O jornal pelotense Diário da Manhã escolheu o dia 8 de março para o início formal de suas edições com todas as páginas em cores (à direita, a capa de hoje). Há algumas semanas, páginas interiores já estavam saindo com fotos coloridas, mesmo com o logo da capa em preto.
Em 1979, o Diário da Manhã de Passo Fundo (RS) abriu este jornal em Pelotas, como alternativa ao já veterano Diário Popular, fundado em 1890. O primeiro choque foi com a palavra "diário", que na fala costumeira do pelotense passou a ter dois usos, predominando nessa tradição oral o mais antigo (Diário = Diário Popular).
O segundo golpe do DM foi bem mais efetivo: começou a aparecer segunda-feira — dia em que tradicionalmente os jornais paravam, pelo descanso de domingo —, obrigando assim o Diário Popular a ser publicado sete dias por semana. Entretanto, todos os feriados do ano ambos os jornais ainda respeitam.
A competição seguiu e o novo diário fechou após uns anos, mas voltou com mais energia e aí está até hoje, ainda com pequena equipe, mas grande mística e aumentando o número de assinantes (especialmente por ser o veículo oficial para publicar editais da Prefeitura).
Nos últimos vinte anos o Diário Popular (edição de hoje, à esq.) vem modernizando-se: adotou o tamanho tabloide, melhorou a impressão, entrou na internet, adotou Rio Grande como zona editorial, fundou clube de assinantes, eventos paralelos e outros serviços.
Até o logo sofreu mudança, incluindo o acento agudo na palavra DIARIO (inexistente na época da fundação), que a ortografia de 1943 já mandava acentuar e foi estritamente conservada até os anos 90 (em Pelotas, curiosamente ainda se usa o TH no nome de nossos antigos teatros, contrariando regras básicas do idioma).
Apesar desta atualização na edição impressa, que hoje comentamos, ainda falta ao Diário da Manhã, para ser um jornal à altura dos tempos atuais e ao nível de Pelotas, ter um espaço interativo com os leitores, especialmente na área cultural, e não só pelas cartas e emails ao diretor, mas também pela internet (por exemplo, blogs dos jornalistas). Hoje a imprensa se limita a registrar o que acontece, até de modo verticalista, segundo os padrões do século XIX. Mesmo a modernização obtida pelo Diário Popular mantém signos de impermeabilidade às críticas e mudanças que a população jovem espera. No século XXI, a comunicação deve seguir a movimentação criativa do povo e incentivar a vida de todos os segmentos cidadãos. Somente os mais flexíveis poderão desenvolver-se nesse ambiente.
Imagens: F. A. Vidal
2 comentários:
Quero cumprimentar o DIÁRIO DA MANHÃ, e, em particular, o presidente e editor-chefe Hélio Freitag pela iniciativa, que deu uma bela apresentação ao jornal, e dará um novo colorido às bancas de Pelotas e da Zona Sul. Fui colaborador do antigo Caderno de Cultura, quando o editor era o Klécio Santos, e, depois, o Carlos Jardim Cognitivo, conhecido como Cogoy.
Por um problema de desordem técnica, esta postagem pode estar repetida.
As cores do jornal melhoram a apresentação,por isso os meus cumprimentos ao editor e ao Helio
Freitag,espero que esse meio de comunicação continue a acolher e a apresentar a nossa realidade nas cores que são feitas e marcadas. Agora o pior que pode ocorrer é com nossa cronica esportiva tanto a escrita, falada e televisionada que no afã de mostrar o que esta ocorrendo com o futebol local, não para e não deixa de se ater a resultados de jogos e classificação.Por isso é que as cores com as quais esses 'burrinhos' pintam um quadro de nosso futebol o fazem tão desastradamente que veem apenas um ponto, um minimo ponto do esporte que é infinito e não pode ser medido ou comparado em condicionamentos e que sujeitam o futebol, limitam o futebol a resultados de jogos e até de amistosos-treinos e de classificações. Ao agirem dessa forma criam falsas exspectativas entre os jovens e até mesmo entre adultos, assim o esporte que deve ser uma blindagem contra o uso de substancias nocivas entre os jovens, falha e concorrem para disseminar ainda mais o que não presta. Essa cronica esportiva chulerenta, inadequada e inoportuna desconhece o trabalho dos profissionais, enchavolha e lameia-se no barro da inconsequencia por não saber ver o que analisa, prestando um auxilio valioso ao diabo e colaborando para que a zona-sul fique cada vez mais pobre onde os estadios de antigos clubes (Como Saviano de Urugauiana etc.) fiquem em silencio enquanto lá fora o trafico aumenta o seu poder.
A Cronica esportiva local age como urubus na carniça e vão derrubando junto com os torcedores a luta dos dirigentes e profissionais na construção de um grupo.
A culpa é claro esta na formação humana principalmente na fase da escola fundaMENTAL, onde esses arautos do apocalipse, tiveram sua inteligencia e criatividade podadas o que lhes cega a visão, mas esse é um assunto para o querido mestre Walnei Hammes comentar oportunamente.
Fraternalmente
José Leonel Rosa
CREA Nº34805
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