A primavera natural, no olhar conjunto de Zenilda e Claudenir |
O Corredor Arte apresenta, até esta terça (28-10), trabalhos das Oficinas de Criação Coletiva, projeto de Saúde Mental da Faculdade de Medicina da UFPel. "O olhar de primavera", título da exposição, alude à presença visual de flores e paisagens coloridas, como na imagem acima, utilizada para o convite aberto.
Por outro lado, o olhar da saúde e do humanismo também pode mostrar a primavera como a fase de renascimento do ser humano, de seus sonhos, de seus sentimentos mais profundos. O sol poderia simbolizar o resgate da figura paterna, ou a iluminação da consciência, enquanto as flores no gramado sugerem a fertilidade interna, ou a aceitação de mudanças afetivas.
A atual apresentação das Oficinas traz, além das paisagens, algumas expressivas figuras humanas, como a introspectiva mulher com a boneca (esq.) e a mulher de preto com chapéu (abaixo). Cada artista projeta na produção gráfica os traços que ela mesma precisa recuperar: a maternidade, a sensibilidade, a subjetividade.
Como tem sido costume anual, uma exposição do Corredor recorda o Dia Mundial da Saúde Mental, o 10 de outubro, com a participação dos integrantes das Oficinas, tanto em trabalhos coletivos como em alguns individuais.
Aqui no blogue, informamos sobre mostras anteriores das Oficinas Coletivas (v. o artigo de 2012 Criação artística contribui à saúde mental e a postagem de 2009 Saúde é FundaMENTAL).
Direcionado a pessoas com transtornos mentais, o projeto busca restabelecer nelas o sentido de cidadania, mediante ações artísticas com apoio de equipes interdisciplinares, em nível de prevenção. Este ano, as oficinas tiveram a coordenação da artista Marta Fehn Fiss e das assistentes sociais Nilza Bertoldi, Lenara Stemalke, Anete Bertoni e Marlete Araújo.
As sessões de trabalho nas Oficinas são acompanhadas por psiquiatras, que nas pinturas buscam identificar sentimentos e analisar traços de personalidade dos artistas-pacientes. Sobre a inclusão nestas ações artísticas, o residente em Psiquiatria Matheus Copi explica em que sentido elas são benéficas:
No modo de criação coletiva, os participantes são estimulados a manifestar seu íntimo de diversas formas, e isto faz com que o grupo confraternize. Não só o diálogo de subjetividades, mas a necessidade de acordo para a expressão do sentimento comum, são fatores que levam a uma renovação mental e espiritual, que faria muito bem a qualquer ser humano, são ou enfermo, criança ou adulto.
Por outro lado, o olhar da saúde e do humanismo também pode mostrar a primavera como a fase de renascimento do ser humano, de seus sonhos, de seus sentimentos mais profundos. O sol poderia simbolizar o resgate da figura paterna, ou a iluminação da consciência, enquanto as flores no gramado sugerem a fertilidade interna, ou a aceitação de mudanças afetivas.
A atual apresentação das Oficinas traz, além das paisagens, algumas expressivas figuras humanas, como a introspectiva mulher com a boneca (esq.) e a mulher de preto com chapéu (abaixo). Cada artista projeta na produção gráfica os traços que ela mesma precisa recuperar: a maternidade, a sensibilidade, a subjetividade.
Como tem sido costume anual, uma exposição do Corredor recorda o Dia Mundial da Saúde Mental, o 10 de outubro, com a participação dos integrantes das Oficinas, tanto em trabalhos coletivos como em alguns individuais.
Aqui no blogue, informamos sobre mostras anteriores das Oficinas Coletivas (v. o artigo de 2012 Criação artística contribui à saúde mental e a postagem de 2009 Saúde é FundaMENTAL).
Direcionado a pessoas com transtornos mentais, o projeto busca restabelecer nelas o sentido de cidadania, mediante ações artísticas com apoio de equipes interdisciplinares, em nível de prevenção. Este ano, as oficinas tiveram a coordenação da artista Marta Fehn Fiss e das assistentes sociais Nilza Bertoldi, Lenara Stemalke, Anete Bertoni e Marlete Araújo.
Sem relação aparente com a primavera, o preto sugere morte e eventual renascimento. |
As oficinas possibilitam o convívio social dos pacientes, que muitas vezes ficam isolados em casa, e desta forma eles podem trabalhar em atividades diferenciadas.As pesquisas apontam que a expressão artística, tradicionalmente realizada de modo individual, aumenta a realização pessoal e ajuda a melhorar e conservar a saúde mental. O uso da arte mostra que o processo criativo pode tanto reconciliar conflitos emocionais, como facilitar a autopercepção e o desenvolvimento humano.
No modo de criação coletiva, os participantes são estimulados a manifestar seu íntimo de diversas formas, e isto faz com que o grupo confraternize. Não só o diálogo de subjetividades, mas a necessidade de acordo para a expressão do sentimento comum, são fatores que levam a uma renovação mental e espiritual, que faria muito bem a qualquer ser humano, são ou enfermo, criança ou adulto.
Quando a força das cores se impõe por sobre a nitidez das formas, a pessoa está mostrando que suas emoções não se submetem ao controle racional. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário