Os encontros anteriores eram feitos na Serra Gaúcha e a mudança para nossa cidade, por esta vez, teve relação com a homenagem ao escritor pelotense. A próxima será em São Leopoldo e vai valorizar uma personalidade local.
Sexta (19), autoridades e intelectuais pelotenses se reuniram com alguns dos magistrados na casa da Dom Pedro II nº 810 para conhecer os ganhadores do concurso de redação.
A cerimônia iniciou com o documentário "João Simões Lopes Neto: entre o real e o imaginado" (2006), de Pedro Zimmermann e Henrique de Freitas Lima. Trata-se de uma série ainda em produção, de sete episódios: um documentário e seis ficcionais [Veja nota sobre a pré-estreia].
O habitual atraso de meia hora nao surpreendeu nem incomodou, pois o encontro seria longo e agradável. Nenhum comentário foi feito sobre o filme, visto anteriormente no Instituto, quando o diretor da série, Freitas Lima, esteve numa edição dos Diálogos na Casa de Simões.
O dono de casa, Henrique Pires, deu a palavra aos representantes da AJURIS e foi solicitado a anunciar os nomes dos premiados, sem mediar explicações sobre o concurso e suas categorias, que eram quatro. O júri, que estava presente, foi presidido por Aldyr Garcia Schlee e formado também por Paula Schild Mascarenhas (UFPel) e Rubem Daniel Castiglioni (UFRGS).
No parecer da comissão (leia o relatório), lê-se que foram descartadas todas as 28 dissertações das categorias de nível fundamental e médio, por erros ou impropriedades inadmissíveis. Na categoria universitária, a comissão aceitou somente um dos sete trabalhos, o qual recebeu uma menção honrosa. Na categoria Livre – única onde houve finalmente vencedor – três trabalhos foram tidos como inadequados e dois foram considerados aceitáveis.
O padre Servando Germán Varela Moure, de nacionalidade uruguaia, professor adjunto na UCPel, ganhou o prêmio principal com o trabalho "O Negrinho do Pastoreio: Mito, Literatura e Religiosidade". Menções honrosas foram designadas para o professor Jucelino Viçosa de Viçosa e a graduada em Letras Francesca Batista de Azevedo.
Os autores premiados não se apresentaram, nem pessoalmente nem por procuração, e os diplomas foram entregues a três autoridades públicas: o titular da 5ª CRE, o Secretário de Cultura de Pelotas e um integrante da Câmara de Vereadores. Como a entrega foi simbólica, os ganhadores deverão procurar o Instituto.
Na confraternização - com vinho tinto e sopa de ervilha e de abóbora - Henrique Pires confirmou que dia 3 de julho será entregue a próxima edição do prêmio Trezentas Onças a Aldyr Schlee, Paula Mascarenhas e Antônio Hohlfeldt. Os três aceitaram, mas o escritor jaguarense mostrou dúvidas, que pareceram dissipar-se no diálogo acolhedor com o diretor do Instituto (dir.).1: Pintura de Danúbio Gonçalves (site AJURIS). 2: Desenho de André Koehne (Wikimedia). 3. Foto de F.A. Vidal.
2 comentários:
Muito boa matéria para ficarmos ao par do que ocorre em Pelotas. Att. Luís
Ao ler-se o relatório do concurso sobre a obra de JSLN, tem-se clara informação sobre o nível educacional da região. Alunos, em todos os níveis, em sua grande maioria, não conseguem sequer fazer uma interpretação de texto. Portanto, imaginar que consigam elaborar um trabalho relevante, analítico ou crítico, sobre qualquer obra, é utopia.
Melhorar o nível de ensino, em todo o país, é questão de responsabilidade das autoridades.
O primeiro passo, são boas leituras, acompanhadas de perto por bons e interessados professores. É, hoje estou para utopias.
A Jornada Cultural de Pelotas pretendeu isso: colocar comunidade, professores e alunos de todos os níveis, em contato com os maiores escritoes do país e internacionais.
Quais partidos políticos, entidades de todos os gêneros que investiram nisso?!
Trabalho duro, árduo a realizar. O que se assiste, é o fazer de conta de que tudo está bem. Nâo está. É só fazer a prova, como esse concurso da AJURISXIJSLN, para constatar-se de que falta o elementar: leitura. Ou seja: Jornada Cultural de Pelotas.
Prof.ª Loiva Hartmann/IHGPEL/IJSLN/Mentora da Jornada Cultural de Pelotas.
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