quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Musa Xavante 2016: Daiana Freitas


O Grêmio Esportivo Brasil está escolhendo hoje, por votação no Facebook, a Musa Xavante 2016. As candidatas são, da esquerda para a direita nesta foto: Victória Barella, Natália Pontes, Amanda Insaurriaga, Daiana Freitas e Kayane Medina, as cinco finalistas do concurso Musa Xavante 2016.

O público pode votar pelas 5 fotos de sua candidata preferida no álbum Finalistas concurso Musa Xavante 2016. Somente até as 17h desta quinta 28 de janeiro. A que somar mais curtidas será a próxima representante do clube e concorrerá com outras modelos do Rio Grande do Sul para os concursos Musa do Gauchão e, eventualmente, Musa do Brasileirão.


A Musa Xavante 2015 é Any Kelly Mendonça (v. fotos e vídeo acima, filmado na praia do Laranjal).

Em 2014, Jéssica Soares ganhou o concurso em Pelotas e no Estado (v. notícia da Rádio Gaúcha, abril 2014 e o post Xavante é a Musa do Gauchão, maio 2014).

POST DATA

29-1-2016

A morena leonense Daiana Freitas ganhou o direito de representar o Brasil de Pelotas no concurso de beleza Musa do Gauchão 2016, onde participam os times do Campeonato Gaúcho de Futebol (leia sobre a história do campeonato na Wikipédia).

Conforme a página do GEB (v. nota de ontem às 17h30), a candidata somou 18417 curtidas nas fotos postadas, enquanto as demais obtiveram: Victória Barella 15676, Natália Pontes 9842, Kayane Medina 7159 e Amanda Insaurriaga 6520.

Nos próximos dias deverá ser publicado o vídeo de divulgação da representante do Brasil. Boa sorte à candidata pelotense!

30-1-2017
A Musa Xavante 2017 é Victória Farias Barella (v. notícia no DP e fotos das 13 candidatas no Facebook).

Fotos: GEB (1), Daiana Freitas (2)

domingo, 24 de janeiro de 2016

Correio do Povo cobre o Festival

Quinteto Porto Alegre tocou hoje domingo no Parque da Baronesa. Fotógrafo pelotense postou no ato.
O jornal porto-alegrense Correio do Povo tem dado boa cobertura a todos os dias do 6º Festival SESC, com as notas e fotos de Luiz Gonzaga Lopes, tanto no sítio virtual como na edição impressa. Confira nesta postagem a reportagem que está desde quarta 20 na internet (sábado 23, saiu resumida, no jornal impresso).

Hoje domingo (24-1) o colunista social Eduardo Conill, sob o título "Pelotas", dedicou excepcionalmente todo seu espaço ao evento, que desde 2001 atrai artistas, turistas, políticos e mídia. O comentarista atribui ao governo municipal a condução do Festival SESC (leia no fim deste post), mas na verdade a Prefeitura é uma das entidades apoiadoras. Para obter este sucesso, o evento precisa do reconhecimento da comunidade, das autoridades e das lideranças educacionais, políticas e comerciais. O apoio tem sido amplo e unânime, e sabemos que seguirá sendo assim.


A Classe de Fagote tem 5 alunos; a de Tuba só 3.
Percorrer o Centro Histórico de Pelotas numa manhã deste musical janeiro é como mergulhar em outro mundo, onde os sons imperam e o metrônomo (medidor do andamento musical) é o guia.

A principal característica do 6º Festival Internacional SESC de Música é o intercâmbio, a troca de informações, o ensino e aprendizado. São 21 cursos de Música de Concerto, com professores de 13 países, além de prática de Orquestra e Banda Sinfônica e de Música de Câmara, envolvendo 260 alunos, com 17 nações participantes ao todo.

Entre os cursos, são disponibilizadas aulas para instrumentos mais populares no mundo dos concertos – como violino, violoncelo, viola, violão clássico, piano, clarinete, contrabaixo – e outros nem tanto, como fagote, eufônio, harpa e tuba.

O fagote
Em sua classe de fagote, o professor Adolfo Almeida Jr., do Trio de Madeiras de Porto Alegre e de Arthur de Faria e Seu Conjunto, ressaltou que o festival serve para unir os fagotistas.

