Desde março o elenco e a equipe de filmagem de O Tempo e o Vento estão viajando por cidades gaúchas. Numa primeira fase, foram rodadas cenas em Pelotas, e por mais 40 dias o trabalho se concentrou em Bagé e arredores.
De novo em nossa cidade, hoje pela manhã (26) foi encenado o casamento de Luzia e Bolívar Cambará na capela do hospital da Sociedade Portuguesa de Beneficência (veja notícia).
O fotógrafo Nauro Júnior registrou várias imagens com os atores principais e alguns dos 30 figurantes: na foto maior o noivo esperando e na menor com a noiva (veja no seu blogue Retratos da Vida).
De tarde houve mais filmagens (na Charqueada São João), que seguirão até domingo (3), totalizando 20 dias em Pelotas. Com isso, todas as locações ficaram no Rio Grande do Sul.
Em 1985 a TV Globo realizou a minissérie "O Tempo e o Vento", inspirada na trilogia de Erico Verissimo. Agora o diretor Jayme Monjardim conta, em formato de longa-metragem, somente a primeira parte da história ("O Continente", 1949), relatada pela visão de Bibiana Terra.
Esta personagem é representada na velhice pela carioca Fernanda Montenegro, na meia-idade pela pelotense Janaína Kremer da Motta (veja seu perfil no portal IMDB e no sítio da Oficina de Atores) e na juventude pela paranaense Marjorie Estiano.
O roteiro é dos escritores gaúchos Tabajara Ruas e Letícia Wierzchowski, que em 2003 trabalharam perto de Monjardim quando ele dirigiu "A Casa das Sete Mulheres", também com locações em Pelotas.
Em 2013 "O Tempo e o Vento" irá às salas de cinema e posteriormente a Rede Globo o mostrará em forma de microssérie. Veja mais fotos e informações no blogue do filme O Tempo e o Vento.
Fotos: Nauro Jr.
3 comentários:
Vidal, dá uma olhada no que eu escrevi no FB sobre o absurdo dessa produção não saber que uma mulher não entrava na igreja sem véu, quanto mais decotada e com braços de fora, principalmente sendo A NOIVA EM UM CASAMENTO!
https://www.facebook.com/jonas.klug.9/posts/224657940985179?notif_t=like
Jonas
Realmente o aspecto está do tipo "global", bem para ser visto na TV de hoje em dia. Se a encenação fosse igual ao século XIX, muitos brasileiros seriam capazes de reclamar pela repressão, moralismo retrógrado etc. e Pelotas ficaria marcada como cidade totalmente fora de época. O mesmo sobre os sotaques do interior gaúcho, que no centro do país gostam muito de ridiculizar.
Portanto o filme nos deu essa ajudinha globalizante, homogeneizante e neutralizante.
E o que dizer do aspecto que a capela tinha no século XIX e que foi também "renovada"?
Quero destacar o ângulo escolhido pelo fotógrafo, que sugere estar espiando a cena do casamento desde o confessionário (depósito de pecados) e que ao mesmo tempo tem a forma de um buraco de fechadura (por onde também se espia o que outros fazem na intimidade). A alusão é bem indireta pois a cena não mostra nada os noivos nem o padre, somente o homem esperando.
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