Quinteto Porto Alegre tocou hoje domingo no Parque da Baronesa. Fotógrafo pelotense postou no ato. |
Hoje domingo (24-1) o colunista social Eduardo Conill, sob o título "Pelotas", dedicou excepcionalmente todo seu espaço ao evento, que desde 2001 atrai artistas, turistas, políticos e mídia. O comentarista atribui ao governo municipal a condução do Festival SESC (leia no fim deste post), mas na verdade a Prefeitura é uma das entidades apoiadoras. Para obter este sucesso, o evento precisa do reconhecimento da comunidade, das autoridades e das lideranças educacionais, políticas e comerciais. O apoio tem sido amplo e unânime, e sabemos que seguirá sendo assim.
A Classe de Fagote tem 5 alunos; a de Tuba só 3. |
Percorrer o Centro Histórico de Pelotas numa manhã deste musical janeiro é como mergulhar em outro mundo, onde os sons imperam e o metrônomo (medidor do andamento musical) é o guia.
A principal característica do 6º Festival Internacional SESC de Música é o intercâmbio, a troca de informações, o ensino e aprendizado. São 21 cursos de Música de Concerto, com professores de 13 países, além de prática de Orquestra e Banda Sinfônica e de Música de Câmara, envolvendo 260 alunos, com 17 nações participantes ao todo.
Entre os cursos, são disponibilizadas aulas para instrumentos mais populares no mundo dos concertos – como violino, violoncelo, viola, violão clássico, piano, clarinete, contrabaixo – e outros nem tanto, como fagote, eufônio, harpa e tuba.
O fagote
Em sua classe de fagote, o professor Adolfo Almeida Jr., do Trio de Madeiras de Porto Alegre e de Arthur de Faria e Seu Conjunto, ressaltou que o festival serve para unir os fagotistas.
“Neste meu instrumento, as pessoas estavam meio isoladas. Atualmente, na UFRGS, só tenho um aluno se especializando. Tem todos os componentes de não ser tão popular e de ser um instrumento caro”, destacou o professor, enquanto escolhia o repertório para a apresentação dos alunos de madeiras, que tinha de Frevo a Beatles e Gershwin.
O aluno Wesley Oliveira, 24 anos, do Conservatório de Tatuí (SP), toca o instrumento há oito anos e reforça a premissa de Adolfo de unir os fagotistas e do preço do instrumento estar proibitivo. “Importei o meu fagote alemão Mossmann, com o euro a R$ 4,80 e chegou a R$ 60 mil o preço”, afirma.
Também aluno, Adilson Vieira, 30 anos, de Guaíba (RS), e que toca com orquestras como a Filarmônica da PUCRS e a Sinfônica da UCS (Caxias do Sul), destaca que o festival reúne músicos renomados e que é uma grande oportunidade de intercâmbio de conhecimentos sobre a música e o mundo de orquestras e grupos.
A tuba
Outro instrumento que não é tão caro, mas é bem pouco prático pelo peso, é a tuba. O professor paulista Albert Khattar (v. currículo) ressalta que o instrumento musical de sopro da família dos metais tem origem na Prússia (atual Alemanha) em 2 de setembro de 1835, pesa uns cinco quilos e na maioria dos fabricantes só é feito por encomenda.
Na aula de Khattar, com apenas três alunos, tão importante quanto tocar são os exercícios de respiração junto com o metrônomo para inspirar e soprar no tempo certo e com a intensidade necessária. O aluno Kauã Fogaça, 15 anos, de São Leopoldo (RS), disse que procurou a tuba, pois queria um instrumento com um som poderoso, que lhe agradasse.
“É minha primeira vez no festival. Quando toco a tuba, eu me emociono, às vezes até choro. Este instrumento tem um poder que as pessoas nem imaginam. Toco de tudo, mas os temas de Star Wars são os meus preferidos”, destaca Kauã, que é aluno regular do tubista Wilthon Matos, no Conservatório da OSPA. Wilthon é o coordenador informal do Cortejo Musical que abriu o festival na segunda-feira à tardinha (v. Correio do Povo), com 30 músicos de metais e mais de 250 pessoas e até uma dúzia de cães, pelas ruas do Centro Histórico Pelotense.
A principal característica do 6º Festival Internacional SESC de Música é o intercâmbio, a troca de informações, o ensino e aprendizado. São 21 cursos de Música de Concerto, com professores de 13 países, além de prática de Orquestra e Banda Sinfônica e de Música de Câmara, envolvendo 260 alunos, com 17 nações participantes ao todo.
