Hiroshima, Mon Amour (1959), de Alain Resnais, retoma hoje (7-6) o quarto ciclo de Cinema e Filosofia, que tem sequência até dezembro, com uma pausa em julho (v. cartaz com a programação). O filme relata a paixão entre um homem e uma mulher que não sabem sequer o idioma do outro. A história provoca uma reflexão psicológica sobre a relação que existe entre as vivências do passado, a paz de espírito e a paz social.
Eiji Okada e Emmanuelle Riva são o casal que representa a paz mundial, perplexos ante a passagem da morte e a lenta reconstrução da cidade. |
Na época, o uso inovador de flashbacks e o fato de ser abordado um tema tabu como as feridas causadas à humanidade na 2ª Guerra Mundial chamaram a atenção do público e da crítica sobre o movimento francês da Nouvelle Vague, que originou ondas e vanguardas no resto do mundo.
O roteiro, indicado ao Oscar, confere ao tempo um importante papel na história dos dois amantes que se apaixonam sem ao menos saber seus verdadeiros nomes. Confundidos com seus próprios passados, o personagem "Ele" passa a chamá-la de Nevers, cidade em que ela cresceu, e "Ela" o chama de Hiroshima, local onde passam o presente. O futuro fica em aberto durante um jogo de sedução repleto de reviravoltas.
Cinco décadas depois, a mesma Emmanuelle Riva (nascida em 1927) protagonizou, aos 85 anos, o premiado filme Amour, do diretor Michael Haneke. De fato, ela não parou de atuar no cinema, nos últimos cinquenta anos. O ator Eiji Okada morreu em 1995, aos 75 anos.
A trilha sonora foi composta pelo italiano Giovanni Fusco e o francês Georges Delerue. Leia a crítica de Rubens Ewald Filho e mais detalhes no blogue Cinéfilo, eu?, do jornalista Eduardo Frota. No vídeo abaixo, veja o filme completo com legendas em português (90 min).
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