A amostra foi realizada publicamente em 2007, e as imagens ficaram desde então neste arquivo. São um modelo de cuidado e sensibilidade para retratar uma série de espaços que os pelotenses conhecem bem, ou creem conhecer.
Depois de ver qualquer uma destas imagens, ficamos perguntando-nos se é possível que estes grandes e pequenos lugares, às vezes minúsculos, sejam reais.
Quem já esteve na capela, nos corredores, nos quartos, não percebeu os detalhes de tal forma, ou se viu a luz do sol fazer brilhar partes de alguma parede não lhe terá dado maior importância.
Suzy Alam registra a personalidade dos espaços, se é que se pode usar a expressão. Nenhuma pessoa se vê nesta centena de fotos, mas as escadas parecem falar e os lugares vazios parecem cheios de humanidade.
Somente com uso dos ângulos e da iluminação de diversas horas do dia, a fotógrafa constrói uma impressionante visão de algo que acreditávamos conhecer.
Fundada em 20 de junho de 1847, a Santa Casa passou a funcionar uns vinte anos depois no seu atual prédio da praça Piratinino de Almeida, que foi construído em partes, sem unidade arquitetônica.
O primeiro bloco é de 1861, e o mais recente, o Pavilhão dos Tuberculosos, de 1921. Caetano Casaretto deu unidade ao conjunto, em 1932. Nos anos anteriores, o arquiteto havia feito o segundo pavimento da Biblioteca Pública.
Postagem reeditada em 17-10-13
2 comentários:
Bom dia!
Sabe, sempre fui uma apaixonada pela arquitetura mais antiga de nossa cidade, acho linda por demais! Mas nunca havia reparado nos interiores como o da Santa Casa, que sensibilidade para captar essa imagens... nossa! Achei lindo! Quantas e quantas vezes estive dentro da Santa Casa e jamais reparei nesses detalhes...
Belo post, bela santa casa!
Abraços
A artista Suzy é dorada de um refinadíssimo gosto pelo detalhe! É impressionante como consegue realmente "humanizar" _ para usar um termo semelhante ao do autor do texto _ lugares escuros, sombrios, úmidos e estreitos que povoam nosso imaginário (inconsciente?) quando o objeto de arte é um hospital antigo e um tanto abandonado como a Santa Casa de Pelotas _, seja ao lhes iluminar as arestas, seja ao ampliar a estreiteza dos corredores e escadas na tentativa de captar um ângulo tal que o observador da fotografia sinta-se mais leve e familiar ao espaço.
O portfólio revelou-se mais fascinante ainda! Sugiro conferirem.
Excelente matéria, francisco! Bj!
Tê!
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