"Mestres do Renascimento": atual mostra no Centro Cultural do Banco do Brasil (São Paulo), até 23-9 Fila externa à exposição, para tirar dúvidas e receber material gráfico de divulgação |
RENASCIDOS/FLORESCIDOS HEDONISTAS
O homem sobre Deus renasceu
Da poeira ... das dores e mágoas
Dos pecados ... da visão parca
Nossa Senhora da Humildade (Gentile da Fabriano), têmpera sobre painel de madeira, ano 1423 (Wikipédia) |
Racionalismo experimental/experimentado
O homem então é maior que o fim
Belo ... harmonioso ... delicado
Imprensa ... anjo da guarda ... da anunciação
informativa ... informação
Mitos e pinceladas
Reformas no pensamento
O custo do curso cursado
Sendo o campo de batalha ... a influência
sobre os fiéis ao que é informado
E o anjo anuncia uma nova cultura
O culto aos padrões ocultos
Os valores renascem
O que ontem foram trevas e impasses
O que renasceu ?
A culta não morre ... mas quebra
Rearranjos
Anunciações
Cultura de transição
Como missão social das empresas, os centros culturais apoiam a educação, a divulgação e a criatividade. |
Uma grande exposição já começa na entrada. No caso da Mestres do Renascimento: Obras-Primas Italianas, o frisson começa na fila de entrada. A mostra está sendo realizada no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo [v. nota sobre a mostra no CCBB].
O cenário é o antigo centro financeiro de São Paulo, seus prédios em estilo neoclássico, déco, nouveau, entre outros estilos europeus, e que lembram, em muito, alguns prédios do centro tradicional/antigo de Pelotas (v. Wikipédia).
Conversando com um dos organizadores, ao receber material gráfico, descobri que tive sorte em ficar esperando só 40 minutos para entrar. A média dos fins de semana é geralmente de 2 horas de espera, avisou ele.
É proibido fotografar os quadros, mas permitem fotografar os corredores e a sinalização interna. Perfeito o trabalho de design na sinalização, principalmente nos banners e painéis do subsolo que encerram a jornada ao longo do RENASCIMENTO ITALIANO.
São quatro andares de corredores com obras. Estas, divididas por suas cidades italianas de origem.
As pinceladas dos grandes mestres do Renascimento impressionam, a dimensão das telas e o acabamento das molduras são o toque divino das obras. Seria tendencioso dizer que há um quadro que se destaque mais que outros. Cada visitante com certeza será tocado, subjetivamente, por um ou outro de formas diferentes. Os motivos das obras, quase sempre religiosos, transbordam em significados e mensagens.
Ver as obras em sua magnitude e dimensões reais me fez lembrar as aulas de História da Arte, nas quais ouvíamos que as ilustrações em livros não reproduzem a sensação dos museus.
Lembrei nosso Leopoldo Gotuzzo, lembrei o Museu da Baronesa. Lembrei que nossa Pelotas está num ciclo longo de esforços culturais para renascer em sua efervescência.
Visitar um museu ou uma galeria de arte é questionar/indagar/perceber novas formas de ver o mundo [nosso mundo de percepções].
Aos viajantes que passarem por São Paulo até 23 de setembro fica a dica de aproveitar esse evento gratuito e de grandes proporções. Cultura que com certeza muda a percepção dos visitantes.
Vale uma esticada, ao fim da exposição, no café do CCBB. O atendimento é ótimo e o expresso revigorante [v. nota com fotos do café].
O cenário é o antigo centro financeiro de São Paulo, seus prédios em estilo neoclássico, déco, nouveau, entre outros estilos europeus, e que lembram, em muito, alguns prédios do centro tradicional/antigo de Pelotas (v. Wikipédia).
Conversando com um dos organizadores, ao receber material gráfico, descobri que tive sorte em ficar esperando só 40 minutos para entrar. A média dos fins de semana é geralmente de 2 horas de espera, avisou ele.
É proibido fotografar os quadros, mas permitem fotografar os corredores e a sinalização interna. Perfeito o trabalho de design na sinalização, principalmente nos banners e painéis do subsolo que encerram a jornada ao longo do RENASCIMENTO ITALIANO.
No hall de entrada, fila interna para usar o guarda-volumes |
- O elevador nos deixa no 4º piso, onde é feita uma introdução às obras da cidade de Florença.
