quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Francis Silva experimenta com as cores e o calor

Até dia 19 de novembro, a artista plástica Francis Silva expõe obras conceituais em forma de intervenção, na Galeria JM Moraes no Ágape Espaço de Arte (Rua Anchieta 4480).

Sob o título “Altas Temperaturas: variações termológicas da pintura”, Francisca brinca com as cores de suas células de pintura, com as formas construídas e com os movimentos gerados por essas unidades orgânicas e conceituais.

O próprio espaço da galeria - paredes, portas e janelas -foi ocupado como suporte sem limites desses conteúdos dinâmicos, cromáticos e térmicos (dir.). A simpática invasão sugere que as cores, cinestesias e temperaturas aqui colocadas são partes de nós mesmos, seres constituídos por fatores biológicos. A ocupação se aproxima sutilmente de nosso interior mental, pois intuímos que também nossos sentimentos podem conter "colorações" de frio ou calor.

Por outro lado, as cores fortes e a temática natural sugerem a influência da terra natal da artista, o Rio Grande do Norte. O espectador pode ver o sol, a noite, plantas aquáticas, vapores, musgo, paus, cascas. A intervenção é sentida como suave e carinhosa, lenta como o crescimento vegetal, por essa linguagem de cores ligadas à natureza e porque o espaço não se limita ao ordenamento lógico de uma exposição tradicional.

Os trabalhos de Francis se situam numa transição entre a pintura sobre tela e as pinturas que se agrupam, ora em forma de células ou vapores. Há pelo menos um par de anos ela vem criando e pesquisando com este método, premiado em 2008 (veja nota). Uma das sensações que os espectadores comentam ao ver estas obras é que elas suscitam reflexão e prazer ao mesmo tempo.

Cada imagem foi cuidadosamente armada, peça por peça (esq.), como o sol que recebe o visitante (abaixo), que levou várias horas de trabalho mental e operativo: a colocação das pequenas células previamente elaboradas e a criação das grandes formas, cada uma com um movimento interno.

Ao mudar de lugar as obras, Francisca desmontará o conjunto com o mesmo cuidado, mas talvez não reconstrua exatamente a mesma figura. Cada construção é uma nova obra, com as mesmas ou outras células. Assim, não somente o espectador se surpreende, mas também a artista não sabe com precisão o que fará, dentro de seu conceito artístico, dependendo do material e dos suportes disponíveis.

Grupos de estudantes e professores podem marcar uma visita guiada pela própria artista, pelos fones (53) 3028 4480 ou 8416 6762 ou o e-mail agape4480@hotmail.com. Para visualizar as obras, acesse o blogue Ágape. O clipe abaixo mostra imagens da exposição e alguns visitantes.
Fotos de F. A. Vidal (1-2) e Agape


Um comentário:

Carol Leal disse...

Seu Blog ta muito legal, parabéns! Mas que tal colocar seu blog com dominio proprio, muito mais facil das pessoas aprenderem seu endereço. Caso tenha interesse entre em contato conosco pelo endereço www.carolleal.com.br.