Os guarda-chuvas de hoje já não infundem o respeito que tiveram no século XX. Sua estrutura de pano e metal foi concebida para proteger as pessoas da chuva que cai em ângulo reto em relação ao chão, ou seja, que não é muito afetada pelo vento. O conserto de peças quebradas sempre foi obra de artesãos cuidadosos, que com a evolução cultural terminaram desaparecendo.
Para baixar custos, os fabricantes passaram a usar materiais plásticos, o que fez os guarda-chuvas frágeis e descartáveis. Se antigamente eles custavam caro e duravam alguns anos, hoje eles custam o equivalente a uma entrada de cinema, e têm uma duração parecida a um filme: horas ou minutos.
Em lugares chuvosos e ventosos como nossa região, fez-se quase inútil comprar estes utensílios, que agora entortam e quebram já no primeiro uso. Os vendedores descaradamente oferecem os mais baratos e alguns consumidores os jogam com descaro no lixo, ainda enquanto chove, como silencioso, impotente e vazio protesto.
Fotos de F. A. Vidal
Fotos de F. A. Vidal
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