Desde que cheguei a Pelotas, no século passado, vejo alguns pelotenses reclamando da cidade. No início eu não entendia. Como pode alguém não gostar de uma cidade linda igual a Pelotas? Eu particularmente sou um apaixonado por esta cidade que me adotou e hoje considero tão minha.
Eu nasci em Novo Hamburgo por um acidente geográfico. Deus estava com o GPS estragado no dia 9 de abril de 1969 e me colocou 300 km ao norte do meu destino. Eu tenho um relação tranquila com NH. Não a culpo por nenhuma de minhas frustrações. Quando achei que não era lá que eu queria passar os dias que restavam de minha vida, parti e fui em busca de minha felicidade.
Mas fui notando que com Pelotas o caso é diferente.
Alguns pelotenses têm uma relação de "Amor e Ódio" com a cidade onde nasceram. Eles vão embora e a história não fica bem resolvida. Alguns têm vergonha de dizer que nasceram aqui, outros vivem desdenhando mas continuam fiéis aos times daqui. Outros, por mais ricos que tenham ficado nos lugares onde vivem, passam falando que só foram embora porque "Pelotas não lhes ofereceu oportunidade".
Bom, eu, com o passar do tempo, fui recolhendo frases destes pelotenses revoltados, coloquei minhas impressões sobre elas e fiz este poema que está no livro "Andanças Imaginárias", que vou lançar no sábado (01-11) as 18h, na 42ª Feira do Livro de Pelotas (v. página do evento).
Eu nasci em Novo Hamburgo por um acidente geográfico. Deus estava com o GPS estragado no dia 9 de abril de 1969 e me colocou 300 km ao norte do meu destino. Eu tenho um relação tranquila com NH. Não a culpo por nenhuma de minhas frustrações. Quando achei que não era lá que eu queria passar os dias que restavam de minha vida, parti e fui em busca de minha felicidade.
Mas fui notando que com Pelotas o caso é diferente.
Alguns pelotenses têm uma relação de "Amor e Ódio" com a cidade onde nasceram. Eles vão embora e a história não fica bem resolvida. Alguns têm vergonha de dizer que nasceram aqui, outros vivem desdenhando mas continuam fiéis aos times daqui. Outros, por mais ricos que tenham ficado nos lugares onde vivem, passam falando que só foram embora porque "Pelotas não lhes ofereceu oportunidade".
Bom, eu, com o passar do tempo, fui recolhendo frases destes pelotenses revoltados, coloquei minhas impressões sobre elas e fiz este poema que está no livro "Andanças Imaginárias", que vou lançar no sábado (01-11) as 18h, na 42ª Feira do Livro de Pelotas (v. página do evento).
Nauro Machado Júnior
Ilustração de Sofia Machado para o poema "Fotografia", de Nauro Machado Jr. |
Não satisfeito, ele armou também uma coleção de clipes, com declamações de seus poemas, feitas por seus amigos. Cada um escolheu o texto que leria e abre seu coração com um testemunho pessoal.
Este livro audiovisual é uma nova obra de Nauro, mais autobiográfica que o texto escrito, que fala da riqueza de um homem (o amor-ágape de seus amigos) e da riqueza de uma comunidade (o talento e o gosto pela arte e a sabedoria). O filme ficou melhor que o livro.
"Poetize sua vida" foi o tema da Feira do Livro de Pelotas em 2013.
O poema citado por Nauro no texto acima, Amor e ódio, foi gravado pelo livreiro e pesquisador Adão Monquelat. Confira a seguir os demais vídeos.
Jornalista Maíra Lessa declama Fotografia.
Professor Clóvis de Barros Filho declama Fotografia (desde São Paulo).
Escritor Fabrício Carpinejar declama Briga.
Cantor Joca Martins declama Inconstância.
Jornalista Márcio Melo recita Gardenal.
Joice Pereira recita Árvore da infância (desde a Itália).
Locutor Gil Azevedo lê o poema Chefe.
Jornalista Daniel Trzeciak lê o poema A Estrada.
Músico Rodrigo Munari lê o poema Não é uma graça a vida?
Sofia Mazza Machado recita seu próprio minipoema Palafita.
Jornalista Klécio Santos recita Silêncio II.
Poeta Xiru Antunes declama Prendinha.
Jornalista Sabrina Ongaratto declama Amor.
Poeta Xiru Antunes declama Tua luz me ilumina e os textos Dez Perguntas.
Fonte: FacebookPOST DATA
Nauro e Sofia são coautores das Andanças, e coautores um do outro. |
O ator Juliano Cazarré faz a leitura do poema "Meu Fusca ficou sem gasolina de novo".
O professor de Filosofia Luís Rubira lê o trecho Trensurb, desde o metrô de Paris (vídeo abaixo).
31-10-14
Hoje o Diário Popular noticia o lançamento do livro "Andanças Imaginárias" (v. reportagem de Leon Sanguiné), com foto de Elison Bitencourt, reproduzida acima.
1-11-14
Hoje à tarde, com chuvisco e tudo, Sofia e Nauro realizaram a façanha de uma sessão de duas horas autografando como autor adulto e autora infantil, num gênero tradicionalmente considerado para adultos (v. fotos no Flickr de Gustavo Vara).
Joca Martins emocionado proclama "Um segundo antes", que Nauro dedicou à filha Sofia.
O músico Rodrigo Munari lê Poesia e o texto Terapia.
O músico Vítor Ramil lê Meu pai e o fusca azul (desde Barcelona, Espanha).
O prefeito Eduardo Leite lê Meu escritório é no café.
8-11-14
Clayton Rocha lê o texto de Nauro sobre a morte: Carpe Diem mas Memento Mori. Já é o 24º vídeo deste audiolivro.
16-11-14
Otávio Soares lê Existência em despedida.
Clayton Rocha lê O silêncio do café.
Um comentário:
Querido Vidal, obrigado pela sintonia de sempre! Te esperamos lá no sábado.
abraço
Gabi e cia.
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