- Passamos pelas obras da cidade de Roma no 3º piso.
- Milão, Urbino, Ferrara e Veneza ficam expostas no 2º.
- No 1º piso e no subsolo [foto maior abaixo], há uma cronologia educativa, com painéis ilustrados e um aprofundamento textual sobre as influências e dados históricos.
As pinceladas dos grandes mestres do Renascimento impressionam, a dimensão das telas e o acabamento das molduras são o toque divino das obras. Seria tendencioso dizer que há um quadro que se destaque mais que outros. Cada visitante com certeza será tocado, subjetivamente, por um ou outro de formas diferentes. Os motivos das obras, quase sempre religiosos, transbordam em significados e mensagens.
Nathanael Anasttacio |
Lembrei nosso Leopoldo Gotuzzo, lembrei o Museu da Baronesa. Lembrei que nossa Pelotas está num ciclo longo de esforços culturais para renascer em sua efervescência.
Visitar um museu ou uma galeria de arte é questionar/indagar/perceber novas formas de ver o mundo [nosso mundo de percepções].
Aos viajantes que passarem por São Paulo até 23 de setembro fica a dica de aproveitar esse evento gratuito e de grandes proporções. Cultura que com certeza muda a percepção dos visitantes.
Vale uma esticada, ao fim da exposição, no café do CCBB. O atendimento é ótimo e o expresso revigorante [v. nota com fotos do café].
ANASTTACIO N.
correspondente em SP
fotos de sexta passada (23-8)
correspondente em SP
fotos de sexta passada (23-8)
Linha do tempo da Renascença na Itália: painel histórico para aprender, refletir e debater sobre o tema |
3 comentários:
O Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, é, em si mesmo, um espetáculo.
E apresentar ao público um dos períodos mais significativos para a humanidade, é engajá-lo ao que importa: o que o ser humano teve de positivo, de produtivo, independentemente das idiossincrasias sociais e ideológicas da época. Os grandes momentos sempre emergiram em períodos complicados para as sociedades. E são eles que nos invocam a ver o que somos capazes de fazer: o ser humano vai da miséria à grandiosidade. Por isso a importãncia dessa apresentação. Aqui na Zona Sul, temos exemplo perfeito do que a grandeza humana é capaz de realizar. Estamos fazendo a nossa parte: restaurando, trabalhando para que nossos tesouros arquitetônicos e de várias outras expressões artísticas, não se percam e possam servir de motivação às novas gerações! Belíssimo momento cultural. Pelotas merece!
E ver o amadurecimento de NAnasthacio, nesta seara bendita da arte e da culura, é gratificante.
Prof.ª Loiva Hartmann
Fui à exposição dos Renascentistas no CCBB em 07 de setembro. Foi uma experiência única. Almocei no Bairro oriental Liberdade, e enquanto caminhava pela Praça da Sé, rumo ao CCBB, via black blocs, PMs e manifestantes ensaiando os protestos que se seguiriam, e pensava: em alguns instantes, estarei em contato com obras que constituem um mosaico riquísssimo de um dos momentos que constituem o pináculo artístico da nossa civilização.
Do lado de dentro, passeava por Ferrara, Urbino, Milão, Roma, Florença e Veneza. Via a batalha de Lepanto, esboços de Michaelangelo, obras em marchetaria, o talento de Rafael de Sanzio, de Leonardo da Vinci, de Fra Angelico, o simbolismo nessas obras...
Do lado de fora, nosso país, ainda renitente em progredir em vários setores de sua vida cotidiana, parecia, mesmo transcorrido mais de meio milênio desde seu descobrimento e, coincidentemente, a realização das obras da exposição, ainda mergulhado em profundo estado de letargia. Me questiono se algum dia viveremos um renascimento de nossos ideais e posturas enquanto civilização.
O tema do Renascimento nos recorda que o crescimento cultural é alimentado pelo crescimento econômico (ver o caso dos charqueadores). Na Europa houve um salto há 500 anos, enquanto nós estávamos ainda de tanga.
Mas o tema do "encontro de dois mundos" nos leva a polêmicas mais profundas: qual cultura predomina, qual vale mais para quem, o que tem a ver a riqueza e a ideologia com nossa identificação... É um tema que segue vigente em toda a América e em toda a África... e por mais 500 anos.
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