Lígia é dessas poucas pessoas - e há mais de uma em Pelotas - que se move em mais de uma área artística. Havia participado de algumas exposições coletivas, como integrante do MAPP (Movimento dos Artistas Plásticos de Pelotas). No entanto, nunca havia organizado uma individual, e se atreveu agora, junto com o impulso do livro. Ela mesma diz:
– Caos é, para mim, o impulso da criação! Caos seria a desordem dos elementos e, a partir daí, eu os coloco do meu jeito, como os sinto!
Para a artista, "pintar é como escrever poesia". Outras declarações suas estão no sítio pelotense de anúncios e comentários culturais E-Cult (leia o post).
A série de pinturas em acrílica consta de doze obras, como "Poética do Caos II" (abaixo) e "Máscara" (dir.). Todas estão à venda por preços entre R$ 140 e 250.
Num contexto de ingenuidade, a constância das máscaras inexpressivas parece representar o "caos" inicial, a partir do qual a artista gera variações, em cores e formas.
"A triste" (dir.) é uma das mais interessantes, justamente pela revelação simbólica de um conteúdo humano, sugerindo a caída da máscara.
"A triste" (dir.) é uma das mais interessantes, justamente pela revelação simbólica de um conteúdo humano, sugerindo a caída da máscara.
"Perfis em azul" (acrílica e lápis sobre papelão) se encontrava semitapada por uma cortina (esq.), esta semana, no dia de um show cuja parafernália ocupou parte das paredes. É algo que pode acontecer quando o lugar não é adequado para exposições e a curadoria não é valorizada o bastante (recado para o MAPP, que coordena as exposições no JG). Assim como é bonito ver o diálogo entre literatura e pintura, também é possível harmonizar o visual com o sonoro.
Fotos de F. A. Vidal
Fotos de F. A. Vidal
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