Esta tarde de sábado, a melancolia se apossou da praça Coronel Pedro Osório. O céu nublado não queria fazer chuva nem iluminar nada. Os bancos estavam vazios, mais pela umidade do que pelo ameno ar de primavera; na verdade, nem uma brisa soprava. Zumbis cadavéricos se dirigiam a alguma festa de Halloween, ou talvez andassem realmente perdidos entre a vida e a morte.
Justo na hora dos autógrafos na 39ª Feira do Livro, um corte de eletricidade deixou o centro da cidade à mercê do lusco-fusco e devolveu os escritores ao passado remoto, quando se redigia à luz de velas. O clima romântico ficou por conta da semipenumbra do café, cortada somente por fluorescentes.
Defronte ao Casarão nº 2, um casal de meia idade (acima) caminhava, a passo lento, em direção às bancas. Mas não parou para comprar pipocas (abaixo). A eletricidade chegou quando os autógrafos já haviam terminado.
Fotos: F. A. Vidal
Fotos: F. A. Vidal
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