Todos os dias eram para nós Dia da Criança se conseguíssemos ir brincar na praça. A roda centrífuga nos dava a magia de viajar no mesmo ponto do espaço, girando com outros astronautas na mesma espiral. Hoje ela seria para nós a máquina do tempo, se pudéssemos ver outras crianças ocupando ali nosso lugar. Éramos felizes e não sabíamos.
Mas, como vimos há dois anos (v. Poética do vazio na Praça Osório), a roda saiu da pracinha de brinquedos, para não voltar mais. Quando Mara Braga era criança, sua felicidade foi fotografada e agora essa imagem nos serve como máquina do tempo, para voltar aos anos 60, e recordar (ou descobrir) a época em que o Edifício Embaixador (esquina norte da Barão de Butuí) ainda estava em construção.
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