O documentário "Danúbio", projeto da Cinematográfica Pampeana, será exibido no Instituto João Simões Lopes Neto amanhã (18), às 19 horas. A sessão tem entrada franca e será acompanhada pelo artista plástico Danúbio Gonçalves (fotos), cuja trajetória é contada no filme, e pelo diretor Henrique de Freitas Lima.
Primeiro episódio da Série Grandes Mestres, sobre artistas gaúchos, "Danúbio" será mostrado também na sexta 19, no Museu Dom Diogo de Souza, em Bagé, terra natal do pintor e gravurista de 85 anos. A primeira apresentação foi na Capital do Estado, em agosto deste ano (leia nota). O projeto recebeu o apoio do FUMPROARTE, da Prefeitura de Porto Alegre.
As primeiras cenas do filme foram gravadas na Capital, onde Danúbio atualmente reside, em Torres e em Bagé. A filmagem se deslocou também para o México, para mostrar como a sua obra ganhou as fortes influências dos gravadores Leopoldo Méndez (1902-1969) e Mario Reyes, hoje com 84 anos. Aparecem no filme grandes nomes das artes do Sul, como Alfredo Nicolaievski, Anico Herscovitz, Miriam Tolpolar, Maria Tomaselli, Helena Kanaan, Wilson Cavalcanti e Paulo Chimendes.
Henrique de Freitas Lima conheceu Danúbio Gonçalves através do pelotense José Antonio Mazza Leite, que levou o artista à pré-estreia do filme de Lima "Concerto Campestre" (2004).
Rodado em Pelotas, o longa-metragem reconstituiu a época áurea do charque, adaptando ao cinema a novela de Luiz Antônio de Assis Brasil. Na época, o cineasta doou ao Museu do Charque, dirigido por Mazza Leite, a maquete da charqueada (feita a partir da gravura clássica de 1828 de Jean-Baptiste Débret), adereços e figurinos do filme.
Posteriormente, Henrique teve a colaboração de Danúbio em outra filmagem, relacionada com Simões Lopes Neto, e a convivência fez o artista revelar o desejo de ver sua trajetória filmada por Henrique. O convite foi aceito e o projeto saiu do papel.
Como criador na década de 50 da série Xarqueadas - gravuras que lhe renderam os prêmios mais importantes de sua carreira - Danúbio foi o doador principal do pequeno Museu do Charque. Desde 1993, este empreendimento de um grupo de abnegados tenta manter viva em Pelotas a herança da atividade que gerou e deu forma à cultura local (veja histórico). O Museu do Charque está localizado na Charqueada Santa Rita, às margens do arroio Pelotas.
Imagens de divulgação (1 e 3) e F. A. Vidal (2)
Imagens de divulgação (1 e 3) e F. A. Vidal (2)
Nenhum comentário:
Postar um comentário