O compositor Zequinha de Abreu (1880-1935) escreveu a valsa "Glorificação da beleza", provavelmente em 1930. O que pouco se conhece é o porquê desse título. O portal Choro Music, de Daniel Dallarosa, informa que a partitura tinha como dedicatória:
À fascinante beleza da Senhorita Yolanda Pereira, Miss Universo de 1930.
A pelotense Yolanda Pereira ficou famosa nacional e mundialmente, pois ganhara para o Brasil, em 7 de setembro daquele ano, o primeiro concurso internacional de beleza feminina. Obteve, assim, a admiração eterna das brasileiras e dos brasileiros. Mais informação histórica sobre Yolanda Pereira no blogue Espaço Gótico, de Xico Júnior.
A primeira gravação desta valsa parece ter sido em 1931, com a Orquestra Tabajara (segundo o Dicionário Cravo Albin). Também foi incluída na trilha do filme de 1952 "Tico-Tico no Fubá" (veja o longa-metragem completo), biografia romanceada de Zequinha de Abreu, ou seja, não totalmente fiel à realidade (v. sinopse e ficha completa).
Em 1985, um primo de Zequinha, o carioca Luiz Antonio de Almeida, cantou a valsa ao modo lírico, sem saber que na plateia se encontrava a própria Yolanda Pereira (leia entrevista, Revista João do Rio nº 42, abril/maio de 2010).
A expressão "glorificação da beleza" foi o título dado no Brasil a um filme de 1929 (Glorifying the American Girl, v. sinopse), com Mary Eaton [disponível completo no Daily Motion, sem legendas]. O assunto e as canções desse musical (v. nota da Wikipedia em inglês) devem ter sido inspiração para o compositor brasileiro. Adaptando o título em inglês, deveria ter surgido a expressão "glorificando a mulher brasileira".
Filme conta a vida do compositor. |
Em 1985, um primo de Zequinha, o carioca Luiz Antonio de Almeida, cantou a valsa ao modo lírico, sem saber que na plateia se encontrava a própria Yolanda Pereira (leia entrevista, Revista João do Rio nº 42, abril/maio de 2010).
A expressão "glorificação da beleza" foi o título dado no Brasil a um filme de 1929 (Glorifying the American Girl, v. sinopse), com Mary Eaton [disponível completo no Daily Motion, sem legendas]. O assunto e as canções desse musical (v. nota da Wikipedia em inglês) devem ter sido inspiração para o compositor brasileiro. Adaptando o título em inglês, deveria ter surgido a expressão "glorificando a mulher brasileira".
Alguém sabe o porquê do nome Tico-tico no fubá? Em 1917, Zequinha de Abreu apresentou a música de improviso num baile e, ao ver o entusiasmo com que as pessoas dançavam, disse: "Até parece tico-tico no farelo". Esse nome ficou até 1931, quando o Tico-Tico ganhou letra, o título definitivo e a primeira gravação (v. detalhes na Wikipédia). Nos anos 40, já falecido o compositor, a música ficou famosa mundialmente (v. a história completa no portal Choro Music; leia também a explicação de Luís Nassif).
Gravações disponíveis O YouTube registra somente uma interpretação da valsa "Glorificação da Beleza", com o pianista Ilton Jardim (vídeo abaixo). O áudio dessa gravação está no sítio JUZP. Confira uma versão orquestrada no TV Sinopse. Não foi encontrada a letra.
O filho mais velho de Yolanda Pereira, Homero Pereira Souto de Oliveira, esteve em Pelotas em 2002, quando a ex-miss foi homenageada na 10ª FENADOCE, entre dez personagens históricos em destaque. A caracterização de Yolanda, falecida em 2001, foi feita por Francine Dias, da equipe do Grupo Pelotense de Cultura e Turismo (GPTur).
Aeronauta aposentado, radicado no Rio de Janeiro, Homero Oliveira mantém laços com Pelotas, aonde vem esporadicamente. Ele contou, na ocasião, que sua mãe sempre se sentiu ligada emocionalmente à cidade, apesar de estar longe por muitos anos. Na última vez que esteve em Pelotas, Yolanda disse que se sentia revivendo o passado, tantas foram as homenagens: vitrines decoradas com fotos suas, flores e abraços carinhosos de pessoas nas ruas (v. nota completa no Diário Popular, 3 de junho de 2002).
Imagens: Eliza Andrade e TVSinopse
Aeronauta aposentado, radicado no Rio de Janeiro, Homero Oliveira mantém laços com Pelotas, aonde vem esporadicamente. Ele contou, na ocasião, que sua mãe sempre se sentiu ligada emocionalmente à cidade, apesar de estar longe por muitos anos. Na última vez que esteve em Pelotas, Yolanda disse que se sentia revivendo o passado, tantas foram as homenagens: vitrines decoradas com fotos suas, flores e abraços carinhosos de pessoas nas ruas (v. nota completa no Diário Popular, 3 de junho de 2002).
Imagens: Eliza Andrade e TVSinopse