“Neste meu instrumento, as pessoas estavam meio isoladas. Atualmente, na UFRGS, só tenho um aluno se especializando. Tem todos os componentes de não ser tão popular e de ser um instrumento caro”, destacou o professor, enquanto escolhia o repertório para a apresentação dos alunos de madeiras, que tinha de Frevo a Beatles e Gershwin.

O aluno Wesley Oliveira, 24 anos, do Conservatório de Tatuí (SP), toca o instrumento há oito anos e reforça a premissa de Adolfo de unir os fagotistas e do preço do instrumento estar proibitivo. “Importei o meu fagote alemão Mossmann, com o euro a R$ 4,80 e chegou a R$ 60 mil o preço”, afirma.

Correio do Povo, sábado 23 de janeiro 2016.
Também aluno, Adilson Vieira, 30 anos, de Guaíba (RS), e que toca com orquestras como a Filarmônica da PUCRS e a Sinfônica da UCS (Caxias do Sul), destaca que o festival reúne músicos renomados e que é uma grande oportunidade de intercâmbio de conhecimentos sobre a música e o mundo de orquestras e grupos.

A tuba
Outro instrumento que não é tão caro, mas é bem pouco prático pelo peso, é a tuba. O professor paulista Albert Khattar (v. currículo) ressalta que o instrumento musical de sopro da família dos metais tem origem na Prússia (atual Alemanha) em 2 de setembro de 1835, pesa uns cinco quilos e na maioria dos fabricantes só é feito por encomenda.

Na aula de Khattar, com apenas três alunos, tão importante quanto tocar são os exercícios de respiração junto com o metrônomo para inspirar e soprar no tempo certo e com a intensidade necessária. O aluno Kauã Fogaça, 15 anos, de São Leopoldo (RS), disse que procurou a tuba, pois queria um instrumento com um som poderoso, que lhe agradasse.

“É minha primeira vez no festival. Quando toco a tuba, eu me emociono, às vezes até choro. Este instrumento tem um poder que as pessoas nem imaginam. Toco de tudo, mas os temas de Star Wars são os meus preferidos”, destaca Kauã, que é aluno regular do tubista Wilthon Matos, no Conservatório da OSPA. Wilthon é o coordenador informal do Cortejo Musical que abriu o festival na segunda-feira à tardinha (v. Correio do Povo), com 30 músicos de metais e mais de 250 pessoas e até uma dúzia de cães, pelas ruas do Centro Histórico Pelotense.
Luiz Gonzaga Lopes
(v. texto completo)


Clique na imagem para ampliar.
Coluna de Eduardo Conill
Correio do Povo, 24-1-16

Pelotas
O jovem prefeito de Pelotas, Eduardo Leite, é unanimidade de elogios para sua administração, feitos pelos nomes mais expressivos do empresariado e pelos melhores grupos da sociedade. Está à frente do 6º Festival Internacional SESC de Música, que se encerra no próximo dia 29 de janeiro. A abertura foi com a Orquestra da ULBRA, sob a batuta de Tiago Flores e com participação do solista Carmelo de Los Santos [v. nota].

O festival tem intensa programação gratuita, 50 espetáculos em diversos locais, como casarios antigos, teatros, igrejas, ruas e parques, e cursos ministrados por professores de 13 nacionalidades. O prefeito Eduardo Leite, de excelente linhagem e que traz no sangue cultura e bom gosto, falou:

"O povo de Pelotas respira cultura e faz do Festival também uma atividade econômica. Temos muitos problemas e dificuldades, mas se tem uma coisa que podemos nos orgulhar, dia após dia, é a cultura. E sem dúvida o Festival é parte disso".

Imagens: M.F.Soares (1), L.G.Lopes (2)

sábado, 23 de janeiro de 2016

Pelotas e o Festival SESC

O escritor gaúcho Luiz Antonio de Assis Brasil acompanhou o desenvolvimento do Festival Internacional SESC de Música, na condição de Secretário da Cultura (v. nota neste blogue em 2013), e o segue fazendo como apoiador. Para a 6ª edição, ele incentiva o evento no artigo "Pelotas, o SESC e o Festival", elogiando a situação cultural pelotense e o esforço permanente na realização do Festival (dos organizadores e da comunidade local). 

É preciso dizer que em 2016, sob graves dificuldades financeiras no Estado, o Festival SESC segue sendo realizado com o mesmo empenho e brilho, mas não se trabalhou neste ano o foco da inclusão social, a diversidade musical ficou restrita aos repertório erudito (antes houve abertura ao jazz e ao choro) e não houve montagem teatral de uma ópera. Também devemos admitir que o Teatro Sete de Abril se encontra fechado para restauração desde o início do Festival, assim como o Salão Milton de Lemos, do Conservatório de Música.



Não é de hoje que digo: Pelotas é o ponto de transcendência do Rio Grande do Sul. Este meu conceito não decorre do fato de ser cidadão pelotense honorário - título que guardo com o maior orgulho - mas, sim, por conhecer a longa história cultural de uma cidade que se destaca no cenário brasileiro há quase dois séculos. Poderia referir vários exemplos desta intensa atividade, mas para ficar em apenas dois, lembro o Sete de Abril e o quase centenário Conservatório, este último responsável por várias gerações de músicos.

Também o SESC se notabiliza, em nosso país, como uma entidade que tem na cultura um foco permanente, responsabilizando-se pelas melhores promoções nesta área e suprindo, muitas vezes, aquilo que os governos não podem ou não querem assumir. Sou testemunha destas ações, e para ficar apenas no âmbito da minha atuação, a literatura, o SESC se faz onipresente, seja pela realização de dezenas de feiras de livro, seja pelos prêmios e eventos que promove.

Quando Pelotas – através da Prefeitura – e o SESC se unem, o resultado só poderia ser excepcional, e o símbolo maior é a realização deste 6º Festival Internacional de Música. Acompanho o Festival desde o início, de várias formas. A cada ano percebo que se consolidam algumas linhas-mestras que o definem: a permanente qualidade dos convidados, a internacionalização, a diversidade das estéticas musicais acolhidas, o número ampliado dos participantes, o profissionalismo de sua realização e, algo que muitos esquecem, a inclusão social que existe desde sempre. Esta é uma fórmula geral e intrincada, que implica tomada de decisões com um olho no que é desejável e outro no que é possível em termos logísticos e financeiros.

Registro aqui a operosidade de uma equipe que trabalha o ano inteiro para que tudo decorra com normalidade e excelência: o maestro Evandro Matté, competentíssimo diretor artístico; Sílvio Alves Bento, o incombustível gerente de cultura do SESC/RS; Luiz Tadeu Piva, o diretor regional, com sua presença atenta e inteligente. Isso não seria possível sem o apoio de Luiz Carlos Bohn, presidente do Sistema Fecomércio-RS. Cumpro o dever de fazer referência a uma legião de abnegados trabalhadores e, para representá-los, é incontornável citar a ação decisiva e onipresente da escritora Cleonice Bourscheid. Aliás, Cleonice e Aristóteles Boursheid são os melhores expoentes do mecenato artístico no Brasil. Obrigado a eles, e bom festival a todos.
Luiz Antonio de Assis Brasil
Foto: M.F.Soares

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Alzevir Maicá, autor e intérprete


Após graduar-se como Licenciado em Música pela UFPel em 2013, o violonista Alzevir Maicá radicou-se em Pelotas, onde constituiu família e iniciou uma carreira como compositor e líder de um grupo instrumental de cordas.

Primeiro formou o Trio Camará, com colegas da faculdade: Ottoni de Leon (baixo) e Renan Reis Leme (violino e bandolim), grupo que tocava composições consagradas da música brasileira (samba, bossa, choro, regional). Confira uma das primeiras atuações do trio tocando "Duerme negrito" (folclórico compilado por Atahualpa Yupanqui), em apresentação no Casarão nº 6, em junho de 2013.

Logo Alzevir passou a arranjar e compor para a formação do grupo, que se transformou em Instrumental Camará (v. Facebook) e já em 2015 apresentou o primeiro CD autoral, Matizes Sonoros, financiado pelo fundo Procultura (pode ser comprado a través da fanpage). Alzevir assume a condução melódica no violão oito cordas, é acompanhado na harmonia por Ottoni nos baixos e no ritmo por Igo Santos. As músicas do CD já foram apresentadas em Pelotas, Canguçu, Rio Grande e Caxias do Sul.

