quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

"O mate do João Cardoso" fecha o ciclo centenário

Chega ao fim esta quinta (13) o ciclo de palestras  "Contos Gauchescos 100 anos da escrita, 100 anos de leituras", organizado pelo Instituto João Simões Lopes Neto para comemorar o centenário dos contos primeiramente publicados por Simões desde 1912 (leia o livro completo Contos Gauchescos).

Donaldo Schüler, "300 Onças" 2012
No 19º e último encontro da série, o escritor e professor Donaldo Schüler (esq.) falará sobre “O mate do João Cardoso” (leia o texto completo do conto). No vídeo abaixo, dados biográficos do escritor, que foi premiado em 2012 com uma das Trezentas Onças (v. nota neste blogue).

Ao longo do ano, nas 18 palestras anteriores, foram propostas novas interpretações acerca dos Contos Gauchescos. Entre análises históricas, literárias, filosóficas e geopoéticas, diversos estudiosos - inclusive alguns de fora de Pelotas - lançaram diferentes olhares sobre a obra centenária do escritor pelotense (v. nota do blogue do Instituto). Agora finalmente chegou a vez do Mate do João Cardoso.

Desenho de Bruno Campelo
para "O mate do João Cardoso"
Curiosamente, o conto que mais esperou a vez, no ciclo que durou vários meses, foi aquele que se refere aos mates prometidos pelo personagem mas que demoravam muito a chegar. Segundo o próprio escritor, o tal caso gerou uma expressão antiga, não dicionarizada, que se refere a algo que é muito anunciado mas nunca chega a acontecer: "coisa tão demorada como o mate do João Cardoso".

No breve relato, Blau Nunes descreve os traços de João Cardoso (falador, enrolador) e aproveita de mencionar a data do primeiro jornal editado em nossa cidade, O Pelotense. Antes de existirem jornais, já havia jornalistas, e os noticiários eram na hora do mate... mesmo que não houvesse mate.
Bom velho, muito estimado, mas chalrador como trinta e que dava um dente por dois dedos de prosa, e mui amigo de novidades.  
Também... naquele tempo não havia jornais, e o que se ouvia e se contava ia de boca em boca, de ouvido para ouvido. Eu, o primeiro jornal que vi na minha vida foi em Pelotas mesmo, aí por 1851.
Segundo os pesquisadores Monquelat e Marcolla, o aludido João Cardoso do conto de Simões Lopes foi inspirado em João Cardoso da Silva, que teria sido o verdadeiro pioneiro das charqueadas em nossa região, em vez de Pinto Martins. A teoria foi apresentada no livro "Desfazendo Mitos: Notas à História do Continente de São Pedro" (Pelotas, Livraria Mundial, 2012).


3 comentários:

Unknown disse...

JOÃO CARDOSO DA SILVA É UM IRMÃO DA MINHA HEPTA AVÓ TIO DO MEU TRISAVÔ QUE VIERAM DE PORTUGAL CIDADE DO PORTO. FREGUESIA DA NOSSA SENHORA DA VITORIA. MEU TRIZAVÔ ANTONIO DIAS DE CASTRO VEIO JUNTO COM SEU IRMÃO BERNARDO DIAS DE CASTRO PARA PIRATINI RS.PARA TOMAR CONTA DAS TERRAS DE SEU TIO JOÃO CARDOSO DA SILVA. QUE MAIS TARDE FALECEU. !!

Francisco Antônio Vidal disse...

E qual é o seu nome, caro leitor?

Ermindo de Castro disse...

Ermindo de Castro, Piratini foi a onde meus descendentes comesaram a vida no Rio Grande do Sul.os Dias de castro que tem no Rio grande do Sul fazem parte de minha familia. tambem tem aqqueles que só tem o Dias Fonseca, Dias, e outros sobrenomes que atravez das familias houve o cruzamento.tem em Pelotas Santana do Livramento Lagoa vermelha, e outras cidades como Quarai, Uruguaiana, a familia tem descendentes em quase todos os municipios do Rio grande do Sul.Frncisco Cardoso da Silva que era irmão de minha eptavó foi um dos maiores charqueadores do rs.