terça-feira, 8 de julho de 2014

Vítor Ramil lança em Pelotas seu 3º romance

Queridos amigos de Satolep.
Ponto de Interrogação
é personagem de Ramil.
Certa manhã pintou-se um quadro negro: uma palavra-caminhão, dessas que trafegam ameaçadoramente inclinadas, carregadas de letras garrafais, atropelou um ponto em uma esquina de frases e fugiu.  
Revoltada, a pontuação que a tudo assistira, aglomerou-se no local do acidente. Exclamações nervosas e interrogações confusas logo instalaram o caos, provocando um avanço descontrolado de palavras seguido de grave engavetamento, ao fim do qual uma palavra-pneu rodou na direção de uma padaria... [Leia aqui o trecho inicial do livro].
Eu também estava lá. O acontecido e seus desdobramentos me impressionaram tanto que resolvi escrever um livro sobre o assunto.

Quinta-feira (10-07), lanço este trabalho, A primavera da pontuação, com coquetel e muita conversa com os amigos na Livraria Vanguarda do Shopping Pelotas. Adoraria que vocês estivessem lá. Aqui está o convite. Alea jacta est!
Vitor Ramil
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Sinais e grafemas ganham vida e personalidade,
ocupando - além da mancha gráfica - o espaço narrativo.
Hoje (08-07), o editor de cultura do Diário da Manhã, Carlos Cogoy, publicou a seguinte resenha sobre este terceiro romance de Vítor Ramil, autor de "Pequod" e "Satolep", este último também lançado em gelada tarde de inverno (v. resenha neste blogue).


Pontuação desvairada sai da frase feita. População ensandecida sai às ruas. Ponto “morto” desencadeia exclamações. Atropelamento é o estopim para a insatisfação popular. O caminhão, autor involuntário, tem ônibus como esposa. O casal sem filhos, acolhe o “ponto” desfalecido. A fatalidade poderá ser o ponto de partida para vida revigorada? A trama, que mistura fatos recorrentes na cena brasileira e as regras de pontuação, é o eixo do livro cuja peculiaridade é a alegoria. 
Destaque ao jogo meticuloso que recobre de camadas uma perspectiva jocosa e descompromissada. Ali estão terroristas “radicais”, como “Grego” e “Latino”, ou o repórter de tevê “Vocativo”. 
Além desse mosaico com sinais em polvorosa, o livro é uma aventura à imaginação de cada leitor. Assim, tanto poderá instigar a primavera quanto o inverno.
Carlos Cogoy
Diário da Manhã

Vítor e suas reticências (3 cadeiras do Cine Pelotense).

POST DATA 
12 de julho
A Livraria Vanguarda publicou ontem (11-07) a seguinte notícia.
A noite agradável e convidativa de quinta-feira (10.07), levou centenas de leitores e fãs do escritor e músico pelotense Vitor Ramil até a Livraria Vanguarda, do Shopping Pelotas. A Vanguarda foi a parceira para o lançamento do 3º romance do autor, “A Primavera da Pontuação”, da Editora Cosac Naify. Os outros dois foram “A Estética do Frio” (2004) e “Satolep” (2008). 
A nova obra transcorre no mundo da linguagem. Nele o leitor entrará fascinado para confundir-se com os protagonistas da língua e acompanhar a lógica de suas ações. 
Ficção científica, farsa e romance pop convergem nessa obra divertida e inteligente, em que o conhecimento da língua ao mesmo tempo fabula, explica e provoca.
Durante as quase 4 horas de evento, Vitor foi atencioso, carismático e paciente ao autografar quase duas centenas de exemplares do livro e posar para fotos. 

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