Alzevir Maicá começa no violão aos 15 anos, orientado pelo professor Arakem Maicá, em sua cidade natal, Santo Ângelo (RS). Em 1999, muda-se para Porto Alegre, onde estuda com professores renomados, como Maurício Marques e Lucio Yanel. Em 2001 participa do CD “Família Maicá- 15 Anos de Saudade”, em homenagem ao músico Cenair Maicá. Seu professor na UFPel foi Thiago Colombo. Em 2012, participa na Oficina de Choro com o violonista carioca Rogério Caetano (3º Festival SESC). Foi premiado nos seguintes festivais: 2ª Laçada da Canção Nativa de Brusque, SC (melhor instrumentista em 2005), 8° Festival de Inverno de Entre Ijuís, RS (melhor instrumentista e melhor arranjo em 2011), 11° Encontro Cultural e Artístico de Entre Ijuís (melhor instrumentista em 2012) e 18º FECANPOP, de Canguçu (4º lugar, melhor arranjo e melhor instrumentista em 2014).

Compare o Alzevir da fase em que interpretava e arranjava standards ["Vou deitar e rolar", de Baden Powell e Pinheiro] com o Alzevir criador ("Milonga para Oito Cordas", vídeo abaixo). A próxima apresentação do Instrumental Camará é amanhã (20-1) às 23h, abrindo as Quartas Instrumentais no João Gilberto (R$ 10).

sábado, 16 de janeiro de 2016

Dicas para acompanhar o 6º Festival SESC

Cronograma para retirar ingressos gratuitos (2 por pessoa) para os 8 concertos das 20h30 no Teatro Guarani; disponíveis a partir das 9h na bilheteria do Teatro. Solicita-se doação de alimentos. Mesmo na falta do ingresso, as pessoas poderão entrar às 20h30, caso haja assentos disponíveis. 
  • da quinta 14 à segunda 18/1: retirar ingressos para concertos de 18 e 19/1; 
  • da segunda 18 à sexta 22/1: retirar entradas para concertos de 20 e 24/1; 
  • do sábado 23 à segunda 25/1: retirar ingressos para concertos de 25 e 26/1; 
  • da segunda 25 à quarta 27/1: retirar ingressos para concertos de 27 e 28/1.

Segunda-feira 18
17h30 – Cortejo Musical, da Praça ao Guarani | Com o Quinteto Porto Alegre e músicos do Festival.
20h30 – Concerto de Abertura, no Guarani | Com a Orquestra da ULBRA e o violinista Carmelo de Los Santos, regência de Tiago Flores (reservar dia 14).

Terça-feira 19
19h – Festival na Comunidade, no Shopping Pelotas | Com o Quinteto Porto Alegre.
19h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de professores.
20h30 – "A História do Soldado", de Stravinsky, no Guarani | com narração de Hique Gomez, elenco de atores e regência de Evandro Matté (reservar dia 14).
[Veja notícia de apresentação em São Leopoldo, maio de 2015, e versão de 2012 da Televisión Española].

Quarta-feira 20
18h – Festival na Comunidade, na Colônia Z-3 | Com o Quinteto Porto Alegre.
19h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de professores.
20h – Festival na Comunidade, na Estação Verão SESC (Laranjal) | Com o Quinteto Porto Alegre.
20h30 – "Expresso 25 À La Carte", no Guarani | Com o Vocal Expresso 25, regência de Pablo Trindade (reservar dia 18). [Neste show, o grupo coral porto-alegrense apresenta cardápio musical escolhido pelo público (v. canal de vídeos)].


Quinta-feira 21
13h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de alunos.
16h – Festival na Comunidade, no CRAS São Gonçalo | Recital de Eufônios.
19h – Festival na Comunidade, na Igreja do Amor Divino (Colônia S.Antônio)| Com o Quinteto Porto Alegre.
19h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de professores.
20h30 – "As Quatro Estações", de Vivaldi, na Catedral de São Francisco de Paula | Com a Orquestra Sinfônica de Carazinho e o violinista Emmanuele Baldini (Itália), regência de Fernando Cordella. [Sobre a OSINCA, confira vídeo no final deste post].

