terça-feira, 20 de novembro de 2012

Reflexão sobre o colecionismo no museu

A equipe do Museu da Baronesa organizou uma nova exposição na chamada “sala das vitrines”. A mostra se chama “Coleções de Memória” e reúne objetos de colecionismo, que o próprio museu acumula em seu acervo, ou que foram doados em forma de coleção. Há leques, cartões postais, bonecos de outros países e imagens sacras (v. notícia no sítio da Prefeitura Municipal).

O assunto das coleções leva a refletir sobre o sentido da acumulação de objetos para a conservação da memória, pessoal e social. O MAPP já realizou 3 mostras com este tema (veja o post Coleção de coleções).

Há quem se apegue a certas coisas como devoção às lembranças, e há quem por curiosidade pesquisadora reúna objetos por temas e os classifique para entendê-los (sobre o esquecimento, veja a nota Viver, lembrar, esquecer).

O assunto é de interesse dos pelotenses, pois a cidade se ancora no passado, cheio de conotações traumáticas e detalhes que costumam ser desviados da consciência. O turismo se apoia na visitação a casarões e lugares representativos da riqueza levantada no século XIX. Além de diversos museus e sebos, Pelotas tem cursos universitários dedicados à conservação e à museologia. Também existem o Quiosque Pelotas Memória, de Nelson Nobre, hoje mantido pela UCPel, e um Instituto que cultiva a figura do escritor João Simões Lopes Neto (1865-1916). Pelotas tem tantas coisas para recordar e preservar, que não consegue construir ou empreender a longo prazo. Uma adequada elaboração do passado permitiria planejar o futuro e progredir com sucesso.

 “Coleções de Memória” segue no Museu da Baronesa até os primeiros dias de dezembro. O Parque está aberto todos os dias, manhã e tarde. O Museu abre somente pela tarde, de terça a domingo, com entrada de R$ 2 (livre para crianças). Grupos podem agendar visitas (3228 4606).

Nenhum comentário: