A empresa catarinense de drinques e coquetéis conhecida como "capetaria" retirou-se no início desta semana, bem no meio da Feira do Livro. Ficaram na praça de alimentação quatro bancas de lanches e uma de doces, além do restaurante Baviera e do Café Armazém.
O nome informal nasceu do comentário de uma senhora evangélica, e a partir daí passou a vender muito mais (o título da banca diz "Caipirinha no Pilão"). No entanto, após uma semana de prejuízo na praça Osório, o dono deduziu que cultura e álcool não faziam um coquetel produtivo.
Ele anda pelos eventos com sua loja de bebidas, já esteve na Fenadoce e hoje pensa que a combinação alcoólica só funciona em rodeios multitudinários e em feiras de conotação mais popular. Como descendente de italianos, ele pessoalmente gosta dos eventos culturais, da boa conversa e da música romântica, mas sua opção comercial tem mais a ver com o lado B dos capos da Cosa Nostra.
Com mais investimento, imaginação e riqueza na preparação dos coquetéis, ele progrediria neste ramo que os pelotenses não cultivam muito, mas não desprezariam se fosse mais sofisticado. Aqui a influência italiana não chega forte, predominando o brasileirismo da cerveja e da cachaça e deixando as combinações coloridas e doces para as mulheres, que culturalmente também preferem aderir à preferência masculina.
Os drinques tinham três variedades básicas - chocolate, morango e abacaxi com coco, não naturais - que eram combinados com leite condensado, guaraná, cachaça, vodca, vinho tinto e vários licores. Não havia cerveja, nem como ingrediente de coquetel. O vendedor estava abusando um pouco do gelo moído, o que fazia a bebida aguar-se após uns minutos. Ele também estava poupando no leite condensado. Os copos descartáveis tinham três preços (R$ 5, 8 e 10) e ainda havia um copão colorido de meio litro a R$ 15 (à esquerda na foto maior).
O piso do espaço desmontado foi ocupado pelo público que ontem (12) às 18:30 ouvia um show de samba.
Fotos de F. A. Vidal
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