Entre os cursos, são disponibilizadas aulas para instrumentos mais populares no mundo dos concertos – como violino, violoncelo, viola, violão clássico, piano, clarinete, contrabaixo – e outros nem tanto, como fagote, eufônio, harpa e tuba.
O fagote
Em sua classe de fagote, o professor Adolfo Almeida Jr., do Trio de Madeiras de Porto Alegre e de Arthur de Faria e Seu Conjunto, ressaltou que o festival serve para unir os fagotistas.
“Neste meu instrumento, as pessoas estavam meio isoladas. Atualmente, na UFRGS, só tenho um aluno se especializando. Tem todos os componentes de não ser tão popular e de ser um instrumento caro”, destacou o professor, enquanto escolhia o repertório para a apresentação dos alunos de madeiras, que tinha de Frevo a Beatles e Gershwin.
O aluno Wesley Oliveira, 24 anos, do Conservatório de Tatuí (SP), toca o instrumento há oito anos e reforça a premissa de Adolfo de unir os fagotistas e do preço do instrumento estar proibitivo. “Importei o meu fagote alemão Mossmann, com o euro a R$ 4,80 e chegou a R$ 60 mil o preço”, afirma.
Correio do Povo, sábado 23 de janeiro 2016. |
A tuba
Outro instrumento que não é tão caro, mas é bem pouco prático pelo peso, é a tuba. O professor paulista Albert Khattar (v. currículo) ressalta que o instrumento musical de sopro da família dos metais tem origem na Prússia (atual Alemanha) em 2 de setembro de 1835, pesa uns cinco quilos e na maioria dos fabricantes só é feito por encomenda.
Na aula de Khattar, com apenas três alunos, tão importante quanto tocar são os exercícios de respiração junto com o metrônomo para inspirar e soprar no tempo certo e com a intensidade necessária. O aluno Kauã Fogaça, 15 anos, de São Leopoldo (RS), disse que procurou a tuba, pois queria um instrumento com um som poderoso, que lhe agradasse.
“É minha primeira vez no festival. Quando toco a tuba, eu me emociono, às vezes até choro. Este instrumento tem um poder que as pessoas nem imaginam. Toco de tudo, mas os temas de Star Wars são os meus preferidos”, destaca Kauã, que é aluno regular do tubista Wilthon Matos, no Conservatório da OSPA. Wilthon é o coordenador informal do Cortejo Musical que abriu o festival na segunda-feira à tardinha (v. Correio do Povo), com 30 músicos de metais e mais de 250 pessoas e até uma dúzia de cães, pelas ruas do Centro Histórico Pelotense.
Luiz Gonzaga Lopes
(v. texto completo)
(v. texto completo)
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Correio do Povo, 24-1-16
Pelotas
O jovem prefeito de Pelotas, Eduardo Leite, é unanimidade de elogios para sua administração, feitos pelos nomes mais expressivos do empresariado e pelos melhores grupos da sociedade. Está à frente do 6º Festival Internacional SESC de Música, que se encerra no próximo dia 29 de janeiro. A abertura foi com a Orquestra da ULBRA, sob a batuta de Tiago Flores e com participação do solista Carmelo de Los Santos [v. nota].
O festival tem intensa programação gratuita, 50 espetáculos em diversos locais, como casarios antigos, teatros, igrejas, ruas e parques, e cursos ministrados por professores de 13 nacionalidades. O prefeito Eduardo Leite, de excelente linhagem e que traz no sangue cultura e bom gosto, falou:
"O povo de Pelotas respira cultura e faz do Festival também uma atividade econômica. Temos muitos problemas e dificuldades, mas se tem uma coisa que podemos nos orgulhar, dia após dia, é a cultura. E sem dúvida o Festival é parte disso".
O festival tem intensa programação gratuita, 50 espetáculos em diversos locais, como casarios antigos, teatros, igrejas, ruas e parques, e cursos ministrados por professores de 13 nacionalidades. O prefeito Eduardo Leite, de excelente linhagem e que traz no sangue cultura e bom gosto, falou:
"O povo de Pelotas respira cultura e faz do Festival também uma atividade econômica. Temos muitos problemas e dificuldades, mas se tem uma coisa que podemos nos orgulhar, dia após dia, é a cultura. E sem dúvida o Festival é parte disso".
Imagens: M.F.Soares (1), L.G.Lopes (2)
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