Sérgio é do Laranjal e veio de lá para deixar sua mensagem na Feira do Livro, com duas caixas de som e alguns instrumentos por ele fabricados. Pobre mas ousado, ele tem algumas músicas próprias, inspiradas na crítica social que Raul Seixas fazia e no mesmo estilo musical irreverente.
Próximo à estátua do Coronel Pedro Osório, ele atraiu público que passava por ali; seu som era perfeitamente audível para essa plateia mais próxima, mas não se percebia desde o setor do chafariz. Por outro lado, esteve beneficiado pela ausência de locução e música de fundo nesta Feira.
Além da precariedade de seus meios, o músico de múltiplos talentos chamou a atenção por sua expressividade bem humorada, o conteúdo das letras e a confecção dos instrumentos: o violão tem o corpo de uma vassoura e uma pequena caixa de ressonância, o saxofone foi feito com porongos, a gaita de boca tradicional, o microfone dentro de uma latinha de azeite de oliva e a parafernália elétrica ligada à tenda da Biblioteca Pública.
A foto foi tomada segunda (2), dia de muito calor em Pelotas. Ontem (3) a tarde foi fria e os pelotenses não visitaram a Feira; Sérgio esteve lá, com amigos artesãos, mas não teve a quem cantar.
Foto de F. A. Vidal
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