O domingo passado (20) foi um dia de sol em Pelotas, bastante adequado para atividades ao ar livre. Clima ideal para que o 3º Piquenique Cultural fosse um sucesso, pois tudo estava planejado para haver muita gente disposta ao encontro, no relax das férias.
O projeto foi lançado em outubro de 2010, na Praça Coronel Pedro Osório, e foi reeditado em novembro, no parque do entorno da Rodoviária. O 3º piquenique seria em dezembro no Parque da Baronesa, mas foi impedido pela chuva, e toda a organização teve que ser reformulada.
Os piqueniques culturais buscam o encontro comunitário diurno em torno à criatividade popular, em praças e parques da cidade. São reunidos parceiros que oferecem serviços e espetáculos, para que as pessoas vivam de modo positivo suas vinculações e seu lado criador e de lazer.
A iniciativa nasceu como uma derivação do fechamento da Casa do Joquim; esse projeto durou pouco mais de um ano como casa de cultura para exposições e palestras durante o dia e shows entre 19h e meia-noite.
Os mesmos objetivos foram redirecionados com imaginação, e tiveram ainda maior apoio, somente com as dificuldades climáticas (que em Pelotas não são poucas, mas são menores que as burocráticas).
- uma exposição de fotos de Adriane Santi (acima),
- um documentário da mesma Adriane, com bate-papo,
- oficina de nanquim com Janete Flores,
- coreografia para crianças com Brenda Furtado,
- percussão e canto dos Anjos e Querubins,
- Rádio Poste com Paulo Celente,
- Feira ao Quadrado,
- poemas urbanos com Daniel Moreira,
- roda de grávidas com Isane D'Ávila,
- feira de adoção de filhotes (dir.).
O Diário Popular, que iniciou há dois anos um tipo parecido de feiras populares com o nome de Estação DP, deu um inédito apoio jornalístico ao Piquenique Cultural, publicando uma crônica após o evento, com uma foto muito emblemática do espírito familiar da iniciativa (o inédito é que o jornal dá cobertura posterior a pouquíssimas atividades culturais).
A matéria de André Amaral terminava assim (leia completa):
Preparados com uma toalha e uma cesta repleta de gostosuras, Diego da Luz, Márcia Espig e Carolina Tecchio chegaram acompanhados da pequena Rafaela.
Eles reconhecem a qualidade do espaço e acreditam que a realização deste tipo de evento proporciona ainda mais segurança aos que frequentam o local.
“A iniciativa acaba se tornando um programa muito bom”, opinou Diego
Fotos: Piquenique, Beatriz Rodrigues (3), Marcel Ávila (DP)
POST DATA (28 fev) Veja nos comentários um esclarecimento sobre a história e os objetivos do Piquenique Cultural.
Um comentário:
Na verdade, o Piquenique Cultural foi proposto pelo Teatro do Chapéu Azul, núcleo de Artes Cênicas da Casa do Joquim, quando a Casa ainda estava em funcionamento. Em um primeiro momento a proposta era manter as atividades da Casa na rua. Com o fechamento da Casa, apenas os representantes do Teatro do Chapéu Azul (Aline Maciel e Pedro Silveira - um dos fundadores da Casa) mantiveram a proposta na ativa. Podemos dizer que o Piquenique Cultural foi concebido na Oficina de ideias, que era a Casa do Joquim, mas hoje segue de forma autônoma, sem, no entanto, perder-se de sua origem: fomentar a expressão artística e propor espaço para divulgação das artes independentes. O que faz o Piquenique Cultural se diferenciar de outros eventos é o fato de trazermos o convite ao piquenique, ao resgate desse lazer bucólico. Não se trata de uma feira, mas de um canal de expressão aberto à novas ideias e propostas. Este é o diferencial do Piquenique Cultural, que vem agregando cada vez mais parceiros, como a ONG Anjos e Querubins, a Feira ao², o Grupo Amadrecer, o Blog revista SEJA, além de artistas independentes. Obrigado a todos que prestigiaram nossa iniciativa e esperamos poder contar com mais parceiros nas próximas edições. Quem quiser enviar propostas, pode entrar em contato pelo email: piqueniquecultural@gmail.com.
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