Sexta-feira 22
11h – Ópera Rigoletto, de Verdi, em formato circense, no Calçadão | Companhia L'Inopinée.
11h – Festival na Comunidade, na sede do Expresso Embaixador | Recital de Saxofones.
13h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de alunos.
17h – Ópera Rigoletto, de Verdi, em formato circense, no Calçadão | Companhia L'Inopinée.
19h – Festival na Comunidade, na Igreja Santo Antônio (Laranjal) | Recital de Violões.
19h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de professores.
20h30 – Banda Sinfônica do Festival e trompetista Heinz Schwebel, regência de Marcelo Jardim, na Catedral de São Francisco de Paula.

Sábado 23
10h – Ópera Rigoletto, de Verdi, em formato circense, no Mercado Central | Companhia L'Inopinée.
11h – Festival na Comunidade, no Mercado Central | Recital de Metais.
13h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de alunos.
19h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de professores.
21h – "Arte do Choro e Instrumental Brasileiro", na Estação Verão SESC (Laranjal) | Orquestra Unisinos Anchieta, regência de Evandro Matté.


Domingo 24
17h – Festival na Comunidade, no Parque da Baronesa | Quinteto Porto Alegre.
18h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital da Classe de Piano.
20h30 – Orquestra Acadêmica e flautista Wally Hasen, regência de Gudni Emilson (Finlândia), no Guarani (reservar dia 18).

Segunda-feira 25
13h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de alunos.
15h – Festival na Comunidade, no Hospital Espírita | Quinteto Porto Alegre.
18h – Festival na Comunidade, na Igreja São José (Fragata) | Quinteto Porto Alegre.
19h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de professores.
20h30 – Concerto dos Núcleos de: Cordas, Violões e Madeiras, no Guarani (reservar dia 23).

Terça-feira 26
13h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de alunos.
15h – Festival na Comunidade, no Asilo de Mendigos | Recital de Eufônios.
19h – Festival na Comunidade, na Igreja Sant’Ana (Colônia Maciel) | Quinteto Porto Alegre.
19h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de professores.
20h30 – Concerto do Núcleo de Canto, no Guarani (reservar dia 23).

Quarta-feira 27
11h – Festival na Comunidade, na Santa Casa de Misericórdia | Recital de Saxofones.
13h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de alunos.
17h30 – Recital do Grupo de Metais, no exterior do Café Aquários.
19h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de professores.
20h30 – Concerto dos Núcleos: Percussão e Metais, no Guarani (reservar dia 25).

Quinta-feira 28
12h – Festival na Comunidade, no Calçadão | Quinteto Porto Alegre.
13h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de alunos.
19h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de professores.
20h30 – Banda Sinfônica Acadêmica e trompista Andrej Zust (Alemanha), regência de Marcelo Jardim, no Guarani (reservar dia 25).

Sexta-feira 29
13h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de alunos.
19h – Música de Câmara, na Biblioteca Pública | Recital de professores.
20h30 – Concerto de Encerramento, no Largo do Mercado | Orquestra Acadêmica do Festival, fagotista Martin Kuuskmann e soprano Eiko Senda, regência de Evandro Matté.


Fonte: SESC-RS

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

O menino sírio foi ao céu

O muro de Berlim foi abaixo a 9 de novembro de 1989. Um grande monumento à vergonha. Outros muros, entretanto, embora invisíveis, são erguidos atualmente, dividindo o mundo entre ricos e pobres. O drama dos refugiados enodoa a civilização que conheceu o Século das Luzes (XVIII), Disso, porém, parece não saber, pois continua pisoteando as ideias implementadas pelo iluminismo, que teve sua maior força na França, influenciando o mundo a nível cultural, social, político e espiritual.

