A eleição é direta e indica seis representantes efetivos, um por segmento cultural: Artes Cênicas, Artes Visuais e Audiovisuais, Literatura, Memória e Patrimônio, Manifestações Populares, Música. Também ficam eleitos seis suplentes, um por segmento.
De acordo ao regulamento, o Concult de Pelotas é integrado também por seis membros designados por entidades não populares: dois vereadores, dois representantes de universidades e dois da Prefeitura (um da SeCult e um da SME), todos efetivos (sem suplentes). A indicação desses integrantes ocorre após a eleição dos membros populares.
Nesta ocasião, houve somente 9 candidatos (um de cada segmento, exceto Música que tinha 2, e Manifestações Populares com 3). Portanto, os doze cargos não ficaram preenchidos. Os eleitos para o período 2011-2012 foram: Alessandra Ferreira (Artes Cênicas), Vinícius Beck (Literatura), Beatriz Araújo (Memória e Patrimônio), Sandro Mesquita (Manifestações Populares) e Ana Elisa Kratz (Música). O candidato de Artes Visuais e Audiovisuais não recebeu votos, ficando assim este segmento sem representante.
A mais votada foi Beatriz Araújo (dir.), que era a Secretária de Cultura quando da criação deste Conselho em 2006. Ela própria articulou várias destas 9 candidaturas, tendo percebido a baixa participação e antecipando as dificuldades políticas numa comunidade cultural passiva (talvez desconfiada) e desinformada.
Quanto aos suplentes, somente o setor de Manifestações Populares ficou com representação (26ª Região Tradicionalista). O suplente eleito da área de Música renunciou ao ver que não saíra em primeiro lugar; os demais segmentos só tiveram um candidato. Isto não invalida a eleição nem o trabalho dos futuros conselheiros; somente significa que estes deverão desdobrar-se, sem ter o apoio de suplentes.
Estes membros permanecerão por dois anos e deverão escolher internamente sua diretoria, que ficará nos cargos por um ano pelo menos. Em janeiro de 2010 havia assumido a atual, liderada por Helena Badia (leia nota); todos esses membros (exceto Ana Elisa Kratz, que foi reeleita) agora deixarão o Conselho.
Ao longo deste ano, a única reunião significativa ocorreu em junho, quando o deputado federal Fernando Marroni (esq.) informou à comunidade de uma verba obtida especialmente para a área cultural de Pelotas (100 mil reais), destinando-se ao fundo do Procultura. O encontro lotou o auditório do Instituto João Simões Lopes Neto (abaixo), com intensa participação dos presentes (artistas, produtores, pesquisadores), que manifestaram dúvidas e até pessimismo quanto à gestão das políticas culturais da cidade.
Em abril de 2006, o prefeito Fetter promulgou o regulamento do ConCult (leia o texto), cujas funções incluem assessoria e fiscalização. Sem poder de decisão, alguns setores da cultura não se interessam em participar do Conselho e ficam inclusive criticando os que participam.
Se essa porção já se pode considerar inexpressiva ou insignificante, como avaliá-la numa cidade como Pelotas, que é tida como "centro cultural"? Incongruência? Incomunicação? Esquizofrenia? Narcisismo? Patetismo? O novo conselho deverá pôr atenção a este assunto, quando for empossado com seus 11 membros.
Fotos: DP (1), Amigos de Pelotas (2), F. A. Vidal (3-4)
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