Muitos dos personagens ainda estão vivos, o que faz os casos interessantes para o leitor de hoje.
A propósito da honestidade dos políticos, há o caso do vereador-radialista e presidente da Câmara que abusava da retirada de diárias. Segundo o relato (pág. 12), Nelson Harter Filho (esq.), hoje deputado estadual, foi o vereador que mais insistiu com esse assunto na década de 90. Pesquisou as irregularidades e quando leu o relatório se referiu abertamente a seu colega Ivan Aune (abaixo):
— Observem os senhores da imprensa de Pelotas que o vereador Ivan Aune tem 69 viagens para Brasília e só encontramos 4 passagens aéreas. Como se explica essa discrepância?
Foi aí que Ivan, que estava furioso com Harter, resolveu se explicar:
— É que as outras 65 eu fui de carona...
A explicação arrancou gargalhadas e as irregularidades na retirada de diárias continuaram livres e ninguém foi punido, para o bem de todos e a felicidade geral da irmandade, organizada em grupos muito compactos.
Até aí um dos causos recordados pelo A. B. Silveira, que devem ser perto de 400, no "Balaio". Este livro e uma antologia do Poucas e Boas (R$ 30 e 25) podem ser pedidos diretamente a ele pelo email anunciado no seu jornal, antes que se esgotem (no lançamento, ele fez os dois por 50).
Fotos: sítio da Câmara
4 comentários:
Ehehe! Vou te enviar uma por email! É uma pérola! Porque não fecham a boca????
Bj, Francisco!
Tê!
Está ficando visivelmente transparente a perseguição do jornalista com a Secretária Berenice Nunes. Será que não existem outros políticos que deveriam ser citados? Ou será que os demais são “patrocinadores” do seu jornaleco e a Secretária não? Tantas dúvidas me surgem no momento, mas a que mais se encaixa, no meu ponto de vista, seria a perseguição gratuita, desde o tempo em que a Vereadora Diosma Nunes também foi perseguida, porque negou-se a financiar aquela publicação que só se ocupa em difamar quem não agrada ao S. AB...
O portal da transparência mostra as diárias de todos os servidores da Prefeitura, mas parece que o jornalista só enxerga as diárias da Secretária, que muitas vezes não são tão significativas quanto as de outros servidores das demais secretarias, como exemplo temos outros (só CCs), acompanhando o secretário Sergio Lopes, que na mesma semana participaram de outro Congresso, em Foz do Iguaçu, onde o valor das diárias foi mais elevado que as diárias do grupo de servidores da SMCAS e sendo assim, porque o jornalista (?) não fez a mesma crítica a estes servidores? Ah desculpa, claro que não faria, pois o seu objetivo é atacar apenas a Secretária Berenice!!!
Lastimável que uma pessoa empregue toda a sua energia para difamar outras em vez de canalizar tudo isso para coisas boas e produtivas, mas como nem todas as pessoas conseguem sobreviver sendo honestas, fazer o que?
Talvez o repórter prefira denunciar personalidades do P.P. Mas não se preocupe o leitor(a), pois os jornalistas não têm dever de imparcialidade nem gentileza. Sua função é criticar, e a história falará por si mesma. Um escritor solitário não pode cobrir toda a fauna de políticos, ele escolhe os de sua predileção.
Esse cidadão é uma pústula, tem uma língua viperina a qual não poupa ninguém, nem mesmo aqueles cuja amizade ele alardeia efusivamente pela frente, mas põe abaixo pelas costas. Além disso, é oportunista. Pega carona em quem lhe beneficia, É um tipo folclórico, engraçado até (para os que acham graça), mas tem péssima índole e vale a pena ser mantido a distância.
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