A pelotense Alice Farias Ávila (dir.), de apenas quatro anos, foi a ganhadora do concurso Top Mirim, lançado em novembro pelo programa TV Xuxa da Rede Globo. A notícia foi dada neste sábado (18) pelo Diário Popular (leia) e pela agência de casting infantil Guri e Guria, ao qual pertence a pequena.
A final foi ao ar pela Globo (veja o programa), reunindo as 3 finalistas por categoria. Alice estava na mais jovem, de 3 a 5 anos, e já havia passado por várias fases prévias. As outras categorias eram de 6 a 8, e de 9 a 11 anos. A semifinal que definiu 3 meninas por categoria foi dia 11 de dezembro (veja o programa).
Alice conquistou o público e os jurados com sua graça para sorrir, seu grande cabelo afro e seu gosto para desfilar como gente grande, tudo reunido numa pessoa de somente 4 anos, que não teve (ainda) preparação como modelo.
A animadora Xuxa deu uma aula privada às 9 meninas, mostrando como caminhar, como descer uma escada de lado, como entrar no mundo das belas aparências e das pobres palavras. No programa, a gaúcha de 47 anos parecia mais nervosa que as próprias candidatas.
O julgamento da beleza das meninas foi feito por Fernanda Tavares, Solange Meneghel, Eli Hadid e a apresentadora Angélica Ksyvickis Huck, que também aos 4 anos foi escolhida "a menina mais bonita do Brasil", num programa do Chacrinha (e ainda repetiu a façanha no ano seguinte). A intenção do programa foi justamente resgatar aquele quadro do Chacrinha, da década de 1970 (leia nota).
A escolha de pequenas misses é típico da mentalidade triunfalista norte-americana, como se satiriza em Little Miss Sunshine, mas no Brasil as virtudes das meninas já parecem mais congruentes com uma vocação de vida do que a simples realização de uma fantasia.
Aqui em Pelotas, desde a pré-seleção Alice começou a ser reconhecida por fãs como a “menina da Xuxa”. Nem pondo tranças e boné a minicelebridade deixa de ser identificada pelas pessoas, segundo Geneci Ávila, a mãe de Alice.
Em 1930, a pelotense Yolanda Pereira ganhou o primeiro concurso de beleza no país, importado dos Estados Unidos. Na época, a beleza nacional se distribuía entre louras e morenas, mas hoje já não surpreende que uma mulata ou negra seja Miss Brasil.
O que talvez possa chamar a atenção dos pelotenses é que a cidade saia da sensação de anonimato e inferioridade mediante o talento pessoal de alguém que não conta com riquezas e bens, nem conhecimentos culturais, nem sequer o plano voluntário de sobressair ou "chegar às estrelas".
Vale como lição para quem deseja sair da decadência social ou da depressão emocional.
Fotos: R. Vicente (1) e Jô Folha, DP (3)
3 comentários:
Amei realmente ela é linda que Deus possa abençõa sua vida mais e mais.
Muitoo linda ela primeiro lugar merecido !
Sucesso...
linda de mais ,ela certamente merece.!
Postar um comentário