A pintura "Operação resgate" (acrílica s/tela 46x61) nasceu de minha indignação ao ver a fotografia do menino sírio Aylan Kurdi, de três anos (que neste quadro aparece nos braços da Virgem Maria), morto à beira da praia turca de Ali Hoca (v. notícia de setembro de 2015). Irrefutável prova de que os "muros" invisíveis estão aí, separando as nações, não só por questões financeiras, mas por diferenças étnicas e religiosas. Uma estupidez inconcebível!
Manoel Soares Magalhães
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sábado, 2 de janeiro de 2016

Pelotas é a capital do bem-casado

Bem-casado é um docinho português que se tornou vedete no bufê de festa. Pelotas é a capital do bem-casado como se fazia antigamente, com recheio de doce de ovos.
Desta forma Célia Ribeiro apresentou o tradicional doce artesanal português, confeccionado há mais de cem anos em nossa cidade. O que os pelotenses e especialmente as doceiras podem achar estranho na descrição acima é o "antigamente", pois aqui não se usa outro recheio no bem-casado.

A colunista de Zero Hora ainda comentou (v. Revista Donna, 30-8-15, p. 29) sobre os dois recheios preferidos pelo público (porto-alegrense, sem dúvida): o original de ovos moles de Aveiro, e o de doce de leite, talvez influenciado pela proximidade do Uruguai e seu famoso dulce de leche.
Nos últimos anos, apareceu o recheio de doce de leite (bem mais fácil de preparar), que conquista a preferência dos jovens. Por isso, as doceiras atualmente fazem o quitute com dois recheios. Um exemplo é a produção de Maria Luiza Truda, em Porto Alegre [v. Facebook e Revista Estilo 56, p. 13].
O bem-casado é um minibolo feito com duas rodelinhas de pão-de-ló, unidas por um recheio doce cremoso. O conjunto é envolvido por uma camada fina de fondant (glacê transparente), que lhe dá uma aparência unitária e inseparável. A dupla união pelo recheio interno e pela cobertura externa o fazem merecer o nome "bem-casado", que permite associações simbólicas com o matrimônio. O conceito parece ter origem no alfajor, receita árabe mais antiga e menos sofisticada, com aspecto de um sanduíche doce.

A receita tradicional de bem-casado não admite doce de leite no recheio; somente ovos moles (v. descrição), e é assim que ele é vendido em Pelotas. No resto do Brasil, o mercado e os fabricantes aceitam variações, como o creme confeiteiro, geleias diversas e o mencionado doce de leite.

Todas as doçarias pelotenses oferecem bem-casados; por exemplo, Anette Ruas, Baronesa, Berola, Delícias PortuguesasImperatriz. Em Porto Alegre, acha-se boa variedade na loja Doces Pelotenses. No Distrito Federal, há doces tradicionais na Rota do Charme. A pelotense Marta Proto difunde o bem-casado e o vende no Rio de Janeiro.

O bem-casado original não contém leite. Seu ponto forte é o recheio.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O momento do novo é o silêncio


Primeira caminhada de 2016. As ruas estão desertas. A cidade brinca de morrer. Ainda se pode ouvir, na distância, o ruído do ancião que se afasta e nada lembra o foguetório de algumas horas atrás, coroando os instantes em que o sorriso, os abraços, os carinhos e o espoucar das rolhas dos champanhes definiam o estante da transição do velho para o novo.

Mas é na solidão, seguida de uma reflexão, que sentimos dentro de nós as mudanças internas e não apenas a troca de calendário. Não se trata de uma crítica às reuniões familiares. Elas são necessárias e importantes. Desejo, apenas, dar ênfase à necessidade de momentos de fuga, quando ficamos dentro de nós, quietinhos, refletindo, sentindo as mudanças, experimentando o novo cenário que se desenha. Um cenário gestado na alma e que se espalha pelo corpo, suavizando os batimentos cardíacos, relaxando os músculos, dando aos pés impulsos em demanda do novo.

Cruzo com um cão vadio e de olhos brilhantes. Ele também, parece-me, entrou num ano novo. A vadiagem matutina atrás das sobras do reveillon dão a ele renovado vigor.

Gosto do silêncio da cidade, que parece boiar num vácuo concebido pelos sonhos. É quando penso no que pintar, no que escrever. Caminho mais um pouco e volto para casa. O segundo ato da passagem está por ser escrito. Um bom dia a todos. Que 2016 seja o resultado de nossas reflexões.

Manoel Soares Magalhães
Fonte: Facebook