Cada dia o Correio do Povo recorda notícias de um século atrás, e hoje (6) dá um maior espaço ao anúncio da celebração do centenário de Pelotas, a iniciar-se daí a 30 dias, em julho de 1912.
O texto é transcrito pelo jornal com a grafia da época (clique na imagem para ampliar).
No próximo mês de julho, será festivamente comemorado, em Pelotas, o centenário dessa cidade. O programa das festas está, em linhas gerais, assim organizado:
Sábado 6 de julho, recepção na Intendência;
Domingo [7], salvas de 101 bombas, em vários pontos da cidade; músicas tocarão o hino nacional; colocar-se-á uma urna com jornais do dia, selos, moedas, ata etc.
Domingo [14], que coincide com o aniversário da queda da Bastilha, encerramento das festas: romaria ao cemitério e deposição de flores.
Os estabelecimentos industriais se associarão às festas, apitando todos, ao mesmo tempo, às 5 horas da tarde de 6 de julho, assim encerrando o século da atividade fabril.
Cem anos depois, o nosso triunfalismo se limita às glórias do passado e ninguém recorda essa ligação forçada com a Revolução Francesa (14 de julho), ao parecer uma ideia somente válida no Centenário de Pelotas.
Muitas das incomodidades vividas na atualidade pelotense, larvadas nas últimas décadas de estagnação, ofuscam em parte a alegria do bicentenário, especialmente com certos atrasos nos preparativos, mas não impedem que se cultive otimismo para os próximos cem anos.
Reprodução CP (6-6-12): F. A. Vidal
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