quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Ciclo marca os 100 anos das Lendas do Sul

Ilustração de Mário Mattos para "O Negrinho do Pastoreio"
Neste agosto, completam-se 100 anos da obra "Lendas do Sul", do escritor pelotense João Simões Lopes Neto. O aniversário será comemorado com um ciclo de 3 palestras ao longo do mês, com especialistas da literatura simoneana. Todos os encontros serão às 19 horas na sede do Instituto.

Serão abordadas as três principais lendas do livro.
  • Quinta-feira 1 de agosto, Luís Augusto Fischer aborda a lenda "A Mboitatá".
  • Quinta-feira 8 de agosto, Flávio Loureiro Chaves palestra sobre "A Salamanca do Jarau".
  • Quinta-feira 15 de agosto, Aldyr Garcia Schlee fala sobre "O Negrinho do Pastoreio".
Folha de rosto da primeira edição (1913)
Lendas do Sul foi a terceira obra a ser lançada, ainda em vida, por Simões Lopes. Em 1910, ele estreava com o "Cancioneiro Guasca"; em 1912, seria a vez de "Contos Gauchescos". No ano de 1913, mais uma vez contando com a ajuda da Echenique & C. Editores, Simões lançaria sua coletânea de lendas regionais.

Além das três histórias de maior destaque, acima citadas, o livro ainda trouxe os capítulos "Argumentos de outras lendas missioneiras" e "Argumentos de lendas do centro e norte do Brasil".

Sobre a Salamanca, leia neste blogue o artigo de Hilda Simões Lopes Costa O Cerro do Jarau e as Torres de Alhambra (a escritora palestrou sobre o tema em março passado, segundo o blogue da Palavraria) e o artigo de Marli Marangoni (2007) A Salamanca do Jarau: uma leitura da auto-representação gaúcha.

As lendas de Simões não podem ser consideradas criações totalmente autorais, pois a maioria delas já circulava nos relatos de populares e algumas inclusive haviam sido registradas por outros escritores. O mérito de "Lendas do Sul" está na forma como as lendas foram reconstruídas, com o requinte literário característico de Simões Lopes.

Os três palestrantes deste miniciclo receberam o prêmio Trezentas Onças, que destaca anualmente três pessoas que contribuíram significativamente para a valorização e a divulgação da obra de Simões Lopes. Fischer foi premiado em 2013, Loureiro Chaves foi contemplado em 2008 e Schlee é Trezentas Onças 2009. 
Fonte do texto e das imagens: I.J.S.L.N.

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