Bonito por natureza. Torcida pelo Brasil. Momento de decisão. De um lado, a Nike e seus milionários-de-chuteiras; de outro, a resistência ao pacote lacrimogêneo de Dilma e seus quarenta ministros. Abençoado por Deus, mas sob encosto de governos endiabrados. Verás que um filho teu não foge à rua.
A religião é o ópio do povo. Se não a fé, seguramente seus técnicos. No futebol, vitória, derrota ou empate. O jogo não tem culpa, mas a FIFA sim. No mercadão da bola, faturam redes de tevê, grifes internacionais, construtoras e bancos. Governos subservientes, com seus parasitas bem treinados também marcam golaços.
A torcida desligou a telinha. O futebol ainda não é o ódio do povo. Mas a galera começou a separar a diversão da manipulação. Pra escanteio, aquele rumor imbecilizado das torcidas “organizadas”. As brigas sem sentido, com explorados contra explorados. O adversário está bem à frente. Elite brasileira e seus capachos no poder político.
Gol contra, marcou o ‘governador’ que não se coça para o piso salarial dos professores. Narrou que os manifestantes seriam pagos, talvez numa operação cinematográfica da extrema-direita. Pisou na bola, imaginando alguma espécie de “bolsa-protesto”. Mas, a mobilização é libertária, gol de placa. No inverno, uma primavera-sem-árabes.
O Bananão acordou. A FIFA estaria pavimentando o “Carnavalzinho” do título? Bem provável, mas o desemprego na Espanha beira 30%. Em ritmo de decisão, torcida pelotense comemora o raiar da liberdade. Hoje à tarde (26/6), alegria, descontração e criatividade. Quinze centavos não bancam o ópio do povo.
Carlos Cogoy
Imagem: MOAPOST DATA
27-6-13
Tom Zé compôs esta semana a música "Povo novo" (ouça aqui).
Escute aqui o roque de Diogo Darkie "Chegou a hora".
Veja o programa Entre Nós que analisou os protestos de 20 de junho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário