Esta terça (6), a partir das 19h, a 6ª edição do livro "História e Tradições da Cidade de Pelotas", de Mario Osorio Magalhães (acima) começa uma caminhada pelo bicentenário da Freguesia de São Francisco de Paula.
Pensado originalmente para acompanhar uma série de imagens de Pelotas, tomadas pelo artista Salomão Scliar, a obra foi lançada em 1979 como simples texto escrito, e foi tendo novas edições (em 1981, 1999, 2003 e 2005), pela boa aceitação do público.
Por primeira vez em 32 anos, e voltando à concepção original, o trabalho inclui fotografias de Pelotas alusivas ao texto, desta vez tomadas por uma equipe: Alexandre Gomes, Daniel Giannechini, Edison Vara, Laureano Bittencourt e Paulo Rossi.
O conteúdo do texto já faz um passeio ao longo dos 200 anos de história de Pelotas, mas em 2012 a obra e seu autor farão um passeio pelo espaço geográfico: 18 das 43 fotos do livro constituem uma exposição que visitará escolas da cidade.
Ao mesmo tempo, Mário Osório Magalhães se encontrará com o público, falando sobre esta Pelotas que ele estudou em detalhe por tantos anos. O objetivo é chegar a 20 mil pessoas em 180 estabelecimentos, mas já se pode calcular que 4 anos serão necessários para fazer tantas exposições em ritmo semanal (ou 4 palestras por semana, durante um ano).
Transcrevo abaixo a página 80, intitulada A crise econômica, com uma foto (que não está no livro) nada turística mas totalmente real, do sucateamento de nosso patrimônio urbano, realizado por nosso próprio povo e nossas próprias autoridades. Ao fundo, o atual BANRISUL (até 1931, Banco Pelotense); em primeiro plano, comércio ambulante, lixo e catadores.
Fundado em 1906, o Banco Pelotense teve 69 agências e filiais por todo o Brasil.
Em 1931, quando ainda ocupava o terceiro lugar no país entre os detentores de maiores depósitos em numerário, foi obrigado a fechar, envolvido numa trama política articulada fora dos limites municipais.
Esse fato, de triste memória, causou verdadeiro abalo na economia do município.
Unindo-se a circunstâncias anteriores, internas e externas - como o ocaso das charqueadas e a crise mundial das primeiras décadas do século -, haveria de se refletir durante muito tempo no desenvolvimento da cidade.
Imagens desta nota:
Paulo Rossi (1), F. A. Vidal (3)
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