quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Sonhos, o filme de Kurosawa


Esta sexta (5) o Ciclo "A Filosofia e o Cinema Psicológico" exibe o filme "Sonhos" (Japão-EUA, 1990), de Akira Kurosawa (1910-1998), um dos diretores mais destacados na história do cinema. Nesta espécie de testamento artístico feito aos 80 anos de idade, ele repete suas preferências, coloca seus questionamentos de sempre e confirma sua admiração pela arte ocidental.

À base de sonhos e pesadelos que teve ao longo de sua vida, Kurosawa apresenta oito curtas que tratam temas diversos da infância, da idade adulta e do fim da existência. Em torno a angústias de morte e soluções fantasiosas, giram conceitos freudianos, junguianos e orientais.

Os trechos têm os seguintes títulos: Sol em meio à chuva, O pomar dos pessegueiros, A nevasca, O túnel, Corvos (abaixo), Monte Fuji em vermelho, O demônio chorão e O povoado dos moinhos. O vídeo (acima) mostra o capítulo "Corvos", uma expressa homenagem à cultura europeia da Belle Epoque, cujo centro era Paris (Van Gogh como personagem e Chopin no fundo musical).

Kurosawa reconstituiu quadro de Van Gogh, inserindo-se como personagem
O cinema norte-americano é praticamente uma personagem dentro deste segmento, com a aparição de Martin Scorsese falando inglês, uma citação visual ao special effect dos Pássaros de Hitchcock (Birds, 1963) e o emprego da moderna técnica gráfica da indústria de George Lucas, sem a qual este "sonho" não teria sido possível.

Campo de Trigo com Corvos, de Van Gogh (1890)
Imagens da web

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