Como quem come algodão doce
Esquadrinhando desejos
Latitudes e longitudes
Na intimidade de corpos
A vida só existe
porque o beijo
tem gosto de morango
Amo como quem navega
em mar sereno
como quem sonha acordado
observando navios no cais do sonho
as cismas não são cismas
mas toque de nervos
na sedosa pele da mente
roçar de beijos
no tear de sonhos
Amo como quem descobre
sobre calcinadas pedras rastros
de antigos verões que aqueciam
desejos na desordem de amar
mercê de um silêncio que ouvia
pastorais de mistério e dor
asas insufladas por Eros
cuja boca entreaberta canta versos
para mim, para ti, para o vácuo
carregado de mistérios e desvãos
Manoel Soares Magalhães
Imagem: Facebook
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