O artista pelotense Manoel Soares Magalhães descreve sua cidade em suas obras, sejam literárias, visuais ou audiovisuais. Em 2012, quando se comemorava o bicentenário de Pelotas, ele elaborou fotografias como a da imagem acima – onde sintetiza conceitos como arte, tempo e vida, numa composição mista de formas geométricas e naturais – e batizou a série como "o chão que nós pisamos" (veja outras fotos no blogue Cultive Ler).
Nós pisamos os desenhos de nossas calçadas e, mais ainda, não os olhamos. Caminhamos de nariz para cima, como se fosse natural passar por ladrilhos hidráulicos de cem anos de existência. Turistas, pesquisadores, fotógrafos às vezes conseguem abrir-nos os olhos a nossa própria cidade. Veja como a cada ano um artista retoma este conceito tão presente no dia-a-dia dos pelotenses.
Nós pisamos os desenhos de nossas calçadas e, mais ainda, não os olhamos. Caminhamos de nariz para cima, como se fosse natural passar por ladrilhos hidráulicos de cem anos de existência. Turistas, pesquisadores, fotógrafos às vezes conseguem abrir-nos os olhos a nossa própria cidade. Veja como a cada ano um artista retoma este conceito tão presente no dia-a-dia dos pelotenses.
- Em 2013, Rafa Marin fotografou uma calçada central em união com a arquitetura circundante (v. o post Arte embaixo, arte acima).
- Em 2011, a fotógrafa rio-grandina Cristiane Neves destacou um ângulo especial de nossas calçadas, mostrando o ser humano como protagonista (v. O passo do transeunte).
- Em 2010, Gracia Casaretto valorizou os ladrilhos pelotenses no desenho de uma exclusiva linha de roupas (v. Estampas Hidráulicas).
- Em 2009, André Barbachan criou serigrafias baseadas neste conceito (v. A estética das tijoletas).
- Na canção "Pelotas", apresentada aqui em 2007 e 2008, Kleiton e Kledir mencionam de início os famosos ladrilhos hidráulicos (veja post com a letra).
2 comentários:
Ladrilhos hidráulicos, casarões, história. Temos, nós pelotenses, o hábito de andar sobre e por entre verdadeiros tesouros; arte, música, livros.
Pelotas é berço de incontáveis valores. Por isso mesmo, passam quase sempre despercebidos pelo cidadão comum. Cabe às instituições educacionais informar, orientar, conscientizar a juventude para que se aperceba dessas jóias com as quais convivemos, e as valorize e divulgue. Os que se dão conta do que temos, embriagam-se em belezas sem fim!
Parabéns, Manoel, pela sensibilidade de olhar e ver tão profundamente, a ponto de registrar os passos sobre um tesouro: ladrilhos hidráulicos centenários.
Somos privilegiados, não só pela cidade em que vivemos, mas, por convivermos com talentos sempre atuantes, cintilantes.
Abraço fraterno, prof.ª Loiva Hartmann
Salve amigo Vidal! Grato pelo registro do trabalho, como sempre carinhoso e atento. Grato, igualmente, à professora Loiva pelas palavras elogiosas, sobretudo às belezas que servem de caminho aos pelotenses. Abraços!
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