domingo, 8 de março de 2015

Infinita mulher (poema)

Desde que nasce preparada
Para os mais diversos papéis
Com muitas imposições,
O principal deles, ser mulher:
Feminina, magra de preferência,
Bem educada, com facilidade
Para aceitar hierarquia
Do pai, do marido, do chefe,
ter sempre um sorriso no rosto,
Delicadeza ao falar,
Ao homem não querer se igualar.
Mulher, rainha do lar,
Para o homem assessorar,
Mulher que aprendeu
A por sua liberdade lutar
E seu caminho foi buscar
Além de rainha do lar
Aprendeu a ser mãe,
Papel imensurável pelas alegrias
E pelas dores,
Desenvolveu-se profissional,
Foi para a rua trabalhar.
Pela ausência em casa
Carrega com dignidade
A pior das culpas
Por não ver os filhos crescerem,
Falar as primeiras palavras,
Dar os primeiros passos.

É sofredora como Maria,
Lutadora como Joana,
Pecadora como Madalena,
Milagrosa como Fátima,
De múltiplas facetas,
Todas merecendo o maior respeito.
Por isso, independente do nome, origem,
Credo, raça, profissão,
Merece todo respeito
Por desempenhar seus papéis
Com competência, bravura
E, acima de tudo,
Com muita doçura,
Marca indelével de toda mulher.

Isabel C. S. Vargas

Fonte: Diário da Manhã impresso, 3-1-15

2 comentários:

Isabel C S Vargas disse...

Caro amigo Vidal
Obrigado por reproduzir. Fico muito feliz
com teu carinho ao fazê-lo.
Abraço
Isabel

Francisco Antônio Vidal disse...

Cara Isabel, repare que a postagem de 2012 com teu artigo sobre a mulher teve um importante elogio há poucos dias.

pelotascultural.blogspot.com.br/2012/03/mulheres-inferiorizadas